4ª rodada da Eredivisie
Twente 1×0 Utrecht (sábado, 11 de setembro)
Pröpper (90′ + 1)
Nome do jogo: Robin Pröpper (Twente)
Pode um jogo lento ter sido relativamente satisfatório? Pode, se o jogo em questão foi o Twente x Utrecht que abriu a rodada. Durante boa parte dos 90 minutos, embora o ritmo tenha sido devagar, as duas equipes buscaram o ataque. Na etapa inicial, o Utrecht fez mais isso – com destaque para Anastasios Douvikas: o atacante grego até acertou uma bola no travessão. Já no segundo tempo, o time da casa tentou mais. Começou a acuar os Utregs na defesa, na reta final. Mas o 1 a 0 só veio nos acréscimos, com Robin Pröpper repetindo um agradável hábito. O zagueiro já empatara a partida contra o Ajax, na segunda rodada, com um chute forte, aos 87′. Neste sábado, Pröpper fez ainda mais bonito: quase sem ângulo, dominou a bola, driblou um e chutou colocado, encobrindo o goleiro Maarten Paes e acertando o ângulo. O Twente conseguiu sua primeira vitória na temporada, por obra e graça de um inesperado goleador.
Zwolle 0x2 Ajax (sábado, 11 de setembro)
Haller (29′, 67′)
Nomes do jogo: Sébastien Haller (Ajax) e Kostas Lamprou (Zwolle)
O placar pode até indicar uma fácil vitória do Ajax, como tantas outras. Não foi bem assim – pelo menos, no primeiro tempo. Ajacieden mantendo a posse de bola, Zwolle apostando no contra-ataque: assim as duas equipes tiveram boas chances de gol na partida. Só que os Zwollenaren só possuíam Slobodan Tedic, com alguma qualidade, no ataque. O Ajax tinha mais nomes. E Sébastien Haller simbolizou esse poder maior de decisão – bem como o goleiro Kostas Lamprou representou a fragilidade decisiva dos donos da casa na partida. No primeiro gol, uma triangulação de destaques rendeu o 1 a 0: Dusan Tadic passou, Steven Berghuis cruzou, Haller concluiu – por baixo das pernas de Lamprou, num “frango” clássico. No segundo tempo, justamente quando o Ajax mais passava apuros, um escanteio, e Haller subiu para cabecear e fazer 2 a 0, aproveitando má saída de gol de Lamprou. Com dois gols, o atacante franco-marfinense diminuiu um pouco o grau de desconfiança que ainda sofre em Amsterdã. Desconfiança que aumenta sobre o Zwolle, lanterna, com quatro derrotas em quatro jogos.
Cambuur 5×2 Go Ahead Eagles (sábado, 11 de setembro)
Boere (45′, 50′), Tol (53′), Jacobs (56′), Kiss (75′ ) – Brouwers (37′), Iñigo Córdoba (79′)
Nome do jogo: Tom Boere (Cambuur)
Desde que o jogo começou em Leeuwarden, os anfitriões buscavam mais o gol. Só que o Go Ahead Eagles foi mais eficiente: na primeira chance que teve, já fez 1 a 0, com Luuk Brouwers. Poderia ter sido uma ducha de água fria, daquelas difíceis de serem superadas. Tom Boere ajudou a acelerar isso. Empatou ainda antes do intervalo, e já virou logo após a volta para o segundo tempo. Fez até mais do que os gols: deixou claro que a zaga dos visitantes de Deventer tinha fragilidades, estava desatenta no jogo. O Cambuur aproveitou: num espaço de seis minutos, transformou a virada em goleada, e ficou seguro no placar. Tudo graças ao que começou nos gols de Boere, contratado exatamente para tentar ser goleador em Leeuwarden. Pelo menos neste sábado, provou o quanto isso pode ser importante numa equipe.
AZ 0x3 PSV (sábado, 11 de setembro)
Boscagli (14′), Vertessen (69′), Doan (83′)
Nome do jogo: Olivier Boscagli (PSV)
Bem que o AZ foi mais ousado, quando a partida começou em Alkmaar. Também, pudera: era o primeiro jogo oficial do time com o apoio da torcida (não bastasse as proibições decorrentes da pandemia, um conserto em parte da cobertura do AFAS Stadion, que desabara havia dois anos, dificultava a presença plena de público). Só que bastou um lance para o jogo ficar à feição do PSV. Lance vindo de alguém que precisava satisfazer em campo: afinal, Olivier Boscagli substituía o lesionado Ibrahim Sangaré. E Boscagli fez isso marcando o mais bonito gol da rodada: chute de longe no ângulo, rápido demais até para o goleiro estreante Peter Vindahl reagir, que dirá tentar defender. Aí, o PSV pôde se concentrar na contenção ao AZ – que, de mais a mais, nem foi tão competente assim no ataque. Bastou ao time de Eindhoven ser mais eficiente quando avançou – no segundo tempo, em jogadas individuais de Yorbe Vertessen e Ritsu Doan, ambos vindos do banco – para se manter sendo o único com 100% de aproveitamento na Eredivisie.
