Desfalcada, Suíça visita Itália sonhando com liderança do grupo C das Eliminatórias

Com o objetivo de jogar um balde de água fria no bom momento da seleção da Itália, a Suíça vai nesta sexta-feira (12) até o Estádio Olímpico, em Roma, encarar a Azzurra em um confronto direto pela liderança do grupo C das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.

Em seis partidas disputadas, Suíça e Itália conquistaram 14 pontos e dividem a liderança da competição, mas a seleção tetracampeã mundial possui uma pequena vantagem graças ao saldo de gols, que são de 11 contra nove. Depois do duelo na capital italiana, ambos os países terão somente mais uma rodada pela frente.

A batalha no Olímpico de Roma será de extrema importância para as duas seleções, pois um resultado positivo poderá aproximar ainda mais a equipe vencedora da classificação direta para a próxima edição da Copa do Mundo, sem a necessidade de disputar os playoffs.

Após não ter conseguido ir para o Mundial de 2018, na Rússia, a Itália quer bater a Suíça para esquecer esse vexame e jogar contra a Irlanda do Norte, na rodada final, praticamente garantida no torneio. A equipe comandada pelo técnico Murat Yakin, por outro lado, quer evitar a arriscada repescagem e disputar pela quinta vez consecutiva uma Copa.

A Suíça já marcou presença 11 vezes em Copas do Mundo e precisou passar pelos playoffs para conseguir jogar as edições de 1962, 2006 e 2018. Para 2022, os rossocrociati sonham em evitar o mata-mata e ter uma classificação mais tranquila. No último confronto das Eliminatórias, os suíços vão encarar a Bulgária.

O futebol é um esporte sempre projetado para o futuro. Claro que existem fantasmas do passado, mas os jogadores de hoje vivem para o futuro do futebol italiano, tanto que a Itália se tornou campeã europeia. Este jogo está nas nossas mãos, mas sabemos que eles já esqueceram os acontecimentos de 4 anos atrás”, comentou Yakin em uma entrevista coletiva.

Itália leva vantagem nos números e Suíça terá que quebrar longo tabu 

A Azzurra possui uma larga vantagem no histórico de partidas contra a Suíça. No geral, os dois países já se enfrentaram 60 vezes e os italianos conquistaram 29 vitórias, além de 23 empates e somente oito derrotas. Para piorar a situação do país-sede da Copa de 1954, o Olímpico de Roma é praticamente uma “fortaleza” para os comandados de Roberto Mancini.

A tetracampeã mundial venceu todos os cinco confrontos mais recentes no histórico estádio da capital italiana, não tendo levado nenhum gol em quatro deles. Além disso, a última vez que a Itália foi derrotada no Olímpico foi em agosto de 2012, quando perdeu um amistoso contra a Argentina por 2 a 1.

A Suíça, por sua vez, não consegue vencer a Itália no Olímpico desde o dia 27 de outubro de 1982, quando derrotou a poderosa rival em um jogo amistoso que celebrou o tricampeonato mundial da Azzurra, que era treinada na época por Enzo Bearzot (1927-2010).

Em ordem cronológica, os suíços foram superados pela Itália por 3 a 0 na última rodada da fase de grupos da Eurocopa, torneio que foi vencido mais tarde pela Azzurra. A equipe de Mancini se encontrou novamente com a Suíça poucos meses depois, mas as duas nações empataram sem gols na Basileia, pelo primeiro turno das Eliminatórias.

Vai ser o jogo do ano. A Itália é a grande favorita, mas existe a possibilidade de ganharmos, não viemos até aqui para nos fecharmos na defesa, queremos incomodar. Se ultrapassarmos nossos limites poderemos vencer”, disse o capitão da seleção da Suíça, Xherdan Shaqiri, em uma coletiva.

Suíça precisará lidar com muitos desfalques:

Se a Itália não contará com Giorgio Chiellini, Lorenzo Pellegrini, Ciro Immobile e Nicolò Zaniolo, os suíços precisarão entrar em campo sem quase 10 jogadores, entre eles Granit Xhaka, Haris Seferovic e Breel Embolo.

Esse trio mencionado acima se juntou a Steven Zuber, Nico Elvedi, Christian Fassnacht e Gregor Kobel. Yakin, que foi contratado recentemente para ser técnico da seleção suíça, também poderá não contar com o experiente Mario Gavranovic. O atacante teve um problema no pé direito e vem sentindo muitas dores, mas os exames descartaram qualquer ferimento ou fratura.

Como medida de urgência, Yakin convocou o centroavante Cedric Itten, do Greuther Fürth, mas o jovem jogador deverá ser uma opção para Noah Okafor, uma das maiores promessas do futebol do país e do Red Bull Salzburg.

Outros jogadores, como o goleiro Philipp Köhn, o zagueiro Bryan Okoh e o meio-campista Kastriot Imeri também foram chamados para defender a seleção em virtude da situação de emergência que enfrenta a Suíça.

Isto é o futebol, temos que aceitar. Os companheiros que estarão ausentes nos ajudaram com excelentes atuações, mas as lesões também dão a outros jogadores a possibilidade de assumir um novo papel. No entanto, os italianos enfrentam o mesmo problema. Devemos dar o nosso melhor e ajudar aqueles que chegaram recentemente à seleção”, acrescentou Shaqiri sobre o tema.

Os jogadores da seleção da Suíça:

Apesar das várias ausências, a Suíça continua sendo uma equipe muito perigosa e recheada de bons jogadores, tanto que o país ainda não perdeu nas Eliminatórias. A boa campanha dos suíços começa pelo seu goleiro, que é o talentoso e seguro Yann Sommer, do Borussia M’Gladbach.

No 4-2-3-1 que Yakin costuma usar na seleção, o quarteto defensivo é comandado por Manuel Akanji, do Borussia Dortmund, um atleta que é acostumado a jogar Bundesliga e Champions League. Ele deverá ser acompanhado por Silvan Widmer e Ricardo Rodríguez, dois velhos conhecidos do futebol italiano, e pela eterna promessa Fabian Schär, que substituirá o lesionado Elvedi.

No setor de meio de campo, uma das principais referências da Suíça será Remo Freuler, da Atalanta, que oferece muita personalidade e experiência para a equipe comandada por Yakin. Outro atleta importante, talvez o grande líder e mais talentoso jogador da seleção, é Shaqiri, que deverá começar o confronto como titular absoluto.

A dupla provavelmente será acompanhada por Djibril Sow, Renato Steffen e Ruben Vargas, que não vem causando muito impacto no Augsburg, mas deverá ser o escolhido para substituir o titular Zuber.

No ataque, o principal responsável de tentar furar o muro da Itália ao longo dos 90 minutos deverá ser o promissor Okafor, que foi chamado para assumir a vaga deixada por Embolo. O jogador do Salzburg brigaria por posição com Gavranovic, mas ele também foi afetado por uma lesão e deve ser carta fora do baralho.

Classificação fornecida por SofaScore LiveScore