Covid-19, as ligas europeias contra a data FIFA

Com a data FIFA chegando, os clubes estão reclamando mais uma vez pelos jogadores que vão jogar pelas respectivas seleções. A situação hoje em dia está ainda mais complicada, devido à pandemia mundial de Covid-19 que está afetando nossas vidas.

Como qualquer pessoa, os jogadores também podem contrair a doença, ficando assim indisponivéis para jogar e treinar com a equipe durante o periodo de quarentena. O risco de os atletas serem infectados é maior durante os jogos internacionais, sobretudo se as partidas forem disputadas em Países com alto índice de infecção.

Por isso, depois de muitas reclamações dos clubes que pagam os salários dos atletas, Premier League, LaLiga e Serie A começaram a convencer a FIFA a não deixar que os jogadores respondam às próximas convocações.

Os clubes destas ligas querem impedir pelo menos que os atletas não vajem para lugares onde o índice de risco de contrair a Covid-19 é alto, como por exemplo no Brasil. Isso porque o periodo de isolamento é muito mais longo depois de viajar do Continente sul-americano ao europeu do que se mover dentro do territótorio da mesma União Europeia.

A Premier League quer proibir viagens para Países da “red list” da Covid-19 do governo britânico:

Afeganistão, Angola, Argentina, Bangladesh, Bolívia, Botswana, Brasil, Burundi, Cabo Verde, Chile, Colômbia, República Democrática do Congo, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, Egito, Eritreia, eSwatini (Swaziland), Etiópia, Guiana Francesa, Geórgia, Guiana, Haiti, Indonésia, Quênia, Lesoto, Malaui, Maldivas, Mayotte, México, Mongólia, Moçambique, Myamar, Namíbia, Nepal, Omã, Paquistão, Panamá, Paraguai, Peru, Filipinas, Reunião, Ruanda, Seychelles, Serra Leoa, Somália, África do Sul, Sri Lanka, Sudão, Suriname, Tanzânia, Trinidad e Tobago, Tunísia, Turquia, Uganda, Uruguai, Venezuela, Zâmbia e Zimbábue.

LaLiga foi muito mais específica, apoiando os clubes na decisão de não liberar os atletas para jogar as eliminátorias da CONMEBOL. Na Espanha atuam muitos jogadores sul-americanos e os times teriam que renunciar aos seus titulares.

No caso da Serie A italiana esses são os periodos de quarentena:

Não há restrições para voltar de:

Cidade do Vaticano e São Marino.

Entrada garantida com Green Pass (certificado de vacinação) ou isolamento fiduciário de 5 dias para voltar de:

Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca (incluindo as Ilhas Faroé e a Groenlândia), Estônia, Finlândia, França (incluindo Guadalupe, Martinica, Guiana, Reunião, Mayotte e excluindo outros territórios localizados fora do continente europeu), Alemanha, Grécia, Irlanda, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda (excluindo territórios localizados fora do continente europeu), Polônia, Portugal (incluindo Açores e Madeira), República Tcheca, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha (incluindo os territórios do Continente africano), Suécia, Hungria, Islândia, Noruega, Liechtenstein, Suíça, Andorra, O principado de Mônaco, Israel.

Entrada garantida apenas com teste negativo nas 72 horas anteriores à entrada na Itália e isolamento fiduciário de 5 dias após voltar de:

Albânia, Arábia Saudita, Armênia, Austrália, Azerbaijão, Bósnia e Herzegovina, Brunei, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Líbano, Kosovo, Moldova, Montenegro, Nova Zelândia, Catar, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (incluindo Gibraltar, Ilha de Man, Ilhas do Canal e bases britânicas na ilha de Chipre e excluindo territórios que não pertencem ao continente europeu), República da Coreia, República da Macedônia do Norte, Sérvia, Cingapura, Ucrânia, Taiwan, Regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

Para o voltar de Canadá, Japão e Estados Unidos, é necessária uma certificação verde Covid-19 emitida pelas respectivas autoridades de saúde locais, caso contrário, é obrigatório um teste negativo e 5 dias de isolamento fiduciário.

Para voltar de Brasil, Bangladesh, Índia e Sri Lanka, são necessários 10 dias de isolamento fiduciário.

Por fim, para todos os demais Países não indicados na lista oficial, o retorno à Itália é permitido, entre outros, “aos atletas participantes em competições esportivas de interesse nacional e seus acompanhantes“, mas quem ingressa na Itália deve “apresentar o atestado de ter realizado, nas 72 horas anteriores à entrada em território nacional, um teste molecular ou antigênico que deu negativo, passar por isolamento fiduciário e vigilância sanitária por 10 dias”, como diz o Ministério da Saúde italiano.

A situação poderá afetar diretamente o Brasileirão e os outros campeonatos da América do Sul. Se as seleções sul-americanas não poderão contar com os jogadores que atuam na Europa, irão convocar jogadores de clubes brasileiros, argentinos, uruguaios et cetera.