Napoli faz gol relâmpago, mas perde de virada para o Spartak Moscou

Todos que acompanham futebol sabem que em uma partida entre um time forte e um mais fraco, oportunidades devem ser aproveitadas, pois caso não sejam, além do duelo ficar equilibrado, podem surgir surpresas.

É inegável que Napoli e Spartak Moscou vivem momentos distintos, com os Italianos vivendo o melhor começo de temporada em anos enquanto os russos, ocupam a nona colocação no campeonato nacional, há dez pontos de distância do líder Zenit.

30 minutos incríveis 

Luciano Spalletti escalou o Napoli com Petagna no lugar de Victor Osimhen, com o intuito de preservar o principal atacante do time no momento além de dar oportunidade ao outro que possui no elenco.

Como esperado o Napoli começou a partida em uma intensa pressão e logo com 12 segundos, em uma disputa de bola na área, Elmas pegou o rebote do goleiro a abriu o placar.

O que se viu nos 29 minutos seguintes ao primeiro gol da partida, foram enxurradas de gols perdidos por Andrea Petagna. O atacante napolitano não conseguiu aproveitar as duas chances claras que teve de ampliar o jogo e praticamente selar a vitória da sua equipe.

A falta de gols incomodava o time mas não chegava a desesperar o jogadores pois o Spartak não chegava ao gol de Ospina. Para se ter uma ideia, não tivemos uma finalização do gol no primeiro tempo por parte dos russos.

Era uma partida tecnicamente controlada, com posse de bola de 60% para os Azurri, sete finalizações, todas de dentro da área, além de 88% de passes certos. Mas como diz o ditado “Quem não faz, leva” a partida começou a complicar para o Napoli e Mario Rui tem praticamente toda a responsabilidade nisso.

Expulsão de Mário Rui e a destruição napolitana

Aos 30 minutos o lateral português fez uma falta dura e levou cartão amarelo. Mas o VAR interviu e o árbitro trocou para o vermelho, um lance totalmente desnecessário do jogador que prejudicou totalmente o andamento da partida que estava nas mãos do napolitanos. Muito triste para um jogador que vinha buscando a redenção depois de ter falhado no empate com o Hellas Verona, na última rodada da Serie A na temporada passada. Erro que fez com que o Napoli não fosse para a Liga dos Campeões.

Nesta temporada, vinha jogando bem mas momentos displicentes em jogos importantes fazem com que todo o progresso do atleta seja esquecido. E de fato Mário Rui precisa de muitos e muitos jogos para conquistar a confiança da torcida e erros assim só evidenciam que a lateral-esquerda da equipe é o calcanhar de Áquiles do time e em janeiro precisa vir uma peça de qualidade para que a equipe possa seguir evoluindo como tem sido até aqui.

A expulsão mudou completamente a partida deixando-a mais igualitária e aberta. Nos minutos finais o VAR apareceu novamente, desta vez anulando o pênalti a favor dos visitantes em que o árbitro havia marcado. O Napoli ainda teve uma bela oportunidade com o Zielinski que desperdiçou a última oportunidade clara de gol que o clube teve na primeira etapa.

Pressão russa e virada 

Com um a menos, Spalletti precisou mexer no time. Insigne deu lugar para Malcuit, fechando a linha defensiva; Petagna saiu para a entrada de Osimhen e Anguissa ocupou a vaga de Zielinski. A ideia era reorganizar o time deixando o nigeriano sozinho no ataque usando toda a sua velocidade para agredir o Spartak.

Mas o fato de ter apenas dez em campo e sem Insigne, principal armador da equipe além de capitão, permitiu que os visitantes chegassem ao empate com 55 minutos, com Promes, botando fogo na partida.

Se aproveitando da vantagem numérica e com posse de bola de 65% uma hora viria a virada e ela veio aos 80 minutos, com Ignatov, após belo passe do lateral brasileiro Ayrton. A virada obrigou o Napoli a se abrir ainda mais para empatar a partida, já que a derrota deixava a equipe com um ponto apenas.

Aos 82 minutos, veio a igualdade numérica com a expulsão de Caufriez, depois de levar o segundo amarelo pela entrada forte em Osimhen.

Vencendo a partida e com dez jogadores em campo a estratégia foi recuar o time e apostar nos contra-ataques. Sem Insigne, Zielinski e com Politano e Fabian Ruiz em péssima noite, era impossível que o Napoli pudesse criar algo que o possibilitasse ganhar o jogo. Com a defesa exposta veio o terceiro gol do Spartak Moscou, com Promes, anotando seu segundo na partida. Osimhen fez o seu aos 93 em falha do goleiro Maksimenko, após cruzamento de Di Lorenzo, encerrando um bom jogo e com muitas emoções.

O que aprender com a derrota 

Uma hora viria a derrota do Napoli e de fato ela veio por mérito do adversário que jogou bem aproveitando a vantagem numérica e a bagunça tática que o Partenopei apresentou em campo.

De fato Spalletti não contava com a expulsão de Mário Rui e precisou agir rapidamente, porém errou ao sacar o capitão de campo, deixando Politano em má noite seguir na partida. Petagna, não aproveitou a oportunidade que teve de jogar e os gols perdidos mostram que a confiança do atacante está em baixa.

Foi uma partida para que tanto Spalletti quanto os jogadores possam usar como aprendizado para reagirem de outra maneira quando chegarem momentos adversos seja por expulsão ou por sair atrás do placar.

Em janeiro o Napoli precisa de um atacante para revezar com Osimhen, um lateral-esquerdo e quem sabe um meia para dividir responsabilidade com Zielinski e Fabian Ruiz na armação de jogadas.

Agora é hora de virar a página e ir com tudo neste domingo, às 13h quando viaja para Florença onde encara a Fiorentina.

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