Twente 2×0 Sparta Rotterdam (sexta-feira, 22 de abril)
Van Wolfswinkel (23′), Vlap (57′)
Nome do jogo: Ricky van Wolfswinkel (Twente)
Após segurar a vitória por 1 a 0 que já tinha sobre o Vitesse pelos seis minutos de acréscimos disputados, em jogo atrasado da 25ª rodada (interrompido justamente nos acréscimos, por maus atos de torcedores), o Sparta Rotterdam tinha alguma motivação para buscar mais uma vitória – que lhe seria de extremo valor, na tentativa de fugir do rebaixamento. Mas o Twente não é quarto colocado do Campeonato Holandês à toa: desde o começo do jogo em Enschede, os Tukkers já deixaram claro que eram o melhor time. O gol só saiu num chute colocado de Ricky van Wolfswinkel – 15º do atacante, em ótima temporada -, mas Virgil Misidjan e Ramiz Zerrouki tiveram boas chances. E quando Michel Vlap fez o segundo, após receber a bola de Robin Pröpper, pouco tempo após levar a pior num choque de cabeças com Bart Vriends, já se sabia que a vitória seria do Twente. Após o respiro do meio de semana, o Sparta já volta a temer a queda direta. Direta como a vaga na Liga Europa a que dá direito o terceiro lugar – onde o Twente chegou, em disputa ponto a ponto com o Feyenoord, e onde quer ficar.
NEC 0x1 Ajax (sábado, 23 de abril)
Brobbey (88′)
Nomes do jogo: Iván Márquez (NEC) e Brian Brobbey (Ajax)
No começo – e durante a maior parte do jogo -, foi o esforço do NEC. O Ajax teve mais a bola, porém encarou sérias dificuldades para achar espaços e tentar o gol contra os mandantes de Nijmegen. E quando teve esse espaço, falhou, no pênalti que Dusan Tadic perdeu aos 34′, chutando fracamente para a defesa de Mattijs Branderhorst. Já o NEC não só se aguentou na defesa – contando com a ótima atuação de Iván Márquez, comandando a movimentação dos cinco zagueiros -, como até assustou no ataque. Tanto no primeiro tempo (Jonathan Okita só não fez o gol pela grande defesa de Maarten Stekelenburg) como no segundo (Elayis Tavsan driblou vários, entrou na área, mas chutou na rede pelo lado de fora). O Ajax seguia sem ter espaços, diante do adversário fechado. Até que, a dois minutos do fim do tempo regulamentar, Jurriën Timber lançou, e Brian Brobbey dominou. Quase sozinho. Na área. Foi chutar na saída de Branderhorst, fazer 1 a 0, e o Ajax estava salvo. Com a liderança nas mãos, e o título nacional cada vez mais perto.
AZ 2×1 Heerenveen (sábado, 23 de abril)
Karlsson (44′), Reijnders (87′) – Sarr (7′)
Nome do jogo: Jesper Karlsson (AZ)
Já sem sofrer com o perigo das últimas posições, o Heerenveen começou a sonhar com coisa melhor ao abrir rapidamente o placar em Alkmaar: num rápido contra-ataque, Tibor Halilovic deixou Amin Sarr livre, e o sueco fez seu terceiro gol nas quatro partidas mais recentes do time alviazul da Frísia. O AZ teria mais dificuldades do que desejava, para tentar a virada que o manteria perto de Feyenoord e Twente, com perspectivas de vaga direta na Liga Europa. Só restava aos Alkmaarders atacarem – e foi o que fizeram, durante boa parte do primeiro tempo. A recompensa demorou, mas veio: aos 44′, Fredrik Midtsjo cruzou, e Jesper Karlsson desviou para o 1 a 1. Foi o suficiente para um segundo tempo bem mais animado. De um lado, o AZ tentou, com Zakaria Aboukhlal e Tijjani Reijnders. De outro, o Heerenveen quase marcou, quando Arjen van der Heide acertou a trave num chute. Mas, no fim, os donos da casa saíram satisfeitos: Sam Beukema cruzou a bola, e Reijnders completou para o 2 a 1 que mantém as perspectivas do AZ.
