Fortuna Sittard x Sparta Rotterdam (sexta-feira, 18 de fevereiro – ADIADO, em razão do mau tempo causado pela tempestade Eunice)
NEC 1×1 RKC Waalwijk (sábado, 19 de fevereiro)
Okita (88′) – Van der Venne (17′)
Nome do jogo: Richard van der Venne (RKC Waalwijk)
O jogo que abriu involuntariamente a 23ª rodada, com o cancelamento da sexta-feira, tinha muitas novidades. A volta dos estádios plenamente abertos ao público nos Países Baixos; a reabertura do próprio estádio De Goffert, após a queda de parte da arquibancada visitante no ano passado; e a camisa “carnavalesca” do RKC Waalwijk. Servia para comemorar a vantagem precoce dos visitantes: voltando a ser titular, Richard van der Venne aproveitou erro de Iván Márquez num domínio de bola, na defesa, para fazer 1 a 0. Restou ao NEC batalhar pelo empate, principalmente no segundo tempo. Empate que só veio no fim, com Jonathan Okita desviando chute de Elayis Tavsan. De certa forma, um alívio. Mas o ponto foi mais comemorado pelo RKC Waalwijk, mantendo distância segura da zona de rebaixamento.
Willem II 0x1 Ajax (sábado, 19 de fevereiro)
Timber (81′)
Nome do jogo: Jurriën Timber (Ajax)
Antes do jogo começar em Tilburg (diante de chuva pesada), era de se esperar mais uma vitória fácil do Ajax. Expectativa que diminuiu à medida que o primeiro tempo transcorreu: não só o Willem II fechou como pôde os espaços para os jogadores do líder do campeonato chutarem – só Antony e Jurriën Timber tentaram -, como até trouxe certo perigo, principalmente nos contragolpes puxados pela direita, com Ché Nunnely. No segundo tempo, o ímpeto ofensivo dos Tricolores até diminuiu, mas o time da casa compensou com dedicação extrema na defesa. O que começou a enervar o Ajax, que tentava e tentava, sem conseguir o chute a gol. E quando conseguiu da primeira vez, foi anulado, aos 55′ – Dusan Tadic até balançou as redes após troca de passes, mas Antony estava impedido na origem da jogada. Continuou o sofrimento inesperado: o Ajax insistia, o Willem II se fechava mais e mais. A resistência só acabou a nove minutos do fim: Antony cruzou e, quase sem ângulo, Timber desviou para fazer o gol salvador. O zagueiro até se chocou com a trave quando finalizou, e teve de ser substituído. Tudo bem: pelo menos, o Ajax garantira os três pontos. Só teve de se esforçar mais do que desejava, quatro dias antes de abrir as oitavas de final da Liga dos Campeões, contra o Benfica-POR.
AZ 2×1 Heracles Almelo (sábado, 19 de fevereiro)
Reijnders (25′), Pavlidis (48′) – Laursen (42′)
Nome do jogo: Tijjani Reijnders (AZ)
Na escalação com que o torcedor do AZ já está acostumado, Tijjani Reijnders era o único nome incomum: afinal de contas, substituía o suspenso Fredrik Midtsjo, habitual volante titular. Sem problemas: foi justamente Reijnders quem abriu o placar, com um chute forte para completar escanteio. E o time de Alkmaar controlava bem o jogo, até ser atingido pelo empate, levando o troco na mesma moeda: Ruben Roosken cruzou, Nikolai Laursen empatou para o Heracles Almelo. Tensão? Nem tanto, porque o intervalo veio, acalmou as coisas, e já no começo do segundo tempo, Vangelis Pavlidis fez o gol que devolveu ao AZ o controle da partida. E garantiu a impressionante sequência invicta: já são 12 partidas sem perder pela Eredivisie (17 partidas de invencibilidade, somando-se Copa da Holanda e Conference League). Em quarto lugar, o AZ já sinaliza: o Feyenoord terá adversário na disputa pela terceira posição.
Zwolle 1×1 Groningen (domingo, 20 de fevereiro)
Nakayama (90′ + 4′) – Duarte (37′)
Nome do jogo: Yuta Nakayama
Diante de um Zwolle animado pela sequência de resultados que tornou escapar do rebaixamento uma possibilidade real, o Groningen foi mais cauteloso. Deu certo. Primeiro, os visitantes do norte dos Países Baixos contiveram o veloz ataque dos donos da casa; depois, bastou uma falta cobrada com perfeição por Laros Duarte para o 1 a 0. Além do mais, os Groningers tiveram chances para ampliar – como uma bola chutada por Bjorn Meijer, na trave. Na verdade, até mesmo tiveram gol: anulado, por posicionamento ilegal de Jorgen Strand Larsen na jogada. Só depois desses chacoalhões é que os Zwollenaren se aprumaram, para tentar algo. De tanto martelar, conseguiram no fim: um bate-rebate após falta de Mustafa Saymak teve a bola colocada nas redes por Yuta Nakayama. Um ponto muito útil para o Zwolle, diante do adiamento de Fortuna Sittard x Sparta Rotterdam…
Feyenoord 3×1 Cambuur (domingo, 20 de fevereiro)
Sinisterra (24′), Kökcü (45′), Jahanbakhsh (50′) – Boere (17′)
Nome do jogo: Luis Sinisterra (Feyenoord)
O embalo do Feyenoord poderia ter sofrido um tremendo solavanco: em casa, com De Kuip voltando a ficar lotado, ver o zagueiro Gernot Trauner, habitualmente confiável, falhar e deixar Tom Boere livre para fazer 1 a 0, não era dos sinais mais auspiciosos. Mas o alívio demorou pouco. E veio em grande estilo: Luis Sinisterra fez talvez o mais belo gol da rodada, chute colocado no ângulo esquerdo do goleiro Sonny Stevens. Aí, o Stadionclub voltou ao seu “velho normal”: fluidez no meio-campo, os chutes precisos de Orkun Kökcü (se bem que o deste domingo, o da virada, veio com desvio em Calvin Mac-Intosch antes de entrar), uma vitória com autoridade. Só para confirmar isso, mais um golaço: outro chute colocado, de Alireza Jahanbakhsh, no ângulo. Devagar, sem alarde, o Feyenoord já é o vice-líder da Eredivisie. Se superar o AZ no jogo importante da próxima rodada… como duvidar?
