No atual mercado de inverno europeu, nos deparamos com o início do fim de um longo casamento entre Lorenzo Insigne e o Napoli. O ponta esquerda de 30 anos anunciou que irá vestir a camisa do Toronto FC, do Canadá, a partir da próxima temporada, em uma transação sem custos. Contudo, não se trata exatamente de uma surpresa.
Há três temporadas, o Napoli iniciou uma via crucis pela renovação de Lorenzo. Entre muitos “fico” e outros “me vou”, o ponta oscilou dentro de campo. Desde 2018, considerada sua melhor temporada nos partenopei, Lorenzo Insigne alterna bons momentos com apagões durante os jogos. Contudo, na última temporada, voltou a alcançar destaque no Napoli, sendo coroado com o título da Eurocopa 2020 com a Squadra Azurra. Mal sabia o Napoli que foi exatamente esta temporada que aceleraria o adeus ao seu recente ídolo.
A equipe napolitana teve grande concorrência nos últimos anos pelo jogador, mas as cifras pedidas por Insigne nunca se igualaram ao oferecido pela agremiação. Isso foi cansando a relação de amor incondicional entre as partes.
Pelo talento incontestável do ponta esquerda, já era esperado o assédio de grandes clubes do cenário europeu e mundial. Manchester United, Barcelona, Bayern de Munique, entre outros, executaram a famosa “sondagem”. Mas, bem como a habilidade e o estilo de jogo incisivo do jogador que sempre destoavam de outros jogadores do Calcio, a opção por se transferir para a MLS, mais especificamente o Toronto FC, surpreendeu a todos. Em entrevista concedida a um site de seguimento esportivo, o presidente do Toronto FC, Bill Manning, afirmou que a contratação de Lorenzo Insigne se iniciou quase que por acaso. O mandatário revelou que pesquisou no site Transfermarkt acerca de jogadores da seleção italiana, campeã da Euro 2020, em fim de contrato. Observando que Insigne encabeçava a lista, se iniciou o interesse, pensando também no nível esportivo “mundial” e alta projeção comercial do atleta.
Contudo, o Mondo Sportivo os recorda de um tal atacante, antiga promessa italiana, que pisou em solo canadense, no mesmo clube, inclusive. Trata-se de Sebastian Giovinco, a “Formiga Atômica”, como é carinhosamente chamado. O atacante rumou a MLS e foi ídolo por lá, seja pelo seu enorme talento, seja pelo nível consideravelmente baixo do futebol comparado ao cenário europeu. E, por lá, se escondeu, jamais retornando ao futebol do Velho Continente. A busca por maiores salários teria prejudicado a carreira de Giovinco? Todos esses fatores, não podem acabar prejudicando Lorenzo? Os novos tempos, que mesclam o “antigo amadorismo” de uma contratação com interesse iniciado em um site de transferências, com o “novo profissionalismo” e a facilidade do alcance de notícias, informações sobre jogadores, contatos com empresários, nos deixam a mercê de contratações surpreendentes dia após dia.
Cabendo, assim, o questionamento final: Em um ano tão importante para a Nazionale com a Copa do Mundo (caso consiga a classificação na repescagem), seria a MLS o ambiente ideal para manter Lorenzo Insigne em um alto nível?
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— Toronto FC (@TorontoFC) January 8, 2022