Eredivisie, os nomes do jogo na 8ª rodada

Groningen 1×1 Twente (sexta-feira, 1º de outubro)

Ngonge (8′) – Ugalde (74′)

Nome do jogo: Manfred Ugalde (Twente)

Durante boa parte do jogo, o Groningen foi imponente em sua casa. Abriu o placar graças a um belo chute de Cyril Ngonge, encurralou o Twente na defesa, chegou a fazer dois gols anulados após conselho do VAR (o primeiro, ainda na etapa inicial, por falta de Michael de Leeuw no zagueiro Robin Pröpper; o segundo, já no segundo tempo, por Ngonge ter dominado a bola com a mão). Vindo de quatro vitórias seguidas, o Twente precisava de mudanças se quisesse ser mais perigoso. Elas vieram. Uma delas, aliás, com o costarriquenho Manfred Ugalde. Com cinco minutos em campo, após substituir Dimitris Limnios, Ugalde aproveitou desatenção entre o goleiro Peter Leeuwenburgh e o zagueiro Wessel Dammers para empatar. Era a prova da melhora dos Tukkers, que seguiram com a sequência invicta – e quase viraram no fim.

RKC Waalwijk 1×1 Go Ahead Eagles (sábado, 2 de outubro)

Büttner (60′) – Córdoba (15′)

Nome do jogo: Iñigo Córdoba (Go Ahead Eagles)

Aguentar a pressão adversária na defesa? O Go Ahead Eagles está acostumado a fazer isso desde a temporada passada, quando a invencibilidade dela (25 jogos sem sofrer gols) foi fundamental para o acesso. Além do mais, o time mostrou que tem eficiência e rapidez notáveis nos contra-ataques: por causa delas veio o primeiro gol, em jogada rápida que Iñigo Córdoba, cada vez mais titular, completou. Depois, os visitantes de Deventer se aguentaram bem, diante da posse de bola e da pressão do RKC. O empate acabou vindo só de pênalti (num chute, o zagueiro Joris Kramer desviou a bola com a mão). Mas não só o empate foi resultado razoável para as Águias, como elas só tiveram a vitória impedida pelo VAR, que aconselhou a anulação de um gol de Isac Lidberg, aos 90′.

Heracles Almelo 3×2 Willem II (sábado, 2 de outubro)

Vloet (40′), Burgzorg (52′), Azzaoui (90′ + 4) – Köhlert (66′), Svensson (77′)

Nome do jogo: Ismaïl Azzaoui (Heracles Almelo)

Se o Heracles Almelo precisava impor respeito contra um Willem II que chegava como favorito, vice-líder do campeonato que era, conseguiu plenamente. No primeiro tempo, o time da casa foi mais ofensivo, teve velocidade nas pontas, até demorou para fazer o primeiro gol (que, aliás, só veio de pênalti, com Rai Vloet). No segundo tempo, com Delano Burgzorg comprovando a ótima fase técnica que vive com mais um gol, parecia que os Heraclieden estavam no rumo da vitória. Só que Mats Köhlert diminuiu a vantagem dos anfitriões. Era do que os Tricolores precisavam: eles se animaram em campo, começaram a pressionar, e conseguiram um empate que lhes seria muito útil. Mas tal qual já acontecera contra o AZ, há algumas rodadas, o Heracles conseguiu a vitória no último lance do jogo: desta vez, Ismaïl Azzaoui, vindo do banco, foi o nome que trouxe o triunfo para o time de Almelo.

Zwolle 0x1 Heerenveen (sábado, 2 de outubro)

Van Polen (contra, 63′)

Nomes do jogo: Xavier Mous (Heerenveen) e Bram van Polen (Zwolle)

No primeiro tempo, embora o Heerenveen tivesse grande chance de abrir o placar (num cabeceio de Sven van Beek, aos 35′), o Zwolle foi mais esforçado em busca do gol: tentaram Daishawn Redan, Slobodan Tedic Gervane Kastaneer… mas nada de bola nas redes. No começo do segundo tempo, os anfitriões – lanternas da Eredivisie – seguiram tentando, mas o Fean também teve a sua chance (por exemplo, num cruzamento de Joey Veerman, que passou por dois colegas de time). Aí, os dois nomes do jogo apareceram. Um, pela infelicidade: Bram van Polen, o mais experiente nome do Zwolle, desviou cruzamento sem querer para as próprias redes, cometendo gol contra aos 63′. Outro, pela felicidade: com as defesas que fez, o goleiro Xavier Mous ajudou bastante o Heerenveen a sair de campo voltando a vencer, deixando o Zwolle na crise – só uma vitória em oito rodadas, afundado na última posição.

Fortuna Sittard 1×3 NEC (sábado, 2 de outubro)

Seuntjens (34′) – Okita (21′), Tavsan (26′), Bruijn (52′)

Nome do jogo: Jonathan Okita (NEC)

O Fortuna Sittard tinha uma equipe ofensiva. Mas ataque por ataque, o do NEC era tão capacitado quanto o dos mandantes de Sittard. E Jonathan Okita, destaque dos Nijmegenaren desde a temporada passada, mostrou isso. Na primeira chance, ele finalizou para o 1 a 0, aos 21′. Na segunda, aos 26′, Okita foi quem deu a bola, e Elayis Tavsan completou para o 2 a 0. Está certo que Mats Seuntjens, também o nome em quem a torcida do Fortuna mais confia, devolveu esperanças, diminuindo o placar de pênalti, ainda na etapa inicial. Mas se faltava alguma prova da importância de Okita neste NEC, acabou com o gol final, já no começo da etapa complementar: aos 52′, ele cruzou para Jordy Bruijn fazer 3 a 1. E o time de Nijmegen celebrou sua primeira vitória fora de casa contra o Fortuna desde 1998. Com Okita como símbolo dela: já são três gols e quatro passes para gol que ele fez pelo time nesta Eredivisie