Twente 2×2 Go Ahead Eagles (domingo, 20 de fevereiro)
Vlap (73′), Brenet (88′) – Lidberg (45′), Córdoba (48′)
Nome do jogo: Isac Lidberg (Go Ahead Eagles)
O time que não era o maior nem precisava ser melhor. Bastava ser mais eficiente. Foi exatamente o que o Go Ahead Eagles mostrou, na maior parte do jogo em Enschede. O Twente atacou bem mais em sua casa, mas trouxe pouco perigo real – e o que trouxe, parou no goleiro Andries Noppert. Já os visitantes de Deventer foram precisos. No fim do primeiro tempo, um escanteio desviado por Isac Lidberg, 1 a 0; no começo do segundo tempo, um rebote do goleiro Lars Unnerstall aproveitado por Iñigo Córdoba, 2 a 0. Aí, era só se dedicar mais na defesa. Mas seria necessário resistir, diante de um Twente com qualidade técnica bem maior. O técnico Ron Jans ainda colocou nomes como Manfred Ugalde e Joshua Brenet em campo, para tentar o empate. Aí ficou difícil. Aos 72′, Vlap completou cruzamento (com desvio no zagueiro Joris Kramer), e os Tukkers diminuíram. E aos 88′, Brenet aliviou de vez os mandantes, com um chute bonito para o 2 a 2. De todo modo, um susto que mostrou o valor do Go Ahead Eagles.
PSV 3×1 Heerenveen (domingo, 20 de fevereiro)
Madueke (13′), Götze (47′), Veerman (50′) – Halilovic (36′)
Nome do jogo: Joey Veerman (PSV)
O PSV começou o jogo como esperado, diante de um time que vinha de cinco derrotas seguidas sem nem um gol marcado: encurralando o Heerenveen na área de defesa. Quando Noni Madueke fez 1 a 0, num chute forte, a aparência era de que vinha aí uma vitória fácil. E os Boeren relaxaram, se contiveram na defesa. A tal ponto que os visitantes da Frísia começaram a crescer, rondaram mais a área de defesa… até que, na reta final do primeiro tempo, Tibor Halilovic aproveitou ótima inversão de jogo para empatar. Mais do que isso: Érick Gutiérrez (lesionado pouco depois) tirou a bola em cima da linha, após cabeceio de Siem de Jong. Àquela altura, o temor em Eindhoven era de um tropeço – ainda mais pelas substituições de Madueke e Cody Gakpo, poupados para a decisão contra o Maccabi Tel Aviv (segunda fase da Conference League). Bastou o segundo tempo começar, para o temor se dissipar. Porque Mario Götze, bem de novo no ataque, chutou para o 2 a 1. E porque, três minutos depois, Joey Veerman fez o que a sabedoria popular sempre suspeita que acontecerá: pôs em prática a “lei do ex”, completando passe de Ritsu Doan após erro da defesa para o 3 a 1 tranquilizador. Que veio com algumas turbulências, mais veio. O PSV segue à espreita do líder Ajax.
Utrecht 1×1 Vitesse (domingo, 20 de fevereiro)
Sylla (14′) – Doekhi (90′ + 2)
Nome do jogo: Danilho Doekhi (Vitesse)
O primeiro motivo para o caos que tomou conta do jogo em Utrecht independia dos dois times: a chuva forte prejudicou demais o gramado do estádio De Galgenwaard, em Utrecht. Jeroen Houwen que o diga: o goleiro do Vitesse foi enganado pela bola que parou numa poça de lama, Moussa Sylla aproveitou e fez 1 a 0. Daí, vieram mais razões para o jogo ficar truncado. Ainda no primeiro tempo, a interrupção da partida por 20 minutos, em razão de sinalizadores jogados por torcedores do Vitesse no gramado. Já na volta do intervalo, a expulsão do atacante Adrian Grbic, apenas doze minutos depois de entrar, deixando o Vites com 10 jogadores. Depois, uma carga do zagueiro Willem Janssen sobre Loïs Openda (Vitesse): o juiz Allard Lindhout foi ao VAR, sob alegação de pênalti, mas deixou o lance passar. Só aí, já nos acréscimos, de cabeça, Danilho Doekhi aliviou os visitantes da cidade de Arnhem. Mas não foi o ato final: mais uma interrupção por sinalizadores atirados, antes do apito final, encerrando o jogo problemático.