Brasil-Costa do Marfim, muitos cruzamentos e um empate inútil

O Brasil masculino ficou no empate contra a Costa do Marfim nesta segunda rodada das Olimpíadas. O 0x0 não premiou a Seleção, que foi imprecisa nos cruzamentos, enquanto para os africanos é um ponto precioso. No entanto, a equipe de Jardine continua a ser a favorita e tranquila para a classificação às quartas-de-final.

O vermelho de Douglas Luiz dos primeiros minutos certamente não ajudou o Brasil. A inferioridade numérica deixou muitos espaços no campo, favorecendo a qualidade física dos adversários. O meio-campista brasileiro tocou levemente Dao que estava pronto para se correr sozinho pro gol de Santos para chutar. Portanto, a expulsão como último homem, decretada graças ao VAR, está certa.

No final da partida, a Costa do Marfim também ficou com 10 jogadores, devido ao vermelho de Eboué. Porém, o Brasil não aproveitou, cometendo os mesmos erros cometidos em todos os 90 minutos. Muitos e muitos cruzamentos perdidos, não muito precisos e previsíveis.

Os cruzamentos da linha de fundo, usados principalmente no primeiro tempo, acabavam sempre nas mãos do goleiro, enquanto os da longa distância não eram interceptadas por ninguém por serem muito fortes e imprecisas, saindo assim toda vez para fora. Nem Dani Alves nas bolas paradas conseguiu fazer algum bom cruzamento para os atacantes.

Os poucos cruzamentos bem-sucedidos não foram aproveitados adequadamente pelos jogadores na grande área. Matheus Cunha recebeu um passe perfeito durante a metade do segundo tempo, mas o seu cabeceio descoordenado caiu nas mãos de Eliezer. Diante dos maus resultados com esse tipo de lance, o Brasil tentou surpreender a Costa do Marfim com chutes de longe, fracassando novamente.

Acima de tudo, Antony foi muito ativo entre as linhas, tentando voltar ao centro para marcar gol. Ele também deu um chapéu em Diallo levantando a bola diretamente do chão. Esta foi talvez a parte mais emocionante de uma partida realmente monótona. Ele despertou apenas um pouco de preocupação na defesa da Costa do Marfim, mas nunca foi capaz de colocar a bola na rede. Seus chutes foram bastante ineficazes e centrais.

Na última rodada do Grupo D, o Brasil agora terá que enfrentar e somar pelo menos um ponto contra a Arábia Saudita, adversário não tão forte, para se classificar à próxima fase. Mas não é para ser subestimada, porque teoricamente também a Costa do Marfim devia ser uma equipe fácil de enfrentar, mas acabou sendo muito sólida.