Eredivisie, os nomes do jogo na 6ª rodada

6ª rodada da Eredivisie

Fortuna Sittard 0x5 Ajax (terça-feira,  21 de setembro)

Berghuis (11′), Mazraoui (27′), Tadic (38′), Kudus (73′), Tagliafico (77′)

Nome do jogo: Steven Berghuis (Ajax)

A badalação por trocar o arquirrival Feyenoord pelo Ajax foi tão grande que até eclipsou o que Steven Berghuis poderia fazer dentro de um time tão bem entrosado como é o Ajax, atualmente. Pois bem: pelo menos nesta última semana, Berghuis mostra que começa a se encaixar. Jogando como meio-campista (no lugar do contundido Davy Klaassen), o camisa 23 Ajacied chegou bem ao ataque, fez gol contra o Sporting-POR (Liga dos Campeões), também deixou a bola nas redes nos 9 a 0 sobre o Cambuur… e mostrou as qualidades conhecidas em outra goleada do líder da Eredivisie. Foi rápido, partiu do meio criando as jogadas para chegar ao ataque e finalizar… e assim Berghuis abriu o caminho de mais uma fácil goleada do Ajax. Houve outros destaques no jogo, é verdade: Noussair Mazraoui, Dusan Tadic, até o recuperado Mohammed Kudus. Mas Berghuis foi o símbolo de um triunfo inquestionável do Ajax. E já começa a mostrar entrosamento com o time. Pelo visto, não é só na direita do trio de ataque, com Antony, que ele disputará posição. Klaassen que o diga.

RKC Waalwijk 1×2 Willem II (terça-feira, 21 de setembro)

Meulensteen (90′ + 4) – Wriedt (52′), Köhlert (60′)

Nome do jogo: Mats Köhlert (Willem II)

Após um primeiro tempo esquecível, o Willem II encaminhou sua vitória dentro dos 15 minutos iniciais da etapa complementar. E Mats Köhlert tomou o destaque nos dois gols dos Tricolores em Waalwijk. No primeiro, o ponta alemão passou: foi dele o cruzamento para Kwasi Wriedt, destaque do time de Tilburg, fazer 1 a 0. No segundo, o próprio Köhlert aproveitou rebote para fazer o segundo, consolidando o ótimo começo do Willem II no Campeonato Holandês – o melhor para o clube, desde a temporada 1999/2000. Bem que o RKC Waalwijk tentou reagir no fim, com o gol de Melle Meulensteen: era tarde para impedir mais um triunfo dos visitantes, cujo time vai provando que, de fato, não era tão frágil a ponto de sofrer com a ameaça de rebaixamento, como sofreu em 2020/21.

Go Ahead Eagles 1×2 PSV (quarta-feira, 22 de setembro)

Córdoba (55′) – Gakpo (14′), Van Ginkel (86′)

Nome do jogo: Cody Gakpo (PSV)

O PSV entrava em campo pressionado: precisava dar uma satisfação à torcida, após a dura goleada sofrida para o Feyenoord, encerrando a sequência perfeita nas quatro rodadas anteriores. E continuou pressionado na fase inicial do jogo, com um Go Ahead Eagles (até inesperadamente) ofensivo. Aí apareceu Cody Gakpo: jogando um pouco mais recuado, o capitão e atacante completou triangulação rápida para o 1 a 0. Mas nem a vantagem fez os Boeren se imporem em campo: o Go Ahead Eagles continuou buscando mais o gol, tendo mais velocidade, trazendo mais perigo – e afinal confirmando isso, com o belo gol de empate marcado por Iñigo Córdoba. Aliás, Córdoba poderia ter sido o nome do jogo: simbolizou a rapidez das Águias, acompanhada pela empolgação da torcida. Mas aí, apareceu Cody Gakpo, de novo: no fim do jogo, cobrou escanteio que Marco van Ginkel cabeceou para o 2 a 1. Alívio em Eindhoven. Mas um alívio recheado de alertas, em outra má atuação. Até porque Noni Madueke, um dos destaques, saiu machucado de campo.

