Neste domingo, às 15h45 (de Brasília), a Itália enfrenta a Suíça, na Basileia, em um duelo que pode ser determinante nas Eliminatórias para a Copa do Catar. Isso porque ambas as equipes ocupam as primeiras posições no grupo C. Uma vitória italiana representaria, portanto, vantagem de sete pontos para a rival direta – lembrando que somente uma seleção por grupo se classifica automaticamente para o Mundial.
Além disso, o confronto também vale recorde para os Azzurri. Se não perder, a Itália igualará a marca do Brasil (entre 1993 e 1996) de 36 partidas seguidas de invencibilidade. No entanto, para isso, terá de elevar um pouco o nível apresentado no último confronto, contra a Bulgária, na qual ficou no 1 a 1.
A Suíça é a seleção que a Itália mais enfrentou em toda sua história (59 jogos) e, apesar do bom retrospecto recente – nenhuma derrota nos últimos nove encontros – o duelo deste domingo não promete ser fácil. A Squadra Azzurra venceu os suíços por 3 a 0 recentemente na Eurocopa, é verdade. Contudo, este resultado largo se mostra ter sido algo atípico na realidade atual da seleção dos Alpes, que alcançou as quartas de final na competição europeia e vive boa fase.
Final prep, done. ✅#SUIITA #WCQ #VivoAzzurro pic.twitter.com/rAmSGdFa5c
— Italy ⭐️⭐️⭐️⭐️ (@Azzurri_En) September 4, 2021
Ficha Técnica
Suíça x Itália
Eliminatórias da Copa do Mundo – 5ª rodada do grupo C
Local: Estádio St. Jacok Park, na Basileia, Suíça
Data e Hora: 05/09/2021, às 15h45 (de Brasília)
Transmissão no Brasil: Estádio TNT Sports
Confronto recorrente
Como mencionado, Itália e Suíça já se enfrentaram muito ao longo da história: 59 partidas, com 29 vitórias italianas, 22 empates e apenas oito triunfos suíços. Além disso, a última derrota da Azzurra contra a rival aconteceu há 28 anos, em 1993. Na ocasião, o placar foi de 1 a 0 para a Suíça, em Berna, num duelo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994.
Trata-se, portanto, de um ótimo retrospecto recente para a Itália, que não perder 15 dos últimos 16 jogos contra a oponente deste domingo. Como lembrança mais recente, o passeio em 16 de junho pela Eurocopa, quando venceu por 3 a 0, com gols de Locatelli (2) e Immobile.
Olho neles!
Contra a Bulgária, no último dia 2, Federico Chiesa foi escolhido como melhor jogador. E com justiça, afinal, o camisa 14 marcou o gol da Nazionale e foi o atacante mais presente nas ações ofensivas. Chiesa buscou o jogo, criou, finalizou e só não marcou mais um por falta de um capricho em uma finalização cara a cara com o goleiro. A evolução do jogador da Juventus com a camisa da seleção é nítida.
Isso porque ele marcou três gols em seus últimos cinco jogos com a Itália, sendo que, nos 28 duelos anteriores, havia balançado as redes só uma vez. Por isso, vale ter atenção ao desempenho de Chiesa frente à Suíça. Novamente, ele deve formar o trio de ataque junto de Insigne e Immobile. Este último, apesar de boas marcas com a seleção, não atravessa um bom momento internacionalmente.
Já do lado suíço, Haris Seferovic, que inclusive tem passagem pela Itália em Fiorentina, Lecce e Novara, busca marcar pela 25ª vez representando seu país. O forte centroavante anotou três gols nos últimos quatro jogos e vem em boa fase. Aliás, o sistema ofensivo da seleção dos Alpes – que nem sempre foi elogiável – atravessa um momento brilhante. A seleção suíça perdeu somente um dos últimos 12 jogos (justamente contra a Itália, na Euro). Este também foi o único duelo desta série em que não marcou gols.
Another excellent performance and a goal to boot: Federico #Chiesa has been voted as the #Azzurri MVP from #ITABUL! 🏅
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— Italy ⭐️⭐️⭐️⭐️ (@Azzurri_En) September 3, 2021
Os diferenciais
Falando ainda sobre o time da casa, também é interessante ficarmos ligados no desempenho de Murat Yakin, treinador que assumiu o comando da equipe nacional logo após a Eurocopa. Vale lembrar que Vladimir Petković foi o comandante da Suíça na competição. E o time foi bem, caindo nas quartas para a Espanha na disputa de pênaltis, após eliminar a campeã mundial França nas oitavas.
Assim como a Suíça, a Itália também apresenta bom desempenho ofensivo nos últimos tempos. Isso porque a seleção de Roberto Mancini marcou gols em todos os seus 17 confrontos mais recentes, marca superada somente pelos 19 jogos seguidos balançando as redes em 2004. Por conta disso, podemos imaginar um duelo relativamente aberto na Basileia.
Com dois jogos a menos nas Eliminatórias ate aqui, a Suíça tem vida confortável no grupo C, mas a distância existente para a Itália pode criar certa pressão. Afinal, se perder, a seleção mandante ficará sete pontos atrás da Azzurra. Esta seria uma desvantagem dificílima de ser tirada nas últimas três rodadas.
Por isso, trata-se de uma pequena decisão para ambas. Para a Itália, será importante dar uma resposta após o empate contra a Bulgária. O time não foi péssimo, é verdade, mas tem condições de melhorar. Na defesa, o mote é ‘não vacilar’. A Suíça tem bons jogadores no setor ofensivo e pode oferecer muito mais perigo que a opoente anterior – inclusive no jogo aéreo.
Lá na frente, é importante para a Azzurra decentralizar o jogo de Federico Chiesa. Com mais jogadores desequilibrando na criação, fica difícil para qualquer rival aguentar o ritmo forte da campeã europeia.
Um jogo de cada vez…
Além da questão da classificação para a Copa, há também outra motivação para um bom resultado, longe de casa, neste domingo: o RECORDE. Com 35 jogos sem perder consecutivamente, a Itália já igualou a Espanha e, agora, mira o Brasil. Trata-se de um retrospecto impressionante, que carimba a excelente fase desta seleção na atualidade. Podemos dizer, com tranquilidade que a tetracampeã do mundo vive um de seus melhores momentos em toda a história, apesar de não ter grandes craques no elenco.
Isso porque o grande trunfo da Itália é o jogo coletivo. Apoiado em boas ideias de Mancini, o elenco da Azzurra comprou a ideia de um jogo agressivo, com marcação-pressão e verticalidade na hora de atacar. É uma equipe preparada para contragolpes, mas que também sabe se virar contra times fechados. Por fim, mas não menos importante: esta seleção sempre atua motivada, com gana de vencer.
E é isso que não poder ser perdido neste momento. O título da Eurocopa tirou um peso das costas, de fato. Contudo, ainda há muito para ser feito por este grande time. Resta disputar um jogo de cada vez. Primeiro, para igualar o recorde. Depois, para, quem sabe, ultrapassá-lo. E ai, como meta mais importante, garantir a classificação direta para a Copa de 2022 sem precisar passar pelos agonizantes playoffs.