Eredivisie, os nomes do jogo na 32ª rodada

Cambuur 1×1 RKC Waalwijk (sexta-feira, 6 de maio)

Smit (90′ + 5) – Schmidt (contra, 72′)

Nome do jogo: Milan Smit (Cambuur)

Os dois times começaram a rodada em situação parecida: ambos com segurança relativa na tabela, mas precisando de pontos para não passarem sufoco contra o rebaixamento nas duas últimas rodadas. E o primeiro tempo configurou equilíbrio: se de um lado a chance mais próxima de gol foi do Cambuur, com Issa Kallon, o RKC Waalwijk foi o time mais constante. E os visitantes tiveram o prêmio pela regularidade no segundo tempo, contando com a sorte: Yassin Oukili bateu, e o lateral Doke Schmidt desviou acidentalmente contra o próprio gol para o 1 a 0. Parecia a salvação definitiva para o RKC, contra um Cambuur em péssima sequência. Mas de cabeça, nos acréscimos, o zagueiro Milan Smit se tornou o mais jovem autor de um gol na história do time de Leeuwarden no Campeonato Holandês. O alívio foi maior do lado do Cambuur – mas, no duro, o ponto valeu para as duas equipes, cada vez mais próximas de mais uma temporada na primeira divisão.

Twente 1×2 Fortuna Sittard (sábado, 7 de maio)

Van Wolfswinkel (37′) – Flemming (25′, 43′)

Nome do jogo: Zian Flemming (Fortuna Sittard)

No “sábado dos desesperados”, o Fortuna Sittard foi o primeiro clube a começar arriscando sua sorte. Pelo menos no jogo em Enschede, tinha respaldo para tanto. Porque o atacante Zian Flemming chamou a atenção desde o começo. Primeiro, refletindo o que seria um jogo tenso: levou o primeiro cartão amarelo com cinco minutos de jogo. Depois, justificando por que é um dos (raros) destaques dos Fortunezen na temporada. Aos 25′, ele aproveitou bola ajeitada pelo atacante Paul Gladon e abriu o placar. Depois, ainda houve o susto do empate do Twente, com outro nome esperado: Ricky van Wolfswinkel completou cruzamento de Dimitris Limnios para fazer seu 16º gol na temporada. Mas Flemming, em cobrança magistral de falta, recolocou os visitantes na frente. No segundo tempo, coube ao goleiro Yanick van Osch ter sorte (como no chute de Michel Vlap – a bola acertou a trave) e fazer ótimas defesas. Que valeram uma vitória tremendamente importante ao Fortuna Sittard, contra o rebaixamento.

Willem II 2×0 Heracles Almelo (sábado, 7 de maio)

Dammers (15′), Hornkamp (17′)

Nome do jogo: Jizz Hornkamp (Willem II)

O Willem II começou a rodada na lanterna. Obviamente, dos que sofrem com o perigo de rebaixamento, o time de Tilburg era o mais necessitado da vitória. Pior: estaria desfalcado do atacante Ché Nunnely, fora da temporada, por lesão no joelho. E começou com tudo em busca dela: pressionando o Heracles Almelo, acuando-o no campo de defesa, tentando o gol do jeito que desse. O zagueiro Wessel Dammers, aliás, foi prova disso no primeiro gol: após escanteio, ele tentou com a cabeça, não conseguiu, tentou com o pé, e fez 1 a 0. Dois minutos depois, de cabeça, Jizz Hornkamp já ampliou a vantagem diante dos baqueados visitantes de Almelo. Tiveram mais chance de gols com o próprio Hornkamp, com Dammers, com Mats Köhlert. No segundo tempo, quando o Heracles se engraçou, o goleiro Timon Wellenreuther esteve a postos para evitar. E a torcida que lotou e incentivou o tempo todo em Tilburg pôde celebrar o que era buscado: a vitória, afinal, que tirou o Willem II da última posição, impulsionando as esperanças.

