Muito se fala sobre o empobrecimento do debate esportivo, seja ele nos programas esportivos ou nos canais independentes. Na minha visão, trata-se de uma responsabilidade dividida. Algo que vem se deteriorando com o passar do tempo e com o crescimento do mundo virtual.
Ainda que seja praticamente impossível encontrar algum programa que foque no futebol em sua essência, o público consumidor é cúmplice dessa narrativa asquerosa, onde tudo ou praticamente tudo acontece em torno de alguma polêmica de arbitragem. Quanto mais palco se dá para debates rasos, maior é sua audiência e espaço na mídia. A conta é simples. Não dar ibope para o que te desagrada é um bom começo para mudar esse cenário negativo.
Sou jornalista esportivo, mas acima de tudo, um apaixonado pelo futebol. Respiro o esporte 24 horas por dia. Acordo e vou dormir pensando a respeito. Não há um dia sequer em que consiga – até gostaria – me desligar. Mesmo quando meus filhos demandam maior atenção, lá está ele, o futebol.
E como um consumidor fervoroso, sinto muita falta de assistir a debates em alto nível. De ligar a TV ou o rádio ou até migrar para a Internet e conseguir fixar minha atenção em algo que realmente trate o esporte como acredito que ele mereça. Até existe, mas é raridade. O que faço atualmente? Salvo raras exceções, assisto à coletiva do técnico e parto para a resenha com aqueles amigos que têm interesse no debate sobre o jogo. Que querem trocar ideias e falar sobre o campo. De preferência, sem dar muita relevância aos apitadores.
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O melhor exemplo ainda segue fresquinho na memória. Estamos na semana do jogo da volta da final da Copa do Brasil, a chamada finalíssima. Flamengo e Corinthians, os dois Clubes mais populares do país, numa decisão histórica com ingredientes sem fim para rechear as “mesas redondas” de conteúdo de qualidade. Mas ao contrário disso e sem qualquer surpresa, o que aconteceu foi bem diferente. Desde a última 4ª feira, após o empate sem gols na partida de ida, até esta 2ª feira, quando o texto foi ao ar, tudo girou em torno de um pênalti. Corretamente não marcado. Uma insanidade. Particularmente, esse fenômeno não é difícil de ser explicado. Os comentaristas de arbitragem têm um espaço desproporcional na TV, muito por conta da audiência que alimenta esse monstro. Um desserviço.
Narrativa direcionada? Pressão na arbitragem? De dirigentes a jornalistas, foi montada uma “força-tarefa” para validar uma reclamação sem sustentação factual. Passou da hora do futebol voltar a ser o protagonista dos debates esportivos, deixando a arbitragem de lado. Então, meu desejo para esses dias que antecedem ao jogo da volta é que se resgate aquela fase de grandes debates, de análises táticas, de entrevistas, entradas ao vivo, coberturas aprofundadas e sem foco em assuntos rasos. Vamos tratar o futebol como ele merece. E acima de tudo, que tenhamos um grande jogo na próxima 4ª feira no Maracanã.
Depois de 7️⃣ meses, 1️⃣2️⃣1️⃣ partidas, muitas emoções e momentos ÉPICOS, chegou ela…
É A SEMANA DO SEGUNDO JOGO DA #FinalCopaDoBrasil! 🔥🤯
QUEM SERÁ O GRANDE CAMPEÃO? @Corinthians ou @Flamengo?
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