Twente 1×0 Heracles Almelo (sexta-feira, 5 de novembro)
Hilgers (5′)
Nomes do jogo: Mees Hilgers (Twente) e Lars Unnerstall (Twente)
O gol precoce do zagueiro Mees Hilgers – num rebote, Hilgers fez o primeiro de sua carreira pelo Twente no Campeonato Holandês – estimulou os donos da casa. E os Tukkers dominaram o resto do jogo, tendo criado chances para uma vitória por placar até maior em Enschede, no “clássico do Twenthe” (nada em relação ao clube, tudo em relação ao nome da região das cidades dos dois times, Enschede e Almelo). Porém, no fim do 1º tempo, houve uma chance para o Heracles empatar, pouco depois de uma mudança tática para tornar o time mais ofensivo. Rai Vloet teve a bola, livre, perto da meta, e chutou. Aí apareceu Lars Unnerstall: um dos destaques do Twente na temporada até agora, o goleiro alemão estava a postos e fez uma única defesa. Fundamental para evitar que os Heraclieden se engraçassem. E que o gol de Hilgers bastasse para o triunfo.
NEC 1×1 Heerenveen (sábado, 6 de novembro)
Akman (53′) – Joey Veerman (72′)
Nome do jogo: Xavier Mous (Heerenveen)
Durante boa parte do jogo, o NEC teve mais chances de conseguir a segunda vitória seguida, num estádio ainda vazio pelos problemas estruturais (é bem provável que o time passe a mandar os jogos em Haia, enquanto De Goffert, o estádio, é consertado). Porém, parava no goleiro Xavier Mous. Até o começo do segundo tempo: um cruzamento foi mal recuado por Syb van Ottele, e Ali Akman fez 1 a 0. Aí, o time da casa continuou insistindo para ampliar o placar – e continuou parando em Mous. Bastou ser eficiente num lance, que o Heerenveen empatou: Joey Veerman também aproveitou falha de um defensor (mau recuo de bola de Bart van Rooij) para fazer 1 a 1. Num jogo equilibrado e agradável, o Heerenveen saiu com um ponto valioso – graças às defesas de Mous que mantiveram o Fean no jogo, durante a situação difícil. Jonathan Okita poderia ter saído como o nome do jogo – se não tivesse chutado a bola na trave, no último minuto…
Willem II 0x3 Sparta Rotterdam (sábado, 6 de novembro)
Vriends (17′, 28′), Emegha (79′)
Nome do jogo: Bart Vriends (Sparta Rotterdam)
O Sparta Rotterdam surpreendeu graças a um goleador inesperado. Num campeonato que, de vez em quando, sempre tem um caso de “zagueiro artilheiro”, o sábado foi dia de Bart Vriends. Aos 17′, ele desviou cruzamento para fazer 1 a 0, em falha dupla adversária (Dries Saddiki perdeu a bola, o goleiro Timon Wellenreuther saiu mal tentando cortar o cruzamento). Mais 11 minutos, e Vriends repetiu a dose: bola cruzada na área, desvio do defensor (de cabeça), 2 a 0 no Willem II. Que tentou ser mais eficiente na posse de bola, sem grande sucesso. Essa qualidade ficou com o Sparta. E foi mostrada no fim do jogo: aos 79′, Vito van Crooij, vindo da reserva havia dois minutos, cruzou para Emmanuel Emegha confirmar a surpreendente vitória do time de Roterdã. E Bart Vriends, o destaque do dia, confessou que marcar dois gols foi surpreendente até para ele. Inclusive, na entrevista pós-jogo à ESPN dos Países Baixos, fez brincadeira sobre a hipótese de ser chamado para a seleção, algum dia: “Será que Van Gaal viu o jogo de hoje?”.
Zwolle 1×2 Cambuur (sábado, 6 de novembro)
Huiberts (79′) – Hoedemakers (22′), Maulun (48′)
Nome do jogo: Mees Hoedemakers (Cambuur)
O Cambuur estava com dificuldades para entrar na área de um Zwolle esforçado, apesar da lanterna? Pois bem: que se decidisse a partida nos chutes de longe. Foi o que Mees Hoedemakers fez, em grande estilo: recebeu bola ajeitada de Issa Kallon para abrir o placar, num belíssimo chute de fora, daqueles que estufam a rede. E Robin Maulun deu sequência a isso tão logo o segundo tempo começou: cobrança de falta perfeita, de nada adiantou a barreira – o goleiro Kostas Lamprou pulou sem conseguir evitar que falta tão precisa rendesse o 2 a 0. Os Zwollenaren seguiram se esforçando, conseguiram um gol (Dean Huiberts, de cabeça), mas seguem na última posição, com somente uma vitória em 12 jogos. E o Cambuur se junta ao chamado “sub-topo” da tabela: Twente, NEC, Willem II. Nada mal para um time que chegou a tomar 9 do Ajax…
Groningen 1×1 RKC Waalwijk (domingo, 7 de novembro)
Strand Larsen (85′) – Kramer (14′)
Nome do jogo: Etiënne Vaessen (RKC Waalwijk)
Antes do jogo, a festa foi do Groningen: afinal de contas, enfim Arjen Robben tinha a despedida merecida para a carreira, saudado pela torcida que tanto admirou seu retorno ao clube para a temporada passada. Quando o apito inicial foi dado, aí o RKC Waalwijk surpreendeu um Groningen que já sofre nas últimas posições. Primeiro, porque Michiel Kramer mostrou o ar relativamente goleador que tem, aproveitando a menor falha da defesa dos Groningers (e um passe de Jens Odgaard, seu habitual escudeiro) para fazer 1 a 0. Depois, porque o goleiro Etiënne Vaessen apareceu com destaque, principalmente no segundo tempo: Vaessen evitou muitas e muitas chances do time da casa. Só foi vencido num carrinho de Jorgen Strand Larsen, na reta final, deslizando para fazer 1 a 1. Ainda assim, a impressão que o RKC deixou foi melhor.