Ajax 0x1 Utrecht (domingo, 3 de outubro)

Warmerdam (77′)

Nome do jogo: Maarten Paes (Utrecht)

Quando a partida começou, o que se viu na Johan Cruyff Arena foi o esperado: um Ajax tendo mais a bola, rondando mais o gol, criando mais chances – com Sébastien Haller e David Neres, por exemplo. Porém, não só o Utrecht conseguia fechar bem os espaços, evitando a troca veloz de passes que entontece defesas, como até avançava para contra-ataques, pelas boas atuações de Anastasios Douvikas e Moussa Sylla. No segundo tempo, cada vez mais a defesa dos Utregs se afirmou como obstáculo respeitável para o Ajax – tendo o goleiro Maarten Paes a simbolizar isso, na excepcional sequência de três defesas que fez, aos 56′ (Haller bateu, Paes rebateu, Haller chutou na sobra, Paes afastou de novo, Dusan Tadic tentou e Paes mandou para escanteio). O Ajax martelava, o Utrecht se aguentava. Bastou um contra-ataque rápido e encaixado, um chute em diagonal do lateral esquerdo Django Warmerdam, a defesa fechar os espaços concentradamente para a velocidade do Ajax, e estava confirmada a maior zebra da temporada até aqui. Após 15 anos, o Utrecht voltou a vencer em Amsterdã pela Eredivisie; após 303 dias, o Ajax voltou a perder pela liga neerlandesa; após um ano e sete meses, os Ajacieden saíram da Johan Cruyff Arena sem marcarem um gol sequer pelo Holandês.

Cambuur 1×3 AZ (domingo, 3 de outubro)

Uldrikis (72′) – De Wit (16′), Wijndal (33′), Clasie (60′)

Nome do jogo: Owen Wijndal (AZ)

O Cambuur se insinuava no ataque, de vez em quando. Mas bastou o AZ ser mais eficiente, ainda no princípio do jogo, para já encaminhar a vitória. E Owen Wijndal foi figura basilar nessa tranquilidade ganha pelos visitantes de Alkmaar. Aos 16′, ele cruzou com precisão, na cabeça de Dani de Wit, que fez 1 a 0; aos 33′, o próprio Wijndal finalizou a jogada, indo com a bola até a área e chutando cruzado para ampliar a vantagem. Na etapa final, bastou os mandantes de Leeuwarden quererem ousar mais em campo para tomarem o castigo: tabela rápida, conclusão suave de Jordy Clasie, 3 a 0 AZ. O gol de Roberts Uldrikis, vindo do banco para estrear na Eredivisie (e ser o primeiro jogador da Letônia a marcar um gol na história da liga), foi uma nota de pé de página, numa vitória que já indica leve reação do AZ após o mau começo.

Vitesse 2×1 Feyenoord (domingo, 3 de outubro)

Openda (7′, 46′) – Til (29′)

Nome do jogo: Loïs Openda (Vitesse)

O jogo em Arnhem começou. Com a derrota do Ajax, o Feyenoord poderia encurtar a vantagem do líder a um ponto. Marcos Senesi estava desatento demais para isso: aos 7′, o zagueiro argentino tentou um passe mas deixou a bola nos pés de Loïs Openda, que fez 1 a 0 (talvez, já por Senesi estar em más condições: uma lesão na virilha provocou sua substituição já aos 25′). Restou a Guus Til fazer o que já faz há algum tempo: ir ao resgate Feyenoorder – foi do meio-campista o empate, de cabeça, após boa jogada de Marcus Pedersen pela direita. Porém, tão logo o segundo tempo começou, Lutsharel Geertruida – substituto de Senesi na zaga – também cometeu um erro. Openda estava a postos: Vitesse 2 a 1. Bem que Jens Toornstra, poupado inicialmente, saiu do banco para tentar ajudar o Feyenoord. Bem que o Vitesse se viu em dificuldades, após perder dois jogadores expulsos na reta final. Mas o cansaço do jogo pela Conference League, na quinta passada, e os erros da defesa cobraram preço caro aos visitantes. Sorte do Vites.

PSV 2×1 Sparta Rotterdam (domingo, 3 de outubro)

Sangaré (82′), Ryan Thomas (86′) – Thy (90′)

Nomes do jogo: Maduka Okoye (Sparta Rotterdam) e Ibrahim Sangaré (PSV)

A pressão do PSV foi aumentando ao longo dos 90 minutos. No primeiro tempo, o time da casa tentou o ataque, mas parou num Sparta Rotterdam bem fechado na defesa – aliás, se um dos times quase fez gol em Eindhoven, foi o Sparta (Vito van Crooij balançou as redes aos 25′, mas levou a bola com a mão, e o gol foi anulado). No segundo tempo, o PSV começou a chegar mais à área. Parou por muito tempo em Maduka Okoye: o goleiro nigeriano fez uma, duas, três excelentes defesas. Quando a bola passou por Okoye, esbarrou na trave – assim Eran Zahavi quase fez o gol, aos 72′. Parecia que ninguém conseguiria superar o arqueiro do Sparta. Até Ibrahim Sangaré fazer o gol do alívio, aos 82′. E que belo gol: dois dribles e um chute, da entrada da área, no ângulo esquerdo de Okoye. O resto (incluindo o gol de Ryan Thomas, aos 86′) foi a tranquilidade do PSV, vice-líder, um ponto atrás do Ajax. Lennart Thy ainda deu um susto diminuindo para 2 a 1, no minuto final. Mas a vitória já estava na alça de mira dos Boeren.