NEC 0x3 Utrecht (quarta-feira, 22 de setembro)

Ramselaar (8′, 79′), Douvikas (67′)

Nome do jogo: Bart Ramselaar (Utrecht)

Na verdade, há pouco a dizer – ou mesmo a questionar – sobre o nome do jogo. Porque desde que Bart Ramselaar mandou a bola no ângulo do goleiro Mattijs Branderhorst, para fazer 1 a 0, o domínio do Utrecht na partida em Nijmegen ficou quase inalterado e imperturbável. O NEC só tentou algo mais concreto no ataque durante o segundo tempo. De resto, os Utregs visitantes comandaram as ações. Com Ramselaar como o destaque: recuado para o meio-campo, ele mostrou velocidade, ajudou o trio de atacantes… e, afinal, completou a categórica vitória, com seu segundo gol no jogo. Tendo Anastasios Douvikas como coadjuvante, é bom dizer: com mais um gol, o grego começa a se estabilizar como principal atacante do Utrecht.

Groningen 0x1 Vitesse (quarta-feira, 22 de setembro)

Gboho (45′ + 4)

Nomes do jogo: Mike te Wierik (Groningen) e Daniël van Kaam (Groningen)

Era um jogo equilibrado, mas calmo em Groningen. Times que rondam o meio da tabela (com plenas condições de subirem mais posições), Groningen e Vitesse buscavam o gol em igualdade. Até Mike te Wierik ser expulso logo aos 36′, após o VAR rever falta dura cometida por ele. Ainda houve mais: aos 44′, ao evitar com a mão que a bola chegasse ao atacante Nikolai Baden Frederiksen, Daniël van Kaam também tomou o cartão vermelho diretamente nos 45 minutos iniciais. E o time da casa nem conseguiu se segurar antes do intervalo: Yann Gboho fez 1 a 0 para o Vitesse, nos acréscimos da etapa inicial. Bastou para tornar o ambiente tenso. A torcida do Groningen que o diga: retardou o início do segundo tempo em cerca de 20 minutos, após atirar garrafas plásticas e copos contra a meta do goleiro Markus Schubert. Depois, paz refeita, não só o Vitesse tentou pouco aproveitar a superioridade numérica, como o Groningen teve até mesmo chances de ataque (Cyril Ngonge teve mesmo possibilidades de empate). Mas ficou mesmo o 1 a 0 no placar para o Vitesse. Em grande parte, pelas expulsões de Te Wierik e Van Kaam, que tornaram o jogo desequilibrado, mas tenso.

Feyenoord 3×1 Heerenveen (quarta-feira, 22 de setembro)

Til (12′, 88′), Linssen (60′) – Joey Veerman (82′)

Nome do jogo: Bryan Linssen (Feyenoord)

Bryan Linssen tem sido contestado pela torcida do Feyenoord praticamente desde sua chegada ao clube, na temporada passada. Talvez isso se devesse ao clima desgastado que se vivia no Stadionclub, em 2020/21. Agora, não. O que a torcida viu em De Kuip foi um time renovado, reanimado. Que rapidamente teve premiada sua ofensividade na rápida abertura do placar (Guus Til, um dos símbolos do promissor começo de temporada). Que se segurou com relativa facilidade, frente aos ataques esporádicos do Heerenveen. E que teve o maior motivo para comemoração no meio do segundo tempo. Com Linssen. Primeiro, uma decepção: um gol de Alireza Jahanbakhsh foi anulado aos 58′, após o VAR notar que Linssen estava impedido. Pois a compensação foi brilhante: um desvio de cruzamento com o calcanhar, dois minutos depois, para fazer o segundo gol – o 100° gol de Linssen pelo Campeonato Holandês neste século (o quinto jogador a alcançar tal marca na Eredivisie). Foi o mais celebrado na vitória Feyenoorder, mesmo com Guus Til fazendo dois gols. Nada como estar num clube sem pressão.

