Utrecht 3×2 Cambuur (sábado, 5 de fevereiro)
Douvikas (33′, 38′), Veerman (64′) – Schouten (8′, 12′)
Nome do jogo: Henk Veerman (Utrecht)
O começo da partida no estádio Galgenwaard foi o pior possível para o Utrecht: uma defesa desorganizada viu o zagueiro Erik Schouten fazer 2 a 0 em quatro minutos – o primeiro gol após duas bolas no travessão em escanteio, o segundo já cabeceando direto também após tiro de canto. Algum jeito precisava ser dado. O técnico René Hake colocou, então, logo aos 30′, a grande contratação da janela recém-encerrada: o atacante Henk Veerman, no lugar do zagueiro Mike van der Hoorn, que se irritou ao ser substituído. Compreensível, claro. Mas ainda mais compreensível foi a mudança, ao ver o que aconteceu depois. Ainda no primeiro tempo, Anastasios Douvikas foi o nome do empate, com dois gols – no segundo, por sinal, com Veerman ajeitando a bola na origem da jogada. Mas a torcida – enfim presente, em um terço da capacidade nos estádios, mesmo sob protesto dos clubes (querem dois terços) – foi à loucura mesmo aos 64′. Logo ele, Henk Veerman, foi o autor do gol de uma salvadora vitória. Coroação de uma estreia esperada: Veerman queria jogar nos Utregs, para cumprir a promessa feita a um amigo falecido que torcia pelo clube; a torcida o recebeu muito bem. O gol da vitória e a festa foram pontos firmes na costura de uma trajetória promissora.
Fortuna Sittard 2×0 Heerenveen (sábado, 5 de fevereiro)
Flemming (14′, 70′)
Nome do jogo: Zian Flemming (Fortuna Sittard)
O Heerenveen tinha mais estreantes – Thom Haye no meio-campo, Amin Sarr vindo do banco para o ataque. E começou mais ofensivo. A tal ponto que Haye mandou uma bola na trave, ainda no começo. Azar dele, e dos visitantes. Porque, no lance seguinte, Zian Flemming completou rápido ataque para fazer 1 a 0. A mesma coisa aconteceu no segundo tempo: o Fean buscou o gol, com nomes como Anthony Musaba… mas, de novo, Flemming apareceu, completando escanteio de modo acrobático para colocar a bola pela segunda vez nas redes, numa importantíssima vitória para reanimar o Fortuna Sittard contra o rebaixamento. Parceiro de Flemming no ataque, Mats Seuntjens reclamava do time, nas últimas rodadas de 2021. Pelo menos, seu parceiro o ajudou. Quem precisa se ajudar agora é o Heerenveen, com quatro derrotas seguidas sem sequer um gol marcado…
PSV 1×2 AZ (sábado, 5 de fevereiro)
Obispo (19′) – Martins Indi (40′), Karlsson (76′)
Nome do jogo: Yvon Mvogo (PSV)
Quando a partida começou, a escalação do PSV feita por Roger Schmidt – badalado pelo anúncio de sua saída, no fim da temporada – tinha uma mudança notável. Mesmo quase tendo saído do clube, o goleiro suíço Yvon Mvogo (titular em 2020/21) voltava a ser titular, no lugar de Joël Drommel, que falhou aqui e ali. Parecia que a mudança passaria em branco: o PSV começou bem mais ofensivo, e abriu o placar com merecimento, graças ao cabeceio de Armando Obispo, marcando seu primeiro gol no Campeonato Holandês. Só que o AZ, sorrateiramente, foi tendo mais posse de bola, se aproximando mais do gol… e afinal empatando, com Bruno Martins Indi. No segundo tempo, equilíbrio esperado de um jogo entre o vice-líder e o 5º colocado: o goleiro Peter Vindahl salvou o AZ em dois chutes em sequência (Mauro Júnior, bem de novo, e Yorbe Vertessen), enquanto os visitantes chegavam perto, com Vangelis Pavlidis. Até que, aos 76′, um lançamento longo de Yukinari Sugawara… e Mvogo foi o infeliz da vez: o quicar da bola atrapalhou o arqueiro, a bola o encobriu, e Jesper Karlsson ficou livre para fazer o gol da virada e da vitória. Mudou o goleiro, não mudaram os problemas na posição. A segunda derrota seguida, contra um adversário de certo nível, abate o PSV na disputa pelo título – e anima o AZ.
