As expectativas para o ‘Der Klassiker’

No próximo sábado (4), Borussia Dortmund e Bayern de Munique farão o famoso ‘Der Klassiker’ (O Clássico) no Signal Iduna Park num duelo que valerá a liderança da Bundesliga. Tal confronto tomou uma proporção muito grande nos últimos anos por conta de se tratar das duas maiores torcidas do país e dos dois times terem disputado entre si a maioria dos títulos nacionais, e até mesmo uma final de Champions em 2013. Isso tudo ajudou a se tornar o maior clássico da Alemanha e um dos mais relevantes no futebol mundial.

No cenário atual, os bávaros lideram a liga com 31 pontos, apenas um à frente dos aurinegros. Apesar do Borussia ser o adversário que mais incomodou o Bayern nos últimos anos, o retrospecto recente do clássico é bastante desequilibrado em favor do lado vermelho. A última vitória do Dortmund sobre o rival aconteceu em agosto de 2019, pela Supercopa da Alemanha. Para se ter uma ideia, naquela época ainda não existia pandemia e o elenco dos aurinegros era formado por peças como Paco Alcácer, Weigl e Hakimi. Erling Haaland, por exemplo, nunca venceu o rival da Baviera.

Desde este ‘Der Klassiker’ citado acima, foram seis jogos entre as equipes e seis vitórias para o Bayern. E o número de gols marcados, principalmente pelo time de Munique, nos mostra como tem sido esses duelos ultimamente: com muitos gols. Nesse último recorte abordado, foram 18 gols marcados pelos bávaros e 7 pelo Dortmund, uma média de, aproximadamente, quatro gols por jogo.

COMO CHEGAM AS EQUIPES?

O mandante, Borussia Dortmund, perdeu três de seus últimos cinco jogos e ainda tenta digerir uma eliminação precoce na Champions League. As falhas defensivas e o grande número de lesionados são dois dos grandes motivos pela oscilação do time no último mês.

No entanto, quando se trata da Bundesliga, o time vem conseguindo seus resultados independente do nível da atuação. Por isso, ocupa a vice-liderança e tem dez vitórias em treze jogos.

Para o ‘Der Klassiker’, a equipe de Marco Rose tem boas notícias. Além da boa fase de Marco Reus, Donyell Malen vem, enfim, apresentando uma boa sequência e parece estar se adaptando ao time aurinegro; foram três gols nos últimos três jogos. Além disso, o retorno precoce de Haaland, que já marcou no último jogo, dispensa comentários e transforma o Dortmund numa equipe capaz de enfrentar qualquer time do mundo simplesmente pela constante ameaça do camisa 9. Com ele, o time é outro. Jude Bellingham também pode ser outro a voltar do departamento médico para o jogo pois voltou a treinar na última quinta (2), porém, sua presença não é confirmada.

O Bayern de Munique perdeu apenas um de seus últimos cinco jogos – para o Augsburg – e venceu os outros quatro. No entanto, suas vitórias têm sido mais modestas. Por se tratar do Bayern, estamos acostumados a ver o time ativar constantemente o rolo compressor e empilhar gols em seus adversários, mas o que vimos recentemente foram placares apertados, como contra o Dynamo Kiev (2-1) e o Arminia Bielefeld (1-0).

E é inevitável não relacionar a queda de rendimento citada acima com a ausência de Joshua Kimmich. O meio-campista não joga há quase um mês (desde a vitória sobre o Freiburg no dia 6 de novembro) por ter tido que realizar quarentena e logo depois contrair o vírus do COVID-19. Vale lembrar que o jogador ainda não se vacinou, mas, depois de tais acontecimentos, está cogitando a hipótese. A previsão é que ele retorne no meio da semana que vem, contra o Barcelona. Até lá, os bávaros continuarão lamentando sua ausência. Porque, por mais que Kimmich seja um primeiro volante, é vital para a engrenagem do time. É o equilíbrio, é quem dita o ritmo e direciona os ataques. E, além de sua extrema qualidade, já conhece muito bem os movimentos coordenados da equipe e como acionar cada peça. Sua ausência, talvez, seja tão sentida quanto a de Lewandowski

Pelo lado positivo, o Bayern pode contar com a ótima fase de Sané, que vive seu melhor momento com a camisa bávara, e, com o sempre mortal Lewandowski, que acabou de ser eleito o ‘segundo melhor jogador do mundo’ e ‘atacante do ano’ pela France Football. O polonês também coleciona extraordinários números quando o adversário se trata do Borussia Dortmund, pois é o maior artilheiro do clássico e marcou em quatro dos últimos seis duelos. Talvez seja a ‘lei do ex’ mais ativa do futebol mundial.

PÚBLICO LIMITADO

Um dos pontos negativos do ‘Der Klassiker’ deste fim de semana é que o Signal Iduna Park terá sua capacidade total limitada. Serão permitidos, no máximo, 15 mil torcedores no sábado (4) por conta da nova onda de COVID-19 na Alemanha e das novas restrições do governo.

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