Feyenoord 2×2 RKC Waalwijk (sábado, 16 de outubro)
Toornstra (34′), Til (47′) – Odgaard (37′), Anita (45′ + 1)
Nome do jogo: Jens Odgaard (RKC Waalwijk)
O Feyenoord pressionou a fechada defesa do RKC Waalwijk durante boa parte do primeiro tempo. Quando Jens Toornstra abriu o placar, parecia também abrir o caminho de uma vitória fácil. Ainda mais porque, na tentativa de ataque seguinte dos visitantes, o atacante Michiel Kramer literalmente tropeçou na bola. Mas Saïd Bakari aproveitou a sobra. Tocou para Jens Odgaard. E o atacante dinamarquês é que reabriu perspectivas para os auriazuis, empatando o jogo logo depois. Houve mais: em outra perda de bola dos Feyenoorders no meio-campo, o RKC acelerou o contragolpe, e Vurnon Anita virou o placar, no primeiro gol de cabeça que marcou em sua vida. Para a sorte do Stadionclub, logo que o segundo tempo se iniciou, Guus Til foi ao resgate, e empatou. Dali por diante, o time da casa pressionou em busca de uma virada. Teve chances – a mais incrível delas, num gol que Cyriel Dessers perdeu aos 86′. Mas o Feyenoord se frustrou com um tropeço inesperado em casa. Inesperado – e indicado a partir daquele gol de Odgaard.
Heerenveen 0x2 Ajax (sábado, 16 de outubro)
Haller (24′), David Neres (75′)
Nome do jogo: Daley Blind (Ajax)
Desde o começo da partida, diante de uma defesa aberta, o Ajax estava dominando o jogo. Estava mais perto do gol. Só faltava um lance de brilho, aquele que abre os caminhos para o gol. Ele veio aos 24′. Partiu de Daley Blind. Alguns o acham lento demais, mas o fato é que o lateral esquerdo (e zagueiro esporádico), verdadeiro estandarte Ajacied, mantém uma consciência tática e uma capacidade de lançamentos longos invejáveis, que o tornam titular absoluto do Ajax e da seleção masculina holandesa. Mostrou isso no passe milimétrico que deixou Dusan Tadic livre para cruzar – e Sébastien Haller, por sua vez, estava livre para fazer 1 a 0, celebrando mais uma coisa nesta semana além do nascimento de seu filho. No segundo tempo, bem que o Heerenveen buscou o empate – Sven van Beek até acertou bola na trave. E o goleiro Remko Pasveer também se fez notável, com pelo menos duas defesas importantes. Mas o Ajax nunca chegou a perder o controle do jogo. E o segundo gol, de David Neres, confirmou que o time de Amsterdã seguiria na liderança da Eredivisie por mais uma semana. Vitória tranquila – que poderia ter demorado mais, não fosse aquele brilhante lançamento de Blind.
Go Ahead Eagles 4×2 Heracles Almelo (sábado, 16 de outubro)
Brouwers (29′, 62′), Knoester (contra, 59′), Deijl (90′ + 9) – Vloet (43′), Rente (64′)
Nome do jogo: Luuk Brouwers (Go Ahead Eagles)
Por boa parte dos 90 minutos, os dois times que jogavam em Deventer buscavam a vitória de jeitos diferentes. O Go Ahead Eagles apostava em sua eficiência nas bolas paradas – foi assim que Luuk Brouwers abriu o placar (num escanteio), foi em outra bola parada que se iniciou a jogada concluída no gol contra do zagueiro Mats Knoester. Já o Heracles se valeu de duas falhas do goleiro das Águias, Warner Hahn: ele repôs errado a bola no gol com que Rai Vloet empatou o jogo, no primeiro tempo, e soltou a bola quando Marco Rente fez o segundo gol dos visitantes de Almelo. Mas aí, o Go Ahead Eagles já tinha três gols de vantagem – graças a Brouwers, principalmente. Teria muito o que agradecer a essa vantagem: até o fim do jogo, o Kowet ficou com nove jogadores em campo (Giannis Botos foi expulso ao cometer um carrinho por trás de Noah Fadiga, e Isac Lidberg levou o cartão vermelho após seis minutos em campo, por uma cotovelada flagrada pelo VAR). A defesa segurou o Heracles. Veio a compensação: na eficiência de um contragolpe, Mats Deijl fez o gol de uma vitória importantíssima para a equipe aurirrubra.
PSV 3×1 Zwolle (sábado, 16 de outubro)
André Ramalho (84′), Gakpo (86′), Boscagli (89′) – Redan (3′)
Nome do jogo: Kostas Lamprou (Zwolle)
Contavam-se três minutos de jogo em Eindhoven. E uma jogada rápida rendeu ao Zwolle – último colocado, que obviamente jogaria se defendendo – a inesperada vantagem no placar: o goleiro Kostas Lamprou cobrou tiro de meta, um desvio de cabeça, e Daishawn Redan ficou livre para fazer 1 a 0. A partir de então, o rumo da partida estava claro: o PSV tentaria buscar o empate incessantemente, ao passo que os Zwollenaren, visitantes, se defenderiam com todas as forças. Vieram chances em penca: Eran Zahavi na área, Cody Gakpo de fora da área, Noni Madueke, Bruma… mas ou elas passaram pela área, ou foram bloqueadas por zagueiros do Zwolle (eram cinco, com destaque para Yuta Nakayama), ou Lamprou as espalmou (e o goleiro grego fez muito isso). A resistência durava, a zebra da rodada ganhava ares de realização… até que, num escanteio, aos 84′, o brasileiro André Ramalho enfim empatou. De tanto resistir, o Zwolle estava cansado. E foi presa fácil para a virada, nos pés de Gakpo, dois minutos depois. Para doer mais no lanterna – só um ponto após dez jogos -, Olivier Boscagli ainda fez o terceiro gol de um PSV aliviado, em bela cobrança de falta, aos 89′. Lamprou fez o que pôde, mas os Boeren se mantêm a um ponto do líder Ajax.
