Eredivisie, os nomes do jogo da 22ª rodada

Heracles Almelo 1×0 Utrecht (sexta-feira, 11 de fevereiro)

Sierhuis (83′)

Nome do jogo: Kaj Sierhuis (Heracles Almelo)

No primeiro tempo, poucas emoções em Almelo: apenas dois chutes, por parte do Heracles Almelo – um deles, já de Kaj Sierhuis, que logo voltará a este texto. No segundo, sim, as coisas esquentaram. Primeiro, os Heraclieden tentaram mais estocadas. Depois, mais técnico, o Utrecht começou a trazer mais perigo: numa bola na trave de Djevencio van der Kust, numa bola de Henk Veerman na rede pelo lado de fora… e aí apareceu o goleiro Janis Blaswich, novamente destaque no time de Almelo (defendeu bolas difíceis de Willem Janssen e Mark van der Maarel). Bastou um contragolpe rápido, na reta final do jogo, para o Heracles celebrar sua primeira vitória após quatro jogos: Noah Fadiga lançou, Bilal Basaçikoglu cruzou, Sierhuis mandou para o 1 a 0. O autor do gol nem mesmo completou o jogo: saiu lamentando lesão aparentemente séria no joelho. Pelo menos, foi por ele que o Heracles Almelo conseguiu triunfo importante para manter controlados os riscos de escorregar na tabela.

Groningen 0x1 Fortuna Sittard (sábado, 12 de fevereiro)

Siovas (82′)

Nome do jogo: Yanick van Osch (Fortuna Sittard)

Não que a partida tenha sido uma profusão de chutes a gol em sequência. Mas se houve um time atacando mais, este foi o Groningen, sem dúvida. Um cabeceio de Jorgen Strand Larsen, um chute de Deroy Duarte… o time da casa buscava mais o gol, só que parava no goleiro Yanick van Osch, em outra ótima atuação. Mesmo com um ataque remoçado (estreava o reforço Charlison Benschop), o Fortuna Sittard atacava pouco – apenas um voleio de Mats Seuntjens trouxera perigo. Mas o time visitante controlava os perigos. Aos poucos, foi ousando mais: a entrada de Lisandro Semedo no ataque trouxe mais rapidez. E no fim do jogo, quando ninguém esperava, a grande surpresa: uma bola aérea, Cyril Ngonge falhou ao tentar afastá-la, e o arremate de Dimitrios Siovas, mesmo fraco, foi o suficiente para o 1 a 0. Primeira vitória do Fortuna Sittard contra o Groningen, fora de casa, desde 1987. Segunda vitória seguida, e o time foi à 16ª posição, que ainda traz uma “segunda chance” de permanência na primeira divisão, via repescagem. Que razão melhor para incentivo poderia haver?

Cambuur 3×4 Zwolle (sábado, 12 de fevereiro)

Maulun (10′), Kallon (43′), Sambissa (78′) – Darfalou (3′), De Wit (6′), Redan (56′), Van Polen (66′)

Nome do jogo: Kostas Lamprou (Zwolle)

Nem era preciso a bola rolar para que se soubesse que algo mudou no Zwolle em 2022: mesmo ainda lanterna, os “Dedos Azuis” estavam invictos no ano pela Eredivisie – duas vitórias, um empate. Mas eles provaram assim mesmo que o time está reanimado, com o começo fulgurante: em seis minutos, já estava 2 a 0. Só restava ao Cambuur, uma boa surpresa na temporada, reagir. Um pênalti convertido por Robin Maulun aos 10′ (confirmando o começo empolgante de jogo), um chute de Issa Kallon no qual o goleiro Kostas Lamprou falhou, e o primeiro tempo terminou empatado. Como o Zwolle reagiria? Oras, passando de novo à frente: Redan – que já dera passes para dois gols – fez o dele, e o capitão Bram van Polen ampliou a vantagem. Um gol muito útil, porque David Sambissa diminuiu para o Cambuur, e o fim do jogo foi dramático. Se Redan já era o destaque na frente, Lamprou “consertou” a falha no segundo gol do Cambuur fazendo defesas salvadoras no fim. O juiz Ingmar Oostrom “ajudou”, julgando que um suposto pênalti alertado pelo VAR não o tinha sido. E o Zwolle, mesmo seguindo na lanterna com vitórias de Fortuna Sittard e Sparta Rotterdam, conseguiu mais uma vitória para se certificar de que está num caminho promissor. Quem diria…