Zwolle 1×1 NEC (sábado, 5 de fevereiro)
Redan (27′) – Tavsan (26′)
Nome do jogo: Siemen Voet (Zwolle)
O jogo já começou acelerado: chances de um lado e de outro. E isso, de certa forma, foi comprovado pelos gols ocorridos no espaço de um minuto: Elayis Tavsan completou passe de Jordy Bruijn para fazer 1 a 0, e um bate-rebate no minuto seguinte foi enfim mandado para as redes por Daishawn Redan para o empate subsequente. O equilíbrio seguiu até falta dura de Siemen Voet em Tavsan, causando cartão vermelho direto ao zagueiro do Zwolle. E aí, o lanterna da Eredivisie precisou se controlar na defesa, para manter o ponto suado que ainda mantém vivas as perspectivas de sair da zona de rebaixamento/repescagem. Conseguiu – em grande parte, por ótima defesa de Kostas Lamprou, nos acréscimos, após chute de Edgar Barreto.
Twente 3×0 Vitesse (sábado, 5 de fevereiro)
Tronstad (contra, 18′), Van Wolfswinkel (45′ + 2, 54′)
Nome do jogo: Ricky van Wolfswinkel (Twente)
O Vitesse bem que tentou, com um gol anulado de Adrian Grbic aos 12′. Só que o Twente começou a pressionar mais a defesa dos adversários, em outro jogo direto no topo da tabela (Twente, 4º lugar, contra Vitesse, 6º). E ela, num mau dia, errou: aos 18′, um chute forte de Michel Vlap foi desviado acidentalmente por Sondre Tronstad, e era o 1 a 0 dos Tukkers. Porém, só nos acréscimos viria o erro que decretou o resultado do jogo: aos 45′, o goleiro Jeroen Houwen escorregou ao tentar pegar uma bola alta, que sobrou para Ricky van Wolfswinkel chutar, livre. Só não saiu o gol porque o zagueiro Jacob Rasmussen desviou com a mão na área – pênalti, Rasmussen expulso, Van Wolfswinkel bateu para o 2 a 0. O Vites tentou mudar (jogadores e estilo) no segundo tempo: não adiantou, porque houve mais um erro – falha de entendimento entre o zagueiro Danilho Doekhi e Houwen -, e Van Wolfswinkel, cria e ídolo do Vitesse, fez o 3 a 0 final, de um clube agora estabilizado na 4ª posição, invicto há dez partidas. Novamente, uma temporada que estabiliza o Twente, após a grave crise vivida há alguns anos.
Feyenoord 4×0 Sparta Rotterdam (domingo, 6 de fevereiro)
Kökcü (4′), Jahanbakhsh (11′), Til (51′, 70′)
Nomes do jogo: Orkun Kökcü (Feyenoord) e Guus Til (Feyenoord)
No começo – mais precisamente nos dez primeiros minutos de jogo -, o Feyenoord encaminhou a vitória no clássico de Roterdã tendo rapidez no ataque, trocando passes e envolvendo a defesa do rival Sparta Rotterdam. Foi assim que Orkun Kökcü despontou como o primeiro destaque. Aos 4′, da entrada da área, bateu e fez 1 a 0 (com desvio em Arno Verschueren). E aos 11′, com um lançamento perfeito, o turco começou a jogada concluída por Alireza Jahanbakhsh para o 2 a 0. Diante de um time frágil dos Spartanen, o caminho para a vitória no clássico estava aberto. E no segundo tempo, o Feyenoord o aproveitou sendo menos veloz e mais eficiente, com lançamentos mais longos. Aí apareceu o destaque habitual do Stadionclub na temporada: Guus Til. Ele aproveitou sobra de bola para fazer 3 a 0. E mais no fim, em outra falha da defesa do adversário (mais precisamente, de Bart Vriends, que escorregou), o meio-campista fez seu 13º gol na temporada, igualando Sébastien Haller na artilharia da Eredivisie. Chegando a um ponto atrás do PSV, o Feyenoord já dá “sinal de luz com seu carro”: o sonho de título é menor, mas existe.