RKC Waalwijk 0x2 Zwolle (sábado, 23 de abril)
Van den Belt (16′), Van Polen (50′)
Nome do jogo: Kostas Lamprou (Zwolle)
Os dois times jogavam ameaçados pelo rebaixamento em Waalwijk – principalmente o Zwolle, tentando sair das três últimas posições desesperadamente. E os visitantes deram um grande passo para isso quando Thomas van den Belt chutou forte para fazer 1 a 0. Foram ajudados pela sorte: na jogada do gol, Gervane Kastaneer teria cometido falta, mas o juiz validou o gol normalmente. O Zwolle também contou com sua defesa para se aproximar da vitória: o goleiro Kostas Lamprou fez algumas defesas excelentes. E logo no princípio da segunda etapa, outro lance em que a sorte virou a favor dos Zwollenaren – e definiu o jogo. O atacante Daishawn Redan foi derrubado na área, e o juiz Jochem Kamphuis até lhe puniu por simulação, com o cartão amarelo. Mas o VAR alertou que o pênalti talvez tivesse existido, Kamphuis reviu a jogada no vídeo… e concordou. Cartão amarelo anulado, pênalti marcado, e Bram van Polen converteu a cobrança no 2 a 0. Segunda vitória seguida, muito vivo na disputa contra o rebaixamento, aumentando os temores do RKC Waalwijk: dizem que a sorte só ajuda se as oportunidades são aproveitadas, e o Zwolle as aproveitou…
Cambuur 1×2 PSV (sábado, 23 de abril)
Joosten (3′) – Zahavi (44′), Götze (65′)
Nome do jogo: Ritsu Doan (PSV)
O PSV teve o que comemorar na semana, com o título da Copa da Holanda. Comemorou tanto… que talvez tenha faltado foco nos primeiros minutos em Leeuwarden. Sorte do Cambuur: após cruzamento, Mees Hoedemakers tentou finalizar, a defesa rebateu, mas Patrick Joosten estava a postos para finalizar de calcanhar, com estilo, e fazer 1 a 0. E a ducha de água fria fez bem aos visitantes de Eindhoven: já na metade do primeiro tempo, o PSV era superior. Eran Zahavi e Ritsu Doan fizeram o goleiro Pieter Bos trabalhar, com ótimas defesas. Até que, um minuto antes do fim do primeiro tempo, Zahavi aproveitou sobra de bola num escanteio e chutou cruzado para empatar. A entrada de Ibrahim Sangaré ajudou o meio-campo dos Boeren a se equilibrar, no segundo tempo. Assim como a expulsão de Sekou Sylla: aos 62′, o pisão do lateral esquerdo no tornozelo de Doan pode ter até sido acidental, foi falta e rendeu o segundo amarelo (logo, o vermelho) a Sylla. Bastaram três minutos, mais um escanteio ao PSV, e a bola foi à cabeça de Mario Götze para a virada. Problema resolvido: o PSV segue vivo na disputa do título, quatro pontos atrás do Ajax.
Willem II 1×0 Vitesse (domingo, 24 de abril)
Hornkamp (4′)
Nome do jogo: Jizz Hornkamp (Willem II)
O Willem II chegou ao estádio em Tilburg com os torcedores ladeando o ônibus da delegação, animando os jogadores. Era necessário: afinal, o time estava na última posição do campeonato. E o apoio foi justificado em campo. Bastou o jogo começar, para Leeroy Owusu lançar, e Jizz Hornkamp bater forte para o 1 a 0, logo aos quatro minutos. Era do que os Tricolores precisavam: uma vantagem precoce, contra um Vitesse tecnicamente melhor. Mas isso nem se viu muito em campo: a não ser por um chute de Riechedly Bazoer, mandando a bola à trave ainda no primeiro tempo, os visitantes de Arnhem ameaçaram pouco o Willem II. Que, por sua vez, quase teve o segundo gol, também antes do intervalo, num cruzamento em que Ché Nunnely quase teve sorte. E os Tilburgers conseguiram voltar a vencer, após oito rodadas, na mais apropriada das horas. Ainda há vida para o Willem II, que deixou a lanterna – e, mesmo em penúltimo lugar, segue sonhando com a salvação na primeira divisão.