Fortuna Sittard 1×4 PSV (domingo, 7 de novembro)
André Ramalho (contra, 76′) – Doan (37′), Bruma (54′, 85′), Sangaré (72′)
Nome do jogo: Ritsu Doan (PSV)
Desde o começo do jogo em Sittard, o PSV já dominava, já tinha mais espaço para ataques. Mas de nada adiantava sem gols. Pior: a fragilidade física do grupo dos Boeren ganhava mais uma vítima – já com muitos lesionados (Cody Gakpo, Yorbe Vertessen, Noni Madueke…), o lateral direito Jordan Teze durou só 16 minutos em campo antes de sucumbir a uma lesão no músculo posterior da coxa. Ritsu Doan o substituiu. E coube ao atacante japonês, enfim, achar o caminho do gol, em participação decisiva no contragolpe do 1 a 0: ele começou a jogada, correu até a área, ele mesmo a concluiu. A partir disso, os visitantes de Eindhoven deslancharam: no segundo tempo, guiados por um Ibrahim Sangaré veloz no meio-campo, chegaram à goleada. Vitória importante para amenizar um pouco a pressão que já sombreava De Herdgang, o centro de treinamentos do PSV – e, obviamente, para recolocar o time de vez na disputa: a pontuação é a mesma do Ajax, que só lidera no saldo de gols. A vida continua para o PSV.
Vitesse 2×1 Utrecht (domingo, 7 de novembro)
Baden Frederiksen (7′), Bazoer (45′ + 2) – Zagre (77′)
Nome do jogo: Riechedly Bazoer (Vitesse)
No primeiro tempo, o Vitesse exibiu duas características fundamentais para se vencer qualquer jogo de futebol: intensidade e atenção. A primeira se viu no gol que abriu o placar: logo aos 7′, o time pressionou, o zagueiro Willem Janssen (Utrecht) se atrapalhou, e Nikolai Baden Frederiksen aproveitou para abrir o placar. A segunda, no gol de Bazoer: o zagueiro-meia notou que o goleiro Maarten Paes estava adiantado, arriscou o chute de antes do meio-campo e… 2 a 0, no gol mais bonito da rodada. No segundo tempo, o Vites falhou. Talvez pela interrupção (mais uma…) causada por sinalizadores atirados ao gramado, o time perdeu a atenção. O que ficou provado no gol de Zagre, com falha do goleiro Markus Schubert, que deixou a bola escapar das mãos. Pelo menos, o lado bom já encaminhara a vitória no jogo direto: o Vitesse colou no Utrecht, na tabela.
Feyenoord 1×0 AZ (domingo, 7 de novembro)
Dessers (90′ + 2)
Nome do jogo: Cyriel Dessers (Feyenoord)
Foi com Luis Sinisterra, com Bryan Linssen, com Jens Toornstra: no primeiro tempo, o Feyenoord criou chances e mais chances para não só abrir o placar diante do AZ, mas até para conseguir uma vantagem que encaminhasse a vitória. Não conseguiu. Mais do que isso: os visitantes de Alkmaar se recompuseram na etapa final, trouxeram mais perigo ao ataque, e fizeram o goleiro Justin Bijlow evitar pelo menos duas chances de gol. Precisando tornar o ataque mais dinâmico, o técnico Arne Slot colocou três jogadores no setor – um deles, Cyriel Dessers. Inicialmente, parecia que Dessers seria vilão: no último minuto do tempo regulamentar, o atacante nigeriano perdeu chance na pequena área, ao falhar no domínio. Nada como as mudanças do futebol: já nos acréscimos, um chute rasteiro de média distância, bola no canto, e pela segunda vez seguida, Dessers dava a vitória ao Feyenoord com um gol nos estertores do jogo. Melhor ainda: pelos resultados da rodada, o clube de Roterdã entrou de vez na disputa pela liderança. Com um jogo a menos. Graças a Dessers, cada vez mais o “Supersub” para a torcida.
Ajax 0x0 Go Ahead Eagles (domingo, 7 de novembro)
Nome do jogo: Joris Kramer (Go Ahead Eagles)
Com o volante Luuk Brouwers (eleito o melhor jogador da Eredivisie em outubro) jogando recuado na zaga, o Go Ahead Eagles deixou claro desde que a bola rolou na Johan Cruyff Arena: iria ser mais um clube a jogar fechado, para tentar conter o badalado Ajax. Conseguiu. Primeiro, porque o Ajax viveu mais um dia de marcha lenta num jogo da liga neerlandesa: somente chutes esparsos a gol, e tentativas demoradas de tocar a bola para tentar entrar na defesa dos visitantes de Deventer. Quase conseguiu num cabeceio de Dusan Tadic, na trave, já na reta final. Mas fracassou. Porque, em segundo lugar o Go Ahead Eagles foi extremamente competente em sua estratégia: sempre com os cinco da defesa jogando muito próximos, sempre com os três do meio-campo tendo velocidade para voltar à marcação e acelerar os contra-ataques. E ninguém simbolizou isso tão bem quanto Joris Kramer: o zagueiro coordenou a defesa, organizou os movimentos, tirou a bola de cima da linha em duas jogadas. De quebra, também na parte final do jogo, Iñigo Córdoba chutou em diagonal, e a bola passou rente à trave de Remko Pasveer. A chance que aumentou o gosto de vitória com que o empate foi recebido pelos visitantes.