Willem II 3×1 RKC Waalwijk (domingo, 6 de fevereiro)
Oosting (8′, 14′), Hornkamp (43′) – Kramer (71′)
Nome do jogo: Thijs Oosting (Willem II)
O Willem II chegou para o jogo ostentando dois estreantes recém-contratados – no meio-campo, Thijs Oosting, e no ataque, Jizz Hornkamp. Pois foi enfrentando o time treinado justamente por seu pai, Joseph Oosting, que Thijs brilhou para encaminhar o alívio ao time de Tilburg. Aos 8′, ele já abriu o placar, tocando na saída do goleiro; e aos 14′, completou para os 2 a 0. A ótima impressão da torcida tricolor ficou praticamente definida quando Hornkamp completou o bom dia dos estreantes, fazendo 3 a 0 numa falha do goleiro Etiënne Vaessen (ainda que compreensível, pelo mau estado do gramado, vitimado pela chuva na Holanda). Bem que, no segundo tempo, o RKC Waalwijk cresceu um pouco, com Michiel Kramer fazendo o gol de honra e impulsionando os visitantes para o ataque. Mas o Willem II já tinha feito seu trabalho. Após dez derrotas seguidas, comemora de novo um triunfo no Campeonato Holandês. Com o destaque Thijs Oosting – um “filho malcriado”, pelo menos em campo.
Groningen 2×1 Go Ahead Eagles (domingo, 6 de fevereiro)
Strand Larsen (4′, 69′) – Botos (60′)
Nome do jogo: Jorgen Strand Larsen (Groningen)
O atacante norueguês Jorgen Strand Larsen já tinha uma razão para comemorar o domingo, de qualquer jeito: afinal de contas, celebrava o aniversário, completando 22 anos de idade. E Strand Larsen ganhou ainda mais razões para celebrar – e mais pessoas com quem dividir a alegria – quando a bola rolou em Groningen. No primeiro tempo, coube a ele consolidar o melhor começo dos Groningers, fazendo 1 a 0 ao completar cruzamento. No segundo tempo, o Go Ahead Eagles mudou, foi mais ofensivo, e coube a Giannis Botos causar problemas ao Groningen com o empate. Aí apareceu Strand Larsen, de novo. Com mais estilo, até: o norueguês fez o gol da vitória ao ajeitar a bola e finalizar muito bem. Saiu de campo celebrando a vitória – e, literalmente, um feliz aniversário.
Ajax x Heracles Almelo (domingo, 6 de fevereiro)
Klaassen (22′), Haller (55′), Taylor (67′)
Nome do jogo: Kenneth Taylor (Ajax)
Justiça seja feita: no começo do jogo, bem organizado defensivamente, o Heracles Almelo fechou espaço para a maioria das jogadas do Ajax (como já está acostumado a fazer, aliás – que o diga o 0 a 0 entre ambos, em Almelo, no turno). E durante todo o jogo, o goleiro Janis Blaswich se fez notar, com boas defesas. Só mesmo uma finalização à queima-roupa de Davy Klaassen pôs a bola na rede, na etapa inicial. Já baqueada, a resistência do Heracles Almelo caiu de vez no segundo tempo, com uma falha do zagueiro Marco Rente no segundo gol. E aí, foi o habitual em partidas do Ajax na Eredivisie: gol de Sébastien Haller, ofensividade, Dusan Tadic se destacando nas jogadas de ataque… mas o meio-campista Kenneth Taylor, vindo a campo no meio do segundo tempo, se sobressaiu, ao celebrar seu primeiro gol pelo time principal. Bom augúrio para um talento que já cava seu espaço há pelo menos três anos. Melhor augúrio ainda para o Ajax – agora, com cinco pontos à frente do PSV, já retomando a tranquilidade previsível na liderança.