Após a histórica campanha na edição de 2019 da Copa do Mundo, a seleção italiana feminina foi eliminada precocemente na fase de grupos da Eurocopa da categoria. A campanha da Azzurre, que conquistou somente um ponto em três partidas disputadas, foi um balde de água fria na equipe liderada pela técnica Milena Bertolini.
No Mundial da França, a Itália voltou a disputar uma Copa do Mundo depois de 16 anos e as expectativas em cima da seleção não eram tão altas, mas a equipe surpreendeu ao chegar ás quartas de final, repetindo o feito da edição de 1991. A boa campanha trouxe maior visibilidade ao futebol feminino do Belpaese, tanto que a Serie A da categoria foi transformada em uma competição profissional em meados de abril.
O resultado alcançado na Copa de 2019, os avanços estruturais da principal divisão do Campeonato Italiano e a boa campanha nas eliminatórias para o Mundial de 2023, que será na Austrália e na Nova Zelândia, elevaram as expectativas dos torcedores italianos.
As comandadas de Bertolini caíram no grupo D da Eurocopa, que está acontecendo na Inglaterra, e precisaram enfrentar a favorita França logo na primeira partida. Jogando muito abaixo do seu nível habitual, a Itália foi massacrada por 5 a 1 e o resultado abalou completamente a moral das jogadoras.
Ainda com a pesada derrota para as francesas na cabeça, as italianas demoraram para engrenar, mas conseguiram um importante empate em 1 a 1 diante da Islândia. Bertolini, por sua vez, viu o futebol da Azzurre melhorar, principalmente no segundo tempo, e foi capaz de sonhar com a classificação para a próxima fase no jogo seguinte.
A decisiva partida contra a modesta Bélgica, que nunca conseguiu participar de uma Copa do Mundo, fez a Itália fechar a participação no torneio em lágrimas. Apesar de ter sido o melhor jogo da Azzurre, as subordinadas de Bertolini foram derrotadas pelo placar mínimo e eliminadas na lanterna da chave D, com somente um ponto faturado. As campanhas de Irlanda do Norte e Finlândia foram piores, já que ficaram zeradas na tabela.
Os dois únicos gols feitos pela Itália na competição foram anotados pelas jovens atacantes Valentina Bergamaschi e Martina Piemonte, ambas do Milan. As veteranas Cristiana Girelli, Barbara Bonansea, Sara Gama e Martina Rosucci, alguns dos nomes mais conhecidos da seleção, ficaram bem apagadas no meio da conturbada campanha.
Ao contrário de Martin Sjögren, que renunciou ao cargo de técnico da seleção norueguesa após o fiasco na Euro, já que as poderosas escandinavas foram eliminadas na fase de grupos, Bertolini deverá ser mantida no comando da Itália e precisará reestruturar a equipe. O objetivo é se classificar para a próxima Copa do Mundo e surpreender ainda mais no torneio da Fifa.
As italianas não terão muito tempo para lamentar a fraquíssima campanha no principal torneio de seleções da Uefa, pois a Azzurre precisará se reagrupar antes de seus dois últimos compromissos pelas eliminatórias para o Mundial de 2023, contra Moldávia (2 de setembro) e Romênia (6 de setembro). Atualmente, a Itália está na liderança da chave G com 21 pontos, dois à frente da segunda posicionada Suíça e cinco das romenas.
📸📸📸
🇮🇹🇧🇪 #ItaliaBelgio 0⃣-0⃣#WEURO2022 #ITABEL#Nazionale #Azzurre #LeAzzurreSiamoNoi pic.twitter.com/OklXjiC8j2
— Nazionale Femminile di Calcio (@AzzurreFIGC) July 18, 2022