Zwolle 1×1 Utrecht (sábado, 7 de maio)

Redan (74′) – Ter Avest (29′)

Nome do jogo: Kostas Lamprou (Zwolle)

Diante das vitórias de Fortuna Sittard e Willem II (o jogo do Sparta Rotterdam começou depois), o Zwolle entrava em campo sob muita pressão. Mas nem parecia precisar tanto assim da vitória, já que o Utrecht é que começou imperando em campo. A começar pelo lance logo no primeiro minuto, quando Anastasios Douvikas acertou a trave do goleiro Kostas Lamprou. Continuando com a pressão maior dos Utregs, num cabeceio do próprio Douvikas. E seguindo com Hidde ter Avest abrindo o placar, também com a testa. Antes do intervalo, ficaria muito pior para o Zwolle: um gol de Gervane Kastaneer só foi anulado por intervenção errada do VAR. Kastaneer foi considerado impedido, mas a linha traçada pelo juiz vendo o vídeo considerou Djevencio van der Kust como o último jogador do Utrecht, e não o zagueiro Mike van der Hoorn, que dava condições ao atacante do Zwolle. Erro consumado, os visitantes continuaram mais perto do gol na etapa final. E só a entrada de Slobodan Tedic tornou o time da casa mais ofensivo na frente, com a pressão resultando no gol de Daishawn Redan, rendendo um ponto. Todavia, com todos os concorrentes contra o rebaixamento vencendo, o Zwolle caiu para a última posição da liga. Nunca um ponto valeu tão pouco…

Groningen 1×2 Sparta Rotterdam (sábado, 7 de maio)

Meijer (77′) – Verschueren (20′), Thy (57′)

Nome do jogo: Lennart Thy (Sparta Rotterdam)

O Sparta Rotterdam preferiu se fiar na eficiência para buscar a vitória que minoraria seu sofrimento nas últimas posições. Na defesa, como quase sempre, o goleiro Maduka Okoye salvou: logo no começo, Okoye fez ótima defesa em chute de Neraysho Kasanwirjo – sem contar as tentativas que vieram ao longo do jogo, com nomes como Bjorn Meijer e Tomas Suslov, de volta aos titulares. No ataque, precisão dos Spartanen. Na primeira chance de gol que teve, 1 a 0: Arno Verschueren completou passe com chute para as redes. Na segunda, já na etapa final, Lennart Thy arrematou, e a falha do goleiro Peter Leeuwenburgh rendeu o 40º de Thy em jogos pela Eredivisie (nenhum outro alemão marcou mais do que Thy na liga da Holanda). Meijer ainda diminuiu para o Groningen no fim, de cabeça, mas o Sparta Rotterdam manteve a vantagem. E dorme aliviado, subindo para a 16ª posição, que pelo menos rende a possibilidade de permanência na divisão de elite, via repescagem de acesso. Pelo menos, até a próxima quarta-feira, na penúltima rodada…

NEC 1×0 Go Ahead Eagles (domingo, 8 de maio)

Cissoko (90′ + 4)

Nome do jogo: Ibrahim Cissoko (NEC)

Equilíbrio no primeiro tempo: tanto NEC quanto Go Ahead Eagles criaram boas chances de gol na fase inicial da partida. Marasmo no segundo: os 45 minutos finais tiveram menos emoções do que os primeiros. Até surpreendente, visto que era uma “decisão”: pela derrota do Groningen, quem ganhasse daria passo decisivo para ir à repescagem para a Conference League. Ibrahim Cissoko, vindo do banco de reservas no decorrer da etapa final, se consagrou: praticamente no último lance do jogo, marcou o gol da vitória que fez o time de Nijmegen tomar a frente nesse sentido. Faz tempo que um time egresso da segunda divisão não consegue vagas em competições europeias na temporada seguinte, dentro do futebol da Holanda. Será agora?

AZ 2×2 Ajax (domingo, 8 de maio)

Pavlidis (62′), Evjen (75′) – Brobbey (42′), Álvarez (86′)

Nomes do jogo: Brian Brobbey (Ajax) e Jesper Karlsson (AZ)