Fortuna Sittard 1×0 Cambuur (sábado, 16 de outubro)
Cox (86′)
Nome do jogo: George Cox (Fortuna Sittard)
O jogo em Sittard teve poucas emoções. Mas se houve um time que tentou o gol com um pouco mais de frequência, foi o Fortuna Sittard, que fez o goleiro Sonny Stevens trabalhar mais. Ainda assim, faltava acertar a mira. Só um destaque do time auriverde – desde a temporada passada, aliás – conseguiu fazer o gol tardio: o lateral esquerdo George Cox, que acertou um cabeceio a quatro minutos do fim do jogo, no canto, para o 1 a 0. O Cambuur quase teve o seu alívio: pouco depois, Mitchel Paulissen (que viera do banco) chegou a marcar, só que o VAR frustrou os visitantes, por um impedimento milimétrico. Cox foi mais preciso.
AZ 5×1 Utrecht (domingo, 17 de outubro)
Pavlidis (7′), Karlsson (12′), De Wit (40′, 56′), Gudmundsson (86′) – Timber (90′)
Nomes do jogo: Jesper Karlsson (AZ) e Maarten Paes (Utrecht)
Por um lado, Karlsson foi o símbolo de um AZ fulgurante na partida: com um gol e passes para outros dois, o atacante sueco simbolizou uma atuação impiedosa dos Alkmaarders, que aproveitou cada falha da defesa dos Utregs (e foram muitas) para construir a goleada, na terceira vitória seguida do AZ no campeonato. Aliás, o gol de Karlsson surgiu num chute de longe, que causou um “frango” do goleiro Maarten Paes. Ele, que tinha sido o símbolo da excelente vitória do Utrecht sobre o Ajax, em plena Amsterdã, há duas semanas, acabou sendo mais uma vítima do grande dia que os donos da casa viveram em Alkmaar. Pelo menos, Paes saiu de campo tranquilo, mesmo após a falha: “Estou de cabeça erguida”. Destaque num dia, falha no outro: faz parte da vida de goleiro.
Sparta Rotterdam 1×1 Groningen (domingo, 17 de outubro)
Smeets (33′) – Ngonge (29′)
Nome do jogo: Bryan Smeets (Sparta Rotterdam)
Durante o primeiro tempo, o equilíbrio foi maior. Até mesmo nos gols marcados: jogadas praticamente idênticas. De um lado, Cyril Ngonge completou cruzamento curto com chute rasteiro, para abrir o placar; do outro, o Sparta Rotterdam teve o empate rápido em outro arremate baixo, de Bryan Smeets. De quebra, as chances de mais gols se avolumaram – que o diga a ótima defesa de Maduka Okoye, logo no começo do segundo tempo, evitando a virada dos Groningers. Todavia, com o tempo, o ritmo se amainou em campo.
NEC 0x1 Vitesse (domingo, 17 de outubro)
Baden Frederiksen (17′)
Nome do jogo: Markus Schubert (Vitesse)
Na etapa inicial, foi a pressão do Vitesse, bem maior em busca do gol no “Dérbi da Géldria” (Géldria é a província dos Países Baixos onde ficam as cidades de Nijmegen e Arnhem). E ela teve resultado até rápido, com o gol de Nikolai Baden Frederiksen – que esteve cercado de polêmica: Oussama Darfalou dominou a bola com o braço antes de cruzar para Frederiksen marcar, a pelota parecia ter passado da linha de fundo antes do cruzamento, mas o VAR julgou que nenhum desses momentos foi suficiente para invalidar o gol. Aí, principalmente no segundo tempo, o NEC foi em busca do empate. Parou em Markus Schubert: o goleiro alemão fez ótimas defesas e segurou os ataques. Também parou na própria incompetência: Jonathan Okita chegou a driblar Schubert e ficar livre para o empate, mas escorregou na hora da finalização. E o Vitesse saiu do clássico com a vitória. Só se assustou durante o jogo, com os copos plásticos que os torcedores do NEC atiravam ao campo a cada escanteio ou falta próxima dos lados. E depois: partida acabada, uma grade do setor visitante das arquibancadas caiu, enquanto os torcedores do Vites festejavam com os jogadores. Tanto num momento quanto no outro, felizmente, não passaram de sustos, sem nenhum ferido.
Twente 1×1 Willem II (domingo, 17 de outubro)
Limnios (6′) – Nunnely (23′)
Nome do jogo: Jochem Kamphuis, o árbitro
Até que a partida começou bem em Enschede: ofensiva, com um empate rápido… mas o bom início se interrompeu. Pelo mau trabalho do juiz Jochem Kamphuis: marcando muitas faltas, Kamphuis truncou um pouco o jogo. Aplicou o primeiro cartão vermelho do jogo num lance mais normal: o meio-campista Ramiz Zerrouki (Twente) protestou contra uma marcação jogando forte a bola contra o gramado, e levou o segundo cartão amarelo. E os dois times acabaram deixando de lado as jogadas, indo mais para a contenção delas. Resultado: um jogo sem muitos atrativos após o primeiro tempo. E com mais uma expulsão na reta final: Derrick Köhn (Willem II)