A pirâmide do futebol italiano

A Serie A é apenas a ponta da enorme pirâmide que forma o futebol italiano, um dos mais vencedores e populares do planeta. A estrutura, que sofreu diversas modificações ao longo do tempo, comporta milhares de clubes e se destaca por abrir oportunidades para equipes profissionais e amadoras em todo território.

Regido pela Federação Italiana de Futebol (Figc), as três primeiras divisões – e mais conhecidas – são enquadradas como torneios profissionais, enquanto os outros seis níveis são definidos como amadores, que vão da Serie D até a Terza Categoria. Apesar de ter algumas pequenas diferenças no sistema de disputa, as Series A, B e C possuem juntas 100 times participantes.

O sistema que é utilizado atualmente na Itália foi adotado em 2014, quando as Series C1 e C2, organizadas pela Lega Pro, foram unificadas. A modificação fez o número de níveis na pirâmide do calcio cair para nove, pois foi formalizada apenas uma terceira divisão. Se compararmos com a estrutura do Campeonato Brasileiro, a Itália tem cinco divisões nacionais a mais que o país sul-americano.

A principal divisão do futebol da Itália, que tem a Juventus como maior campeã, é organizada pela Lega Serie A e é um dos torneios mais famosos do mundo, principalmente pela história e qualidade de clubes e jogadores presentes. Se olharmos para a Serie B, comandada pela Lega Nazionale Professionisti B (LNPB), ela tem Atalanta e Genoa como maiores vencedores e é popular por ser um dos campeonatos mais acirrados do país.

Para fechar as divisões profissionais, a Serie C é liderada pela Lega Pro e dividida por três grupos com 20 clubes em cada um deles. O recordista de vitórias é o modesto Prato, com seis taças, e a competição é muito almejada pelas equipes amadoras da Itália, que sonham em ter status profissional, garantir maiores lucros e ter uma maior visibilidade.

Apesar de a Serie A ser a grande estrela dessa pirâmide, os outros níveis do futebol italiano são bastante atrativos por ter diversos participantes conhecidos do grande público e algumas surpresas, como Bari, Reggina, Monza, Parma, Palermo e Siena. Entre os jogadores que entraram em campo nestas divisões estão nomes conhecidos como Gianluigi Buffon, Goran Pandev, Carlos Augusto, Gastón Ramírez, Rodrigo Palacio, Valon Behrami, Giuseppe Rossi, Jérémy Ménez e Gianluca Lapadula.

A Serie D, por sua vez, virou um refúgio para várias equipes e ficou ainda mais popular internacionalmente por abrigar muitos prestigiados clubes que faliram, como aconteceu recentemente com Parma e Palermo. Vale destacar que o campeonato também tem as participações de Casale (campeão italiano) e Vado (campeão da Copa da Itália). A responsável pelas últimas seis divisões italianas, que são amadoras, é a Lega Nazionale Dilettanti (LND).

Depois da Serie D, única liga italiana amadora que tem nível nacional, existem Eccellenza, Promozione, Prima Categoria, Seconda Categoria – divisões regionais – e Terza Categoria (provincial). Juntos, todos esses campeonatos reúnem mais de 6,7 mil equipes e os mantêm ativos ao longo de toda a temporada europeia.

Embora menos populares do que as três primeiras divisões da Itália, algumas chamaram bastante atenção recentemente. A primeira foi a Terza Categoria, principalmente pela presença do FC Clivense, clube fundado pelo ex-atacante Sergio Pellissier e que é uma versão remodelada do Chievo Verona. A outra acabou sendo a Eccellenza, já que o Livorno está disputando o quinto nível do calcio.