Mesmo na liderança, mesmo podendo ser campeão na rodada (caso o PSV perdesse, somente), o Ajax já mostrou no primeiro tempo que estava mal. A alteração do jeito de jogar – somente dois atacantes, Brian Brobbey e Sébastien Haller – perturbou o time de Amsterdã, que ainda teve dificuldades em conter o ataque da equipe da casa em Alkmaar. De todo modo, o único atacante com desempenho satisfatório nos primeiros 45 minutos compensou os problemas: Brobbey dominou ótimo lançamento de Kenneth Taylor e encobriu o goleiro Peter Vindahl para o 1 a 0 Ajacied. Porém, o AZ seguiu à espreita no segundo tempo, mais insinuante, mais próximo do gol. E se valeu de duas jogadas parecidas, com destaques habituais, para virar o jogo. Primeiro, Owen Wijndal cruzou e Vangelis Pavlidis cabeceou, superando Daley Blind na marcação; depois, Jesper Karlsson – destaque absoluto, de novo – cruzou, e Hakon Evjen fez 2 a 1 num voleio. Aí, sim, o Ajax correu atrás. Não era para menos: afinal, um tropeço abriria caminho para o PSV se aproximar ainda mais na disputa do título. Edson Álvarez começou a salvar os Amsterdammers: de cabeça, fez 2 a 2 e salvou um ponto para o Ajax. A sequência da rodada viu o empate entre Feyenoord e PSV. E o líder do campeonato, entre marchas e contramarchas, precisa apenas vencer o Heerenveen para conseguir o 36º título nacional de sua história.

Vitesse 1×2 Heerenveen (domingo, 8 de maio)

Bero (45′ + 1) – Sarr (76′, 83′)

Nome do jogo: Amin Sarr (Heerenveen)

Estranha atuação no jogo, a do Heerenveen. Após ver Thomas Buitink quase marcar nos primeiros minutos, para o Vitesse, o time visitante teve mais a bola. Criou uma grande chance de gol, numa ótima jogada de Anas Tahiri, que deu chapéu num zagueiro e arriscou de primeira, mandando a bola ao travessão. E no entanto, o Vites é que teve a vantagem no primeiro tempo: um pênalti em Jacob Rasmussen, e Matus Bero converteu. Parecia impacto duro – até porque, na etapa final, o Heerenveen se mostrava lento demais nas laterais, sem ameaçar como poderia. Até Amin Sarr ter as centelhas de dinamismo que o time da Frísia precisava na frente. Na primeira, completou cruzamento de Anthony Musaba: 1 a 1. Na segunda, aproveitou lançamento de Nicolas Madsen e chutou no canto, sem chances para o goleiro Markus Schubert: virada, 2 a 1. E o Heerenveen, que chegou a temer levemente o rebaixamento, pode ainda alcançar a repescagem por vaga na Conference League. Tudo bem quando acaba bem?

Feyenoord 2×2 PSV (domingo, 8 de maio)

Dessers (86′, 90′ + 6) – Gakpo (16′, 29′)

Nomes do jogo: Cody Gakpo (PSV) e Luis Sinisterra (Feyenoord)

Estádio lotado, torcida alegre, equipe motivada: o ambiente em De Kuip era digno de um Feyenoord finalista da Conference League. Assim como o desgaste previsível que o Stadionclub mostrou no primeiro tempo. Prato cheio para um PSV de marcação muito intensa, pressionando rumo ao ataque. Com Cody Gakpo em bom momento, auxiliado por boas atuações de Ritsu Doan e Mario Götze, tendo um time da casa lento à frente, o 2 a 0 foi até esperado. E parecia até definitivo. Mas Arne Slot teve um plano: colocar Jens Toornstra (enfim, de volta, após lesão no tornozelo), Bryan Linssen e Patrik Walemark já na volta do intervalo – além de algumas alterações, como colocar Luis Sinisterra no meio-campo. E o time da casa se reanimou em De Kuip: enquanto o PSV teve somente uma chance (Eran Zahavi só não fez gol pelo desarme exato de Lutsharel Geertruida), Cyriel Dessers empilhou chances – e o goleiro Yvon Mvogo, defesas. Até o fim, quando já parecia tarde demais. Foi quando Dessers comprovou o momento que o Feyenoord vive. Primeiro, cabeceando para diminuir a vantagem do PSV; depois, convertendo pênalti polêmico – a bola bateu no cotovelo de Mauro Júnior, mas houve quem discordasse da irregularidade do lance apitado por Serdar Gözübüyük – para o 2 a 2. O clima bom seguiu em Roterdã. Ao PSV, o amargor de ver uma disputa pelo título que poderia se esquentar seguir na mesma – com o Ajax cada vez mais perto do título/tricampeonato.

Classificação fornecida por SofaScore LiveScore