Zwolle 1×1 Sparta Rotterdam (quarta-feira, 22 de setembro)

Redan (8′) – Van Crooij (2′) 

Nome do jogo: Yuta Nakayama (Zwolle)

Quando Vito van Crooij fez 1 a 0 para o Sparta Rotterdam, logo aos dois minutos, a torcida presente ao Mac³Park Stadion temeu a sequência da via-crúcis do Zwolle, pior lanterna da história da Eredivisie após cinco rodadas (cinco derrotas, sem nenhum gol marcado). Coube a Yuta Nakayama simbolizar que não seria nada disso. Primeiro, porque o lateral esquerdo japonês fez a jogada terminada no empate de Daishawn Redan, aos 8′. Depois, porque Nakayama criou outra boa chance de gol – Maduka Okoye evitou que Gervane Kastaneer virasse o placar, com duas excelentes defesas. E finalmente, porque o Zwolle seguiu reanimado no segundo tempo, atacando pelas pontas, buscando mais o empate – inclusive, Leandro Fernandes (reserva vindo do banco) quase marcou um belíssimo gol. Mesmo com um ponto para cada um, já serviu para a torcida dos Zwollenaren ter uma impressão de que dias melhores virão

Cambuur 2×1 Heracles Almelo (quinta-feira, 23 de setembro)

Breij (25′), Hoedemakers (47′) – Bakis (90′)

Nome do jogo: Michael Breij (Cambuur)

Para não escorregar na tabela (ainda mais depois da tremenda goleada levada do Ajax, na rodada passada), o Cambuur precisava vencer. Para isso, teve algumas mudanças – como a primeira aparição de Jhondly van der Meer, haitiano de 19 anos, entre os titulares. Mas só mesmo a eficiência levou o time de Leeuwarden ao objetivo que ele desejava. Eficiência personificada em Michael Breij: no meio do primeiro tempo, quando nenhum dos times chegara perto do gol, Breij fez 1 a 0 “achando” um belíssimo chute de fora da área. Aí, sim, o Heracles foi mais efetivo com a maior posse de bola – pouco após tomar o gol, quase empatou (Sierhuis mandou a bola no travessão). Porém, tão logo o segundo tempo começou, o Cambuur foi eficiente de novo: na primeira oportunidade que teve, logo no segundo minuto, fez 2 a 0, no chute de Mees Hoedemakers. E enquanto os Heraclieden perdiam chances e mais chances, os donos da casa cresciam, e até eram melhores em relação ao primeiro tempo. Sinan Bakis ainda deu esperanças, diminuindo no último minuto. De nada adiantaria, diante de um Cambuur reanimado com sua terceira vitória seguida em casa.

Twente 3×1 AZ (quinta-feira, 23 de setembro)

Van Wolfswinkel (1′), Rots (17′), Limnios (90′ + 1) – Karlsson (44′)

Nome do jogo: Timo Letschert (AZ)

O começo de jogo do Twente tinha sido o melhor possível: bastaram 32 segundos de bola rolando para que Ricky van Wolfswinkel fizesse 1 a 0. Com intensidade, velocidade e habilidade, o time da casa envolvia um AZ atônito e lento na defesa. Timo Letschert acabou sendo o infeliz bode expiatório dos problemas do time de Alkmaar no jogo. Primeiro, porque perdeu a bola para Daan Rots, que fez 2 a 0: segundo, porque quatro minutos depois, com apenas 21 minutos, Letschert foi substituído por Pantelis Hatzidiakos na zaga, saindo do gramado direto para os vestiários, sem falar com ninguém. Pelo menos, o AZ se estabilizou um pouco. Criou chances de gol, fazendo o goleiro Lars Unnerstall trabalhar com boas intervenções. Diminuiu a vantagem, com Jesper Karlsson. E até teve chances de empatar no segundo tempo (Vangelis Pavlidis teve gol anulado). Só que o Twente manteve o controle do jogo nas mãos. Ainda teve mais um gol feito, com Dimitris Limnios. E saiu de campo celebrando a terceira vitória seguida, num bom começo de campanha. Exatamente o inverso do AZ, com apenas três pontos, igualando 2010/11 como seu pior início numa Eredivisie neste século.

Classificação fornecida por SofaScore LiveScore