Análise: Brasil tem índice baixo de cruzamentos certos

A seleção brasileira, tem dois jogos até aqui nas Olimpíadas e soma uma vitória e um empate. No geral, faz uma campanha regular. Entretanto, algo me chamou atenção, o índice baixo de acertos nos cruzamentos nesses dois jogos. Qual é o problema do Brasil? Quais mudanças poderiam melhorar o time para as próximas partidas? Vamos compreender.

Dados

O Brasil estreou nas Olimpíadas contra a Alemanha e ganhou por 4×2 e durante o jogo, a seleção teve 18 cruzamentos, porém, só acertaram 5, apenas 28%. Contra a Costa do Marfim,  foram 33 cruzamentos e apenas 2 acertos, sendo 6%. Na média da competição, a seleção brasileira acerta apenas 3,5 cruzamentos por jogo, são apenas 13,7%.

Uma das hipóteses para essa questão poderia ser a altura dos jogadores, porém, a média de toda a seleção brasileira é de 1 metro e 81 centímetros. Ou seja, uma média relativamente alta.

Atacantes e Zagueiros

Outro pensamento, é quanto a capacidade dos jogadores ser baixa. O que é outro mito. Apenas o zagueiro Nino, titular da seleção e jogador do Fluminense, tem 1 metro e 88 centímetros e 2 gols em 2021, os dois foram de cabeça.

O principal jogador da seleção, Richarlison, tem 1 metro e 84 centímetros e 67 gols na carreira, 15 foram de cabeça. Para um atacante ponta, de apenas 24 anos, se torna uma característica importante.

Laterais

Por outro lado, os laterais brasileiros são ninguém mais ninguém menos que Dani Alves e Guilherme Arana, que inclusive deu uma das assistências no jogo contra a Alemanha, dispensam qualquer análise sobre a capacidade de cruzamento e principalmente, assistências de ambos. Em 2021, Dani Alves tem 4 assistências em 21 jogos. Enquanto Arana tem 3 assistências em 23 jogos.

Conclusão

Dessa forma, compreendemos que essa questão tem tudo para dar certo, pois, os jogadores são alto e são capacitados para finalizar com gol os cruzamentos e os laterais também tem suas capacidades de passes, mas porque não dar?

Apenas duas teses sobraram, o time adversário sabendo da tamanha capacidade da seleção brasileira, adapta seus esquemas para impedir que o Brasil consiga transformar em gols esses cruzamentos, ou simplesmente não encaixa com o modelo de jogo do Brasil. A seleção tem muita habilidade para jogar e construir as jogadas com os pés, pois tem jogadores como, Bruno Guimarães e Claudinho. Sendo assim, o jogo do Brasil é com a bola rolando. São passes em profundidade e toque de bola.

Em conclusão, o Brasil de fato, precisa melhorar. Intensificar os treinos, mudar táticas, criar novas e melhorar junto a quem cruza e quem finaliza. Porque pode se tornar uma arma. Com tamanha qualidade, não se pode deixar passar assim.