O Sevilla está pronto para dar o próximo passo dentro de LaLiga?

Quarto colocado dentro de LaLiga nas últimas três temporadas sob o comando de Julen Lopetegui, o Sevilla montou um elenco capaz em 2021/2022 para dar o próximo passo e se intrometer entre os três grandes da Espanha.

Além disso, o amadurecimento do trabalho de Lopetegui parece ter chegado ao seu ponto de inflexão, ou seja, a partir de agora será possível notar qual o teto desta equipe, se o que foi apresentado até o momento é o máximo, ou como se teoriza, pode render ainda mais.

Matéria-prima não falta para que a subida de degrau aconteça. No sistema defensivo, dois dos zagueiros mais regulares de todo o futebol europeu nas últimas temporadas, o brasileiro Diego Carlos e o francês Jules Koundé. Nas laterais, o interminável e ainda em alto nível, Jesús Navas, além do bom Marcos Acuña.

Como opções do sistema defensivo, Augustinsson, lateral sueco que em tempos de Bundesliga já foi cogitado entre as principais equipes do país. Gonzalo Montiel, várias vezes campeão com o River Plate, também está disponível.

No meio-campo, Rakitic, Jordán e Fernando compõem o trio titular, mas Óliver Torres, Gudelj e Delaney são alternativas para Lopetegui mudar o cenário de determinados jogos da forma como quiser.

No ataque, os pontas Lucas Ocampo Suso juntos do bom centroavante En-Nesyri, continuam a ser um trio com características complementares, o que acaba potencializando a parte ofensiva do time. Porém, ainda há Papu Gómez, Erik Lamela, Rafa Mir, Idrissi e El-Haddadi.

E aí está o ponto principal desta discussão, a fartura em que se encontra Lopetegui. Reconhecidamente um técnico muito bom, o espanhol terá um leque de opções de fazer inveja até aos todo-poderosos do país, como por exemplo o Barcelona. Se oferecessem a qualquer torcedor Culé uma troca da linha de defesa entre as equipes, assinariam em baixo sem pensar duas vezes.

No topo, outro concorrente do Sevilla, como o Real Madrid, apesar de ter começado muito bem a nova Era Ancelotti, não se pode colocar como alheio as instabilidades intrínsecas que certamente vão acontecer em uma primeira temporada de trabalho de um novo treinador, o que dentro de um campeonato de regularidade pode contar como um ponto negativo em relação a um time em sequência de trabalho como são os Andaluzes.

Já o Atlético de Madrid, que talvez tenha o melhor elenco do Campeonato Espanhol atualmente, tem em sua forma de jogar um limite muito claro estabelecido. A equipe de Diego Simeone precisa sempre jogar com o máximo de suas capacidades para vencer. O final de LaLiga passada exemplifica bem isso.

Dentro deste contexto, os campeões da Europa League em 19/20, tem todas as armas para pelo menos furar o já decantado top 3 da tabela de classificação. Na temporada passada, é sempre bom recordar, com menos opções do que atualmente, Lopetegui fez o Sevilla brigar, mesmo que matematicamente (já que no futebol era menos provável uma reviravolta no fim) pelo título até as últimas rodadas.

O que resta de desafio aos sevilhistas, então, é a necessidade de contra alguns times de menor expressão não perder pontos, como foi contra o Elche já nesta temporada. Dentro de La Liga, na teoria, o Sevilla pode mudar a cara de qualquer jogo, seja contra equipes mais fechadas ou que marcam alto, porque tem jogadores para isso, com características diferentes e complementares. Resta agora colocar isso à prova.

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