Graças a um gol de Marko Pjaca, o Torino venceu o Sassuolo por 1 a 0. O gol e o desempenho em geral no Mapei Stadium têm um sabor libertador para a equipe de Ivan Jurić, na primeira vitória contra um adversário digno neste início de campeonato. Apesar de agradável, o 4×0 da terceira rodada foi frente à Salernitana, que ainda não mostrou que pode competir nesta Serie A.
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— Torino Football Club (@TorinoFC_1906) September 17, 2021
A POLÊMICA
Esta nova aventura de Jurić começou no meio das polêmicas: “O time trilhou o caminho da austeridade: cortar custos em todos os sentidos, independentemente da força da equipe que conseguiu se manter na divisão na última rodada nos últimos dois anos. É legítimo porque perdeu muito dinheiro nos últimos anos, o único problema é que o meu staff e eu não sabíamos desta austeridade, de cortar tudo e todos, por isso fiquei surpreendido com a forma como foi feito.”
Com estas palavras, o treinador croata expressou há algumas semanas a sua decepção com algumas das escolhas do presidente diretamente na coletiva de imprensa, quase ridicularizando o clube. Declarar certos bastidores pode levar quem está fora do ambiente granata a pensar numa harmonia muito sutil entre os diversos grupos que compõem o Torino Football Club.
O MERCADO DO TORINO
Não é segredo que nos últimos tempos os granata sofreram muito tanto em campo como nas finanças. Depois da última temporada desastrosa, houve a necessidade de uma mudança radical tanto no banco quanto no plantel.
No primeiro setor provavelmente não poderia ter sido melhor, pois os dirigentes conseguiram convencer um treinador de sucesso, pelo menos na médio-baixa classificação, a deixar um projeto bem estabelecido como o do Hellas Verona para tentar um novo desafio. Aparentemente as promessas iniciais não foram cumpridas, ainda que as expectativas de Ivan Jurić, que já conhecia a situação do Torino, não fossem tão altas.
Cairo deveria, portanto, ter feito algum esforço extra para trazer jogadores de qualidade para o seu clube? Não, porque alguns atletas funcionais e de prestígio, relativamente falando, passaram a usar a camisa grená por empréstimo. O próprio Pjaca, o salvador da noite da última sexta-feira para o torcedor do Torino, é na verdade uma nova contratação, emprestado pela grande rival Juventus.
Além disso, o Torino não está em condições de contratar Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo, mesmo que tivesse o poder econômico. O Toro não conquistou na última temporada um Scudetto como a Inter de Milão, que por sua vez teve que vender alguns jogadores importantes, mas conseguiu se manter na Serie A só nas rodadas finais após um campeonato desastroso.
Se Jurić quiser treinar craques, talvez deveria tentar enviar seu currículo para outras empresas. No Torino, por outro lado, os jogadores são esses e um bom treinador deve saber tirar o melhor deles, como fez contra um teoricamente muito mais forte Sassuolo, que no ano passado esteve perto de se classificar para a Conference League.
A PARTIDA CONTRA O SASSUOLO
O resultado positivo não veio por acaso, mas pelo contrário o trabalho de Jurić foi muito notado. A espera sufocante durante as ações ofensivas dos adversários manteve o jogo equilibrado, decidido no final por um toque leve e mágico de Pjaca. Os gols poderiam ter sido ainda mais, se Bremer de cabeceio não tivesse acertado na frente de Consigli as luvas do goleiro ou se Praet tivesse tido um pouco mais de sorte no lance em que acertou a trave com um chute fora da grande área.
A polêmica, que nunca deveria ter existido, agora ainda mais deve desaparecer para deixar espaço ao trabalho duro. Deve haver uma coordenação perfeita entre diretoria, treinador e jogadores, porque só colaborando o Torino irá longe. Sem desculpas, o time conquistou assim os primeiros três pontos em casa com a Salernitana e agora convenceu com uma ideia de jogo clara, demonstrando que consegue se virar ainda contra adversários melhores.
Claro, não devemos pensar que a partir de agora o Toro não encontrará nenhum obstáculo até o final da temporada. O objetivo é sempre a se manter na primeira divisão tranquilamente. No entanto, isso dá confiança, aliviando por ora os atritos do passado recente.