Existem adversários que são pedras no sapato. Aquele rival que sempre traz boas dores de cabeça para o torcedor. É este o sentimento do torcedor Partenopei quando sua equipe enfrenta o Verona. Se na temporada passada o empate tirou o Napoli da Liga dos Campeões, hoje tirou os 100% de aproveitamento do time atuando no estádio Diego Armando Maradona onde a equipes não havia perdido um ponto sequer.
⏱ 95’ | Full Time#NapoliVerona 1-1
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— Official SSC Napoli (@sscnapoli) November 7, 2021
Primeiro tempo de igual para igual
Pela primeira vez na temporada, vimos um adversário jogar no estádio Diego Armando Maradona fazendo pressão e não esperando o Napoli e partindo para o contra-ataque. O Verona atacou os donos da casa desde o começo, fazendo com que o jogo ficasse incrível para os telespectadores. Giovanni Simeone era a principal arma dos visitantes, sendo o mais procurado pelos companheiros de equipe.
O primeiro tempo foi bem equilibrado, com ambos os times disputando a bola com intensidade. Ao todo, tivemos 14 finalizações para ambos os times mostrando a igualdade que as equipes apresentaram nos 45 minutos iniciais.
A ausência da pressão por parte dos jogadores napolitanos incomodava e o Verona começou a se aproveitar e Ospina começou a aparecer na partida, fazendo uma grande defesa na finalização de Barák Pouco tempo depois, veio o primeiro gol da partida. Aos 13 minutos, linda jogada na esquerda de Barák, que passou facilmente por Mario Rui, invadiu a área e tocou para o oportunista Simeone abrir o placar.
O gol acordou o Napoli que jogando diante da sua torcida começou enfim a se impor e logo na sequência em bela jogada pela direita, Osimhen tocou para Insigne dentro da área mas o capitão finalizou longe do gol.
Não deu tempo nem dos Veronesi respirarem e com 18 minutos veio o empate. Em cobrança de falta de Insigne, a defesa jogou para trás, Fabián Ruiz dominou e tocou para Di Lorenzo, finalizar forte entre as pernas do goleiro Montipó. O empate trouxe o ânimo que faltava para os Azurri, que passaram a dominar a partida, principalmente com a evolução de Osimhen no jogo que conseguiu aparecer pouco a pouco. O nigeriano estava muito marcado e mesmo assim quase virou a partida ao finalizar na trave, depois de um lindo giro diante dos marcadores visitantes.
Segundo tempo cheio de cartões e sem futebol
A segunda etapa vimos um Napoli nervoso e muitas vezes dominado pela defesa Veronese. O jogo napolitano passava muito pelos pés de Insigne e a marcação adversária era toda em cima do camisa 24, já que Zielinski, Ruiz e Politano não conseguiam criar chances de gol. Com isso, Osimhen ficava sozinho no ataque por muitas vezes não receber a bola dos companheiros.
Se na primeira etapa vimos um Verona ofensivo, na reta final os contra-ataques passaram a ser a grande arma da equipe visitante que praticamente anulou qualquer ataque Partenopei em toda a partida.
O jogo ficou truncado e quase sem emoção, diferente do primeiro tempo em que as duas equipes buscaram o gol e deram emoção a partida. Luciano Spalletti fez tudo que poderia taticamente. Mexeu no time praticamente renovando todo o ataque em busca de mais velocidade e maior pressão.
Os jogadores ficavam nervosos a cada lance e disputa de bola. A partida deixou de ser técnica e ficou física e cartões choveram para ambos os times, sobrando até um vermelho aos 87 minutos para Bessa após falta infantil em cima do Elmas.
Com um a mais, Petagna entrou para ser o homem da bola área. O jogo ficou tão tenso que tivemos outra expulsão na partida com Kalinić após agredir Mario Rui. Mesmo com dois jogadores a menos o Verona conseguiu segurar o Napoli que empatou uma partida em que claramente não jogou bem, deixando oportunidade para o Milan assumir a liderança da Serie A.
É fato que Osimhen e Insigne estavam abaixo do esperado mas Zielinski e Fabián Ruiz poderiam ter aparecido mais no jogo e Politano arriscando mais. A bola na trave na primeira etapa fez falta porque durante todo o segundo tempo vimos um Napoli contido pelo adversário e sem oferecer perigo algum.
Os dois pontos perdidos farão muita falta lá na frente em um campeonato disputado ponto a ponto. Qualidade não falta para o Napoli mas hoje de fato a intensidade foi sentida principalmente pela diferença técnica entre as equipes. Faltou se arriscar mais. Spalletti mexeu na equipe mas infelizmente os que entraram em campo não conseguiram mudar a partida.
Agora é se preparar para o próximo duelo que será dificílimo para os napolitanos. No dia 21/11, viaja para Milão para enfrentar a Inter em partida que pode mudar completamente o cenário atual de equilíbrio entre Napoli e Milan na disputa pelo topo da tabela.