Atalanta controla o jogo e vence o Napoli

No futebol, os títulos são conquistados quando um elenco forte mostra as suas peças e aparece rodada após rodada ou de eliminatória a eliminatória. O que se viu no estádio Diego Armando Maradona, deixou claro que a força de vontade dos jogadores do Napoli não será o suficiente para trazer ao seu povo apaixonado o tão sonhado título que não vem desde 1990.

Ter grandes jogadores como Koulibaly, Fabián Ruiz, Insigne, Mertens entre outros atletas que são peças importantes em suas seleções não é o suficiente se não tiverem reposições que possam minimamente exercer um pouco o que cada grande jogador oferece ao time.

Bate cabeça napolitano no primeiro tempo

Com muitos desfalques como as ausências de Fabián Ruiz, Insigne e Koulibaly, além de Spalletti que não estava no banco de reservas devido a expulsão no último jogo, vimos um Napoli bagunçado em campo a ponto de improvisar o Malcuit na lateral esquerda e Mário Rui como meia do time. Sem um armador de verdade os donos da casa foram pressas fáceis para o rápido time da Atalanta.

A cada lançamento no ataque era um terror para a defesa napolitana, Juan e Rrahmani batiam cabeça e o excelente atacante da Dea, Zapata se aproveitava dos espaços e aos 7 recebeu passe na área e encontrou Malinovskyi livre para chutar no ângulo de Ospina. Um gol fatal para um começo intenso dos visitantes.

O meio-campo Partenopei não funcionava obrigando Lozano e Mertens a voltarem muito para buscar a bola, perdendo velocidade nas chegadas ofensivas do time. Ospina apareceu bem em outros dois lances perigosos da Atalanta, confirmando a diferença técnica entre as equipes durante os 45 minutos iniciais. Apesar de estar bem desorganizado e sem uma proposta clara de jogo, os napolitanos chegaram ao ataque com grande perigo quando Lozano teve espaço para chegar com no ataque com sua velocidade.

E mesmo jogando muito mal os mandantes chegaram ao empate na base do contra-ataque. Com 40 minutos, Di Lorenzo fez um lindo lançamento para Lozano que no meio de três jogadores conseguiu tocar para Elmas que viu Malcuit livre na direita. O francês deu belo drible, invadiu a área e tocou para Zielinski que teve duas chances para poder enfim empatar o jogo.

Um gol alcançado na raça diante da sua torcida que não parou de cantar um minuto mudando totalmente o cenário do jogo. É importante em jogos difíceis ter o apoio do torcedor pois os jogadores seguem em busca da vitória.

O empate foi injusto para a Atalanta que teve muitas oportunidades ofensivas mas premia a força de vontade napolitana que mesmo sem os principais jogadores conseguiu com superar os obstáculos e igualar o marcador.

Segundo tempo: duas viradas e diferenças técnicas

A segunda etapa começou pegando fogo. Com uma outra postura dos donos da casa o jogo mudou completamente. Os passes começaram a fluir mais rapidamente e a virada veio instantâneamente. Logo com 47 minutos em uma bobeada da Dea, veio o contra-ataque Partenopei. Malcuit fez lindo passe para Mertens que partiu sozinho em velocidade e de frente com o goleiro tocou para o fundo das redes.

O gol mudou completamente o cenário do jogo onde quem ficou desesperado foram os visitantes enquanto os mandantes passaram a controlar mais o jogo, deixando a partida bem aberta para os dois times realizarem contra-ataques. A diferença dos times era grande, com muitas faltas do Napoli e com isso cartões amarelos surgiram aos poucos. Era difícil marcar Zapata e Malinovskyi e a dupla foi determinante na mudança do cenário do jogo.

Jogar sem Insigne, Ruiz e Koulibaly além de Osimhen faz uma grande diferente e principalmente, enfrentar uma equipe que atua juntos há muitas temporadas fica praticamente impossível conseguir algo positivo. Rapidamente a Atalanta tomou conta da partida e era questão de tempo para que a virada viesse.

Aos 66 minutos, os zagueiros Nerazzurri foram para a área e conseguiram o empate. Rafael Tolói fez bela enfiada de bola para Demiral finalizou forte para empatar o jogo. Um gol que premia quem foi melhor com uma pitada de sorte. Totalmente perdido após o empate, os napolitanos não conseguia passar do meio-campo, afinal era uma escalação praticamente nova atuando no 3-5-2, com muitos improvisos como por exemplo Mário Rui de meia esquerda e Di Lorenzo de terceiro zagueiro. Em um duelo entre grandes times, fazer mudanças radicais pode dar muito certo ou totalmente errado.

A virada veio pouco tempo depois com 71 minutos, com belo chute de Freuler na entrada da área, depois de uma troca de passes sensacional desde o campo de defesa. Uma vitória mais do que merecida para uma equipe que soube sofrer e reagiu imediatamente.

O que o Napoli precisa?

Era uma derrota esperada visto que o Napoli não tinha um time competitivo para jogar de igual para igual com a Dea. A derrota deixou os comandados de Spalletti em terceiro lugar, atrás dos rivais de Milão com uma pequena diferente de dois pontos.

São momentos assim, com lesionados e diante de adversários fortes em que uma equipe mostra se está ou não preparada para ser campeã. Há muito campeonato pela frente mas claramente o Napoli precisa de reforços para momentos difíceis. Mertens foi a grande novidade para Spalletti, pois voltou de lesão sendo o principal jogador do time e pode jogar tranquilamente com Insigne e Osimhen formando um ataque extremamente forte e letal.

Mas faltam opções defensivas e para o meio-campo, sobrecarregando totalmente Koulibaly, Di Lorenzo, Zielinski e Fabián Ruiz. Resta saber como o time vai reagir e como a diretoria vai preparar o elenco para a janela de inverno em que necessitam urgentemente de novas opções no elenco.

Agora a obrigação do Napoli é fazer um grande jogo na semana e vencer o Leicester City pela Liga Europa para garantir vaga e retomar a confiança do elenco e da torcida que cantou o tempo todo e aplaudiu o time no final da partida, reconhecendo o esforço dos jogadores. Já a Atalanta vai com moral para a “decisão” diante do Vilarreal pela Liga dos Campeões.

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