NEC 0x0 Willem II (domingo, 12 de setembro)
Nome do jogo: Connor van den Berg (Willem II)
O Willem II já tinha o desafio de jogar fora de casa, contra um NEC vindo de duas vitórias seguidas. Ficou mais difícil ainda a partir dos 15′, quando o goleiro Jorn Brondeel saiu da área, cortou um lançamento antes que Jonathan Okita ficasse com o gol vazio – e foi expulso (o cartão vermelho mais rápido recebido por um jogador do Willem II na história do clube na Eredivisie). Com os outros dois goleiros indisponíveis – Robbin Ruiter barrado, Timon Wellenreuther levemente lesionado -, coube a Connor van den Berg, 20 anos, entrar para tentar ajudar o time de Tilburg nos 75 minutos seguintes de jogo. Deu certo. A zaga se esforçou, conteve os ataques do NEC, Van den Berg apareceu com defesas (em chutes de Jordy Bruijn e Souffian El Karouani, por exemplo), até a sorte evitou o gol dos donos da casa (nos acréscimos, Okita mandou a bola na trave). Ficou no placar o 0 a 0 que aliviou o Willem II, a despeito da expulsão. Van den Berg até se impressionou, no pós-jogo, à ESPN holandesa: “Eu estava nervoso quando entrei”. Conseguiu superar o nervosismo do melhor jeito possível.
Sparta Rotterdam 3×1 Fortuna Sittard (domingo, 12 de setembro)
Smeets (21′), Thy (29′), Emegha (73′) – Seuntjens (49′)
Nome do jogo: Bryan Smeets (Sparta Rotterdam)
Em geral, o destaque do Sparta Rotterdam é Lennart Thy. E ele até correspondeu a isso, fazendo o segundo gol. No entanto, Bryan Smeets, meio-campista mais experiente, apareceu com destaque na primeira vitória do Sparta na temporada. Não só pelo belíssimo voleio com que abriu o placar, mas também por ter aparecido bastante na criação de jogadas ofensivas. Tanto quanto Sven Mijnans, aliás: o meia-direita passou para os gols de Smeets – e de Emegha, que desafogou o time após o Fortuna Sittard diminuir no começo do segundo tempo. Mas pela experiência, Smeets controlou melhor a partida, a posse de bola – e simbolizou o triunfo que pode dar algum impulso ao clube do bairro de Spangen, em Roterdã.
Groningen 1×1 Heerenveen (domingo, 12 de setembro)
Halilovic (19′) – Ngonge (68′)
Nome do jogo: Cyril Ngonge (Groningen)
Está certo, o jogo era em Groningen, o time da casa tentou começar mais ofensivamente. Só que tinha pela frente uma equipe de ataque também razoável – e que começou até melhor o campeonato. E o Heerenveen contou com a sorte para fazer 1 a 0: aos 19′, o chute de Tibor Halilovic desviou antes de balançar as redes. Azar dos Groningers: no “Dérbi do Norte”, teriam de buscar o resultado. E demoraram: o Heerenveen se protegia bem no meio-campo. Só Cyril Ngonge simbolizava as tentativas ofensivas. Primeiro, com um chute na trave. E depois, finalmente, o empate, num bonito chute aos 68′. Outro sufoco veio para os donos da casa – a expulsão do zagueiro Mike te Wierik, aos 84′. Pelo menos, desta vez, o Groningen segurou sua barra para conseguir um ponto.
RKC Waalwijk 1×2 Vitesse (domingo, 12 de setembro)
Doekhi (8′), Gboho (54′) – Bakari (27′)
Nome do jogo: Yann Gboho (Vitesse)
Postura alternada, a do Vitesse. Ao mesmo tempo em que precisava poupar jogadores para a estreia na Conference League (tanto que Riechedly Bazoer e Oussama Tannane começaram no banco), o Vites tinha que reagir, vindo de duas duras derrotas nas rodadas anteriores. E mesmo começando bem, com Danilho Doekhi abrindo o placar de cabeça, o empate de Saïd Bakari animou o time da casa em Waalwijk. Aí, o técnico Thomas Letsch foi forçado a fortalecer sua equipe: Tannane saiu do banco para o segundo tempo. Mas foi um titular, Yann Gboho, que aliviou o time aurinegro, fazendo o 2 a 1. Desconfianças debeladas antes de pegar o Mura esloveno na quinta, pela Conference. De novo, fora de casa.
Feyenoord x Heracles Almelo (quarta-feira, 1º de dezembro)