Vitesse 0x5 PSV (sábado, 12 de fevereiro)

Zahavi (4′), Mauro Júnior (24′), Gakpo (28′), Carlos Vinícius (62′), Doan (88′)

Nome do jogo: Noni Madueke (PSV)

Após voltar de lesão já marcando gol no meio de semana (contra o NAC Breda, pelas quartas de final da Copa da Holanda – PSV classificado), o atacante Noni Madueke voltava a começar jogando pelo Campeonato Holandês. Ficava a expectativa sobre o que o atacante inglês poderia fazer em campo. Resposta dada já aos quatro minutos: Madueke fez o que quis na direita, na jogada em que cruzou para Eran Zahavi coroar seu retorno aos titulares dos Boeren com o 1 a 0. Pois é: o Vitesse podia até atacar, mas deixava muitos espaços pelos lados. E assim o PSV encaminhou a vitória já no primeiro tempo. Pela esquerda, com Mauro Júnior tendo coroada a boa fase que vive em campo ao marcar o 2 a 0. E pela direita, com Madueke fazendo a jogada para Cody Gakpo marcar – e muitas mais, que atormentaram a zaga do Vites. Vitória praticamente assegurada, os visitantes de Eindhoven nem precisavam de mais velocidade no segundo tempo. Bastou a eficiência: na jogada rápida para o 4 a 0 (lançamento de Mwene, Ibrahim Sangaré ajeitou, Carlos Vinícius fez), e no chute de Ritsu Doan que venceu o golpe de vista do goleiro Jeroen Houwen para o 5 a 0. Reação categórica do PSV. A temporada ainda não acabou.

Go Ahead Eagles 1×4 AZ (domingo, 13 de fevereiro)

Brouwers (25′) – Beukema (28′, 85′), Pavlidis (34′, 42′)

Nome do jogo: Sam Beukema (AZ)

Os dois times já tinham razões para entusiasmo: afinal, durante a semana, ambos foram às semifinais da Copa da holanda. Com a volta da torcida aos estádios, o Adelaarshorst de Deventer estava ainda mais fervilhante. Sorte – e ânimo – do Go Ahead Eagles, que abriu o placar em jogada rápida: Giannis Botos cruzou, Luuk Brouwers conferiu. De tanta empolgação, os donos da casa abriram a guarda. Erro imperdoável. Ainda mais contra um velho conhecido: três minutos depois, o zagueiro Sam Beukema (destaque na campanha do acesso do Go Ahead Eagles) subiu para empatar, de cabeça. E o AZ, bem mais capacitado, empolgou-se para virar o jogo: dois passes de Dani de Wit, dois gols de Vangelis Pavlidis – um deles, o terceiro do AZ, muito bonito, ajeitando com estilo e batendo forte para finalizar. Nem mesmo alguns sustos do goleiro Peter Vindahl tiraram mais o AZ do rumo da vitória. Que se transformou em goleada no fim, quando Beukema completou outro escanteio (agora, num bate-rebate) para o 4 a 1. Invicto há 17 jogos, chegando ao quarto lugar na Eredivisie, semifinalista da Copa da Holanda, classificado na Conference League: a temporada ainda pode significar muito em Alkmaar…

Sparta Rotterdam 1×0 Willem II (domingo, 13 de fevereiro)

Namli (59′)

Nome do jogo: Younes Namli (Sparta Rotterdam)

Num jogo direto entre dois afligidos pelas últimas posições da tabela, talvez os dramas do Sparta Rotterdam fossem maiores: enquanto o Willem II tivera seu tabu extinto na rodada passada (vencera o RKC Waalwijk), os Spartanen vinham de uma derrota no clássico contra o Feyenoord. Mais ainda: vinham de dez jogos sem vitórias no Holandês. Então, o Sparta tentou mais, num jogo tenso desde o começo. Lennart Thy se credenciou como destaque do time da casa: tentou o gol num chute de fora da área e num cabeceio afastado em cima da linha. Mas só Younes Namli aproveitaria a chance do jeito como a torcida queria em Het Kasteel: apósjustificou

RKC Waalwijk 0x2 Feyenoord (domingo, 13 de fevereiro)

Kökcü (45′), Hendrix (89′)

