A Eurocopa 2020 já teve seu fim. Por sinal, um belo final. Assim, a Itália saiu premiada como campeã da competição. Com muitos méritos, os comandados de Roberto Mancini venceram a Inglaterra nos pênaltis por 3 x 2 (após empate por 1 x 1 no tempo normal) e conquistaram a Europa pela segunda vez na história.
Sendo assim, a UEFA anunciou os 11 melhores da Euro 2020, disputada em 2021 por conta pandemia da Covid-19. Com os eleitos já selecionados pela entidade europeia, o MondoSportivo Brasil traz os nomes, curiosidades, importância de cada um para as suas respectivas seleções, entre outros.
Seleção da Euro 2020
Goleiro:
Gianluigi Donnarumma (Itália).
Defensores:
Kyle Walker (Inglaterra), Leonardo Bonucci (Itália), Harry Maguire (Inglaterra) e Leonardo Spinazzola (Itália).
Meio-campistas
Pierre-Emile Højbjerg (Dinamarca), Jorginho (Itália) e Pedri (Espanha).
Atacantes
Federico Chiesa (Itália), Romelu Lukaku (Bélgica) e Raheem Sterling (Inglaterra).
👕🙌 Introducing the official Team of the Tournament for #EURO2020
Who would be your captain? 🤔 pic.twitter.com/goGLi6qQzj
— UEFA EURO 2024 (@EURO2024) July 13, 2021
Gianluigi Donnarumma
Antes de mais nada, Gianluigi Donnarumma foi um dos mais importantes jogadores da Eurocopa. A princípio, o goleiro esteve na mesma prateleira que Jordan Pickford, da Inglaterra, como os craques da posição no torneio europeu. As estatísticas não mentem e só refletem a importância de cada um para as suas respectivas seleções.
A saber, Donnarumma ficou duas partidas sem levar gols nesta Euro. No entanto, a Itália terminou a competição com a quarta defesa menos vazada, com apenas quatro gols sofridos. Assim, o forte sistema defensivo italiano contribuiu demais para que o ex-Milan fosse anunciado o melhor do torneio.
Segundo o SofaScore, Donnarumma terminou o torneio com apenas 0.6 gols sofridos por partida. Ele ficou atrás somente de Pickford, que teve 0.3. Além disso, foi o que menos realizou defesas por jogo, com 1.4. Entretanto, o camisa 21 da Itália foi crucial nos confrontos contra Espanha e Inglaterra, pela semifinal e final, respectivamente. O notável arqueiro defendeu cobranças cruciais que garantiram a classificação diante dos espanhóis e o título sobre os ingleses, no Wembley Stadium.
Curiosidades
Gianluigi Donnarumma, aos 22 anos, é craque. Isso ninguém pode negar. Mesmo sendo goleiro, ele se destaca por sua forte personalidade dentro de campo. A saber, muitos comparam o jovem ao eterno e lendário Gianluigi Buffon, que, por ventura, retornou ao Parma, onde começou no futebol, para a temporada 2021/22.
Dessa forma, Donnarumma se tornou o terceiro goleiro mais jovem a jogar uma final de uma competição, seja Copa do Mundo ou Eurocopa. Assim, ele fica atrás somente de José Ángel Iribar, em 1964, pela Espanha e Juan Botasso, em 1930, pela Argentina. Além do mais, com 22 anos e 106 dias, é o terceiro arqueiro na meta da Itália a jogar um grande torneio.
Kyle Walker
A Inglaterra teve simplesmente uma “fortaleza” no sistema defensivo. Entre tantos, Kyle Walker foi peça importante no esquema de Gareth Southgate. Assim, foram seis partidas na Euro. Ele alternou constantemente na ala direita e, por vezes, como zagueiro pelo lado direito. Inclusive, jogou assim contra a Itália, na final, e em outros momentos na competição.
A princípio, Walker não teve atuações brilhantes nesta Eurocopa. Diferentemente no seu clube, o Manchester City, o inglês é usado com frequência pelo treinador dos Three Lions como uma espécie de um jogador “polivalente”, característica essa bem atribuída ao lateral.
Leonardo Bonucci
Pode-se dizer que Leonardo Bonucci é um dos jogadores mais adoráveis da Itália. Assim, o zagueiro é um dos principais líderes do elenco de Roberto Mancini. Com mais de 100 jogos pela Azzurra, Bonucci postulou-se como uma das principais figuras, ao lado de Giorgio Chiellini, da seleção.
Na Euro, ele atuou em todos os jogos da Itália. Bonucci terminou a competição com uma média de 6.7 de bolas longas por jogo. Ou seja, ficou em terceiro na lista, tendo Toni Kroos e Pepe à sua frente. Um detalhe curioso chamou bastante a atenção de todos: a forma como o camisa 19 e seus companheiros se comportaram no momento do hino nacional do país. A saber, os italianos evocaram muita vontade e felicidade no momento em que os jogadores ficavam perfilados antes do começo da partida. Foi um dos momentos mais incríveis nos jogos e, principalmente, pelo lado da Azzurra.
