Em entrevista ao site NextGenAuto, o consultor da Red Bull Racing, Helmut Marko, evitou garantir o assento do mexicano Sérgio “Checo” Pérez para 2022. Contratado para a temporada 2021, após boa passagem pela Racing Point, Pérez é a esperança da Red Bull voltar a ser campeã do mundial de construtores, juntamente com Max Verstappen.
Marko disse: “Temos algumas opções, não posso dar nomes, mas estamos considerando todas. A intenção é continuar com os quatro pilotos que temos (Red Bull e Alpha Tauri), mas o anúncio será feito em Spa (quando a temporada retornar), ou em Zandvoort”, disse.
“Há uma diferença para o Max e ele (Pérez) não está feliz com isso. Esperávamos que ele estivesse mais próximo neste momento da temporada ou mais consistente após tantas corridas. Ele tentou achar o próprio acerto ao invés de usar o do Max e talvez tenha feito o certo”, analisou.
A Red Bull acredita que, caso Verstappen tenha um companheiro à altura, um que conquiste pontos importantes ao longo da temporada, como faz o holandês, o título pode voltar para as mãos da equipe, o que não acontece desde 2013.
Com a aposta em Sérgio Pérez, a Red Bull esperava já estar mais tranquila na metade da temporada 2021, porém não foi bem o que aconteceu. A equipe está 12 pontos atrás da Mercedes na luta pelo mundial de construtores, tendo duas vitórias a mais na temporada, mas com quatro pódios a menos.
Enquanto Verstappen foi ao pódio em oito das 11 corridas disputadas até aqui, Pérez ficou entre os três primeiros apenas duas vezes, perdendo pontos preciosos. A título de comparação, Lando Norris, com uma McLaren, carro considerado inferior ao da Red Bull, esteve no pódio seis vezes em 2021.
PROBLEMA CRÔNICO COM SEGUNDO PILOTO
Pilotar um carro da Red Bull na Fórmula 1 não é tarefa fácil. Desde a criação da equipe, em 2004, até hoje, vários pilotos ocuparam os dois assentos dos touros vermelhos, mas poucos, de fato, convenceram.
Entre 2009 e 2013, a Red Bull Racing viveu seus anos de maior “calmaria” dentro do paddock, com a dupla Vettel e Weber, que conquistou um vice-campeonato em 2009 e engatou uma sequência de quatro títulos mundiais seguidos. De 2014 para cá, a equipe teve seis pilotos diferentes, mas nenhum agradou como Max Verstappen, que surgiu como prodígio e hoje é um dos maiores nomes do automobilismo.
Daniel Ricciardo, hoje na McLaren, foi quem andou “mais perto” do jovem holandês, ficando na equipe por três temporadas. Mas desde sua saída, em 2019, a Red Bull nunca mais ficou satisfeita com o desempenho de um segundo piloto. Gasly, Albon e Pérez já passaram por ali, mas não agradaram a alta cúpula da equipe.
Para 2022, fala-se em Bottas, com futuro incerto na Mercedes. O finlandês tem demonstrado desconforto com sua situação na Mercedes, sempre à sombra do inglês Lewis Hamilton.
Mid-week motivation ft. @SChecoPerez 🔥 pic.twitter.com/iau5syQotR
— Red Bull Racing Honda (@redbullracing) August 4, 2021