Feyenoord 2×1 Utrecht (domingo, 24 de abril)
Van der Hoorn (contra, 48′), Sinisterra (90′ + 6) – Van de Streek (65′)
Nome do jogo: Luis Sinisterra (Feyenoord)
No primeiro tempo, embora tendo mais a bola nos pés, o Feyenoord ameaçou pouco um Utrecht absolutamente fechado na defesa – até porque ainda não venceu sob o comando do interino Rick Kruys na temporada. E embora os Utregs tenham sido competentes atrás, também tentaram alguns contra-ataques na frente – nenhum deles, com muito perigo. Num jogo tão truncado, só a sorte deu o gol ao Feyenoord: Reiss Nelson cruzou, o zagueiro Mike van der Hoorn tentou afastar de cabeça, mas a bola encobriu o goleiro Fabian de Keijzer e entrou lenta nas redes. Vantagem assegurada, o Feyenoord começou a pressionar, estava até mais perto do gol… mas num contra-ataque bem eficaz (o Utrecht entrou no campo de ataque com cinco contra quatro), Pontus Almqvist ajeitou, Othman Boussaid cruzou, e Sander van de Streek escorou para o surpreendente empate: 1 a 1. De quebra, no lance do gol, o zagueiro Marcos Senesi se lesionou e saiu – mais uma contusão no Feyenoord, à beira da semifinal da Conference League. Cyriel Dessers, titular no jogo, até fez um gol, anulado por falta na origem da jogada. O drama estava posto para o Stadionclub, que ficaria só um ponto à frente do Twente na disputa da terceira posição da Eredivisie. Mas Luis Sinisterra, de novo, na sua melhor jogada, comprovou sua importância na temporada: no sexto dos sete minutos de acréscimo, o colombiano dominou a bola na esquerda, veio para a direita e chutou colocado na área, no canto do goleiro, para o 2 a 1 salvador. Êxtase em De Kuip: o terceiro lugar isolado estava a salvo.
Groningen 0x1 Heracles Almelo (domingo, 24 de abril)
Laursen (22′)
Nome do jogo: Nikolai Laursen (Heracles Almelo)
O Groningen estava seguro na tabela: precisava vencer para se fortalecer na zona de repescagem pela vaga na Conference League. O Heracles Almelo até mantinha alguma segurança na tabela (12º lugar), mas se quisesse minorar de vez os temores de ficar perto da zona de rebaixamento, uma vitória seria bem vinda. E os visitantes de Almelo fizeram bem o papel. A começar pelo gol de Nikolai Laursen: chute forte, indefensável. Depois, perto do intervalo, o próprio Laursen acertou a trave. E na etapa final, tanto ele quanto o zagueiro Marco Rente tiveram boas chances de gol. Os Heraclieden foram mais intensos em campo – e tiveram a compensação: sete pontos acima da zona de rebaixamento, a quatro rodadas do fim, estão cada vez mais perto de um fim seguro.
Fortuna Sittard 1×0 Go Ahead Eagles (domingo, 24 de abril)
Flemming (21′)
Nome do jogo: Paul Gladon (Fortuna Sittard)
Para o Go Ahead Eagles, a vitória significava entrar de vez na zona da repescagem pela vaga na Conference League – um sonho adicional, numa temporada já alegre do Kowet. Para o Fortuna Sittard, era mais: diante das vitórias de Zwolle e Willem II, adversários na aflição contra o rebaixamento, a chance da vitória tinha de ser aproveitad. E o time da casa fez mais para ter a vitória. Começando com um gol anulado de Paul Gladon. E tendo o ponto alto no gol de Zian Flemming, em que a sorte ajudou: Flemming chutou, e o desvio no lateral esquerdo Bas Kuipers tirou as chances de defesa do goleiro Andries Noppert. Mais gols poderiam aparecer: Tijjani Noslin tentou, Paul Gladon de novo, Mats Seuntjens até acertou a trave. Pelo menos, o 1 a 0 foi suficiente para o Fortuna Sittard, que terminou a rodada como o mais feliz dos ameaçados pelo rebaixamento: respirando na 14ª posição, duas acima da posição de repescagem de acesso. Alívio em Sittard. Pelo menos até a próxima rodada…