Leonardo Bonucci foi o autor que deu caminho para o largo sorriso dos italianos no segundo título da Eurocopa em sua história. Assim, o zagueiro da Juventus anotou um gol na competição: logo o que deu caminho para a conquista da Azzurra. Detalhe: ele se tornou o jogador mais velho a marcar em uma final de Euro (34 anos e 71 dias), superando Bernd Hölzenbein, em 1976, com 30 anos e 103 dias.
Harry Maguire
Harry Maguire foi outro importante jogador da Inglaterra na Eurocopa 2020. A saber, o zagueiro foi selecionado na equipe dos 11 melhores atletas da competição. Ele formou dupla com o campeão da Euro Leonardo Bonucci.
O camisa 5 da Inglaterra não esteve presente em todos os jogos da Euro. Porém, ao entrar contra República Tcheca, na 3ª rodada, não saiu mais da equipe. Foram cinco partidas em que o jogador do Manchester United manteve uma boa regularidade nas suas atuações. E foi premiado com um gol, na goleada sobre a Ucrânia por 4 x 0, que garantiu a ida dos ingleses para a disputa diante da Dinamarca, pela semifinal.
Ao lado de John Stones, do Manchester City, Maguire se notabilizou pela ótima consistência defensiva e, com todo mérito, o forte jogo aéreo. Dessa forma, das 25 bolas aéreas disputadas na Eurocopa, o zagueiro Harry Maguire venceu 21 delas, representando 84% em acertos, sendo a melhor marca para um jogador que esteve envolvido em 25 duelos pelo alto desde a Euro 1980.
Leonardo Spinazzola
Outro Leonardo na lista dos 11 melhores? Isso mesmo. Só que desta vez, quem compõe o sistema defensivo é o lateral Spinazzola, da Roma. O jogador foi um dos principais destaques da seleção da Itália, na Eurocopa. Vale destacar que ele foi eleito o melhor jogador nas partidas contra Turquia e Áustria, na fase de grupos e nas oitavas de final, respectivamente. Porém, o atleta sofreu uma gravíssima lesão diante da Bélgica, pelas quartas, e não atuou mais pela equipe italiana.
Spinazzola teve bons números na Euro, e ainda contribuiu com uma assistência. Assim, incrivelmente a média de passes do italiano foi espetacular. Veja: 89% em eficácia por partida (37.0), 86% em passes no próprio meio-campo (12.3), 86% em passes no meio-campo (26.0) e 71% em lançamentos certeiros (1.3).
Muito se discute a possibilidade do lateral da Inglaterra Luke Shaw ter tido melhor participação na Eurocopa. Por sua vez, Shaw também obteve um desempenho acima das expectativas. E não seria nenhum demérito se o inglês entrasse no lugar de Leonardo Spinazzola.
Pierre-Emile Højbjerg
A grande campanha da Dinamarca na fase mata-mata da Eurocopa surpreendeu a todos. Praticamente eliminados da competição, os dinamarqueses se superaram e alcançaram uma semifinal, perdida para a Inglaterra (2 x 1). Assim, a perda do craque Christian Eriksen foi bastante sentida pelo grupo, contudo, os comandados de Kasper Hjulmand contaram com alguns destaques na Euro, sendo um deles Pierre-Emile Højbjerg.
A princípio, Højbjerg foi o sustento defensivo da Dinamarca. Ele foi um dos maiores assistentes do torneio, com três passes para gol. Dessa forma, os ótimos números em campo o credenciaram, segundo a UEFA, na equipe dos 11 melhores.
Na Eurocopa, o dinamarquês conseguiu bons números com a camisa da seleção. Além das três assistências, o camisa 5 atuou em todas as partidas (6) da Dinamarca. O volante do Tottenham obteve uma ótima média em passes no torneio: com 84% na eficácia por jogo (56.2) e 91% em passes no próprio meio-campo (25.2).
Jorginho
Um brasileiro, de Santa Catarina, que decidiu jogar (servir) pela seleção da Itália. Primeiramente, Jorginho se naturalizou para atuar no país que praticamente o projetou para o futebol. Com isso, veio o agraciamento da população local e do atual treinador Roberto Mancini. O ítalo-brasileiro foi um dos principais destaques dos italianos na Eurocopa.
Assim, ele se tornou o quinto jogador italiano a disputar uma final de Champions League/Copa da Europa e Eurocopa/Copa do Mundo em uma única temporada. Incrível, não? Além do mais, Jorginho faturou os dois prêmios na temporada, sendo a liga europeia conquistada no Chelsea.
O jogador figurou em campo nas sete partidas da Itália. No entanto, o desempenho ofensivo de Jorginho não foi dos melhores (nenhum gol e assistência), contudo, seu principal papel não é de fazer gols. Ele teve a responsabilidade no início da construção ofensiva no campo de defesa italiano, com toques para lá de especiais e de alta qualidade.
Por fim, Jorginho realizou 25 interceptações nesta edição da Eurocopa, a maior na história da competição. Assim, foram 3.6 interceptações realizadas por partida na Euro e 93% na eficácia de passes por jogo, segundo o SofaScore.
Pedri
Federico Chiesa
Federico Chiesa: uma promessa que já se tornou realidade no futebol italiano. O jogador demonstrou todo seu talento quando a Itália mais precisou de seus serviços. E que serviços! Titular apenas uma vez na fase de grupos