Nome do jogo: Justin Bijlow (Feyenoord)

De certa forma, o primeiro tempo sintetizou o que foi a totalidade dos 90 minutos em Waalwijk. O RKC Waalwijk já começou pressionando nos primeiros minutos – um chute de Saïd Bakari, muito bem defendido por Justin Bijlow. Bakari voltaria a tentar, e Bijlow voltaria a defender. Mas o Feyenoord logo teria mais a bola em campo. Só que teria também problemas: ou o Stadionclub estava lento demais, ou não tinha espaço para finalizar. Este espaço só apareceu no último minuto do primeiro tempo: um lançamento inesperado, uma saída desastrada do goleiro Etiënne Vaessen, e Orkun Kökcü ficou com o campo livre para, fora da área, completar e fazer 1 a 0. No segundo tempo, foi quase a mesma coisa. O RKC Waalwijk assustou, mas Bijlow foi garantia de segurança, com ótimas defesas (principalmente numa finalização de Jens Odgaard, à queima-roupa). No miolo de zaga, Gernot Trauner também foi preciso nas antecipações e desarmes, evitando perigo maior dos donos da casa. E no ataque, houve tentativas aqui e ali – como um chute de Guus Til, na trave -, mas só aproveitando um contragolpe, com o estreante Jorrit Hendrix, é que o Feyenoord garantiu uma vitória útil para seguir firme entre os três primeiros. Poderia ter sofrido menos? De todo modo, saiu de Waalwijk com os três pontos…

Heerenveen 0x1 NEC (domingo, 13 de fevereiro)

Tavsan (41′)

Nome do jogo: Elayis Tavsan (NEC)

O Heerenveen chegou ao jogo com um ataque remoçado: um ala improvisado (Rami Al-Hajj), e dois reforços recém-chegados (Sydney van Hooijdonk e Amin Sarr). Não à toa, o time da casa pressionou bem mais o NEC no primeiro tempo. Mas parou em boas defesas do goleiro Mattijs Branderhorst. E quando o time de Nijmegen teve espaço, Elayis Tavsan fez o necessário: puxou um rápido contra-ataque, e fez o 1 a 0. Na etapa final, a situação foi parcialmente igual. Do lado do Heerenveen, sim, tudo lamentavelmente parecido: tentativas e tentativas de ataque, sem trazer real perigo nem colocar a bola na rede. Do lado do NEC, o gol quase veio: Lasse Schöne chegou a colocar a bola na rede, de falta, aos 84′ – mas a jogada foi anulada, por impedimento de Iván Márquez quando tentava completar a jogada. De quebra, o juiz Richard Martens foi chamado ao vídeo para verificar possível pênalti para o NEC. Não fora nada. Tudo bem para o NEC: manteve o 1 a 0, impondo a quinta derrota seguida (e sem marcar gols) ao Heerenveen.

Ajax 5×0 Twente (domingo, 13 de fevereiro)

Klaassen (31′), Haller (53′, 85′, 88′), Pröpper (contra, 77′)

Nomes do jogo: Sébastien Haller (Ajax) e Lars Unnerstall (Twente)

No começo, não só o Twente continha o Ajax na defesa, como até trazia perigos – como um cabeceio de Ricky van Wolfswinkel, no travessão. Nada recomendável para um clube que tenta se proteger em campo da tempestade em que entrou desde a semana passada, com a demissão do diretor de futebol Marc Overmars – e a revelação dos assédios sexuais que levaram a ela (e do fato de que o Conselho Deliberativo sabia dos boatos antes de renovar o contrato com Overmars). Mas Davy Klaassen fez 1 a 0, em uma jogada ensaiada, e o Ajax só não conseguiu vantagem tranquila antes mesmo do intervalo porque o goleiro Lars Unnerstall esteve muito bem. Até mesmo pênalti pegou – segundo erro seguido de Dusan Tadic da marca da cal. Mas nem Unnerstall resistiu a Sébastien Haller, com seus três gols. E o Twente, de campanha elogiável, foi mais um a ser varrido pela “vassoura ofensiva” com que o Ajax costuma limpar seus adversários no Campeonato Holandês. Saldo de gols +64, liderança mantida: em Amsterdã, os problemas só estão nos gabinetes, não no campo.

Classificação fornecida por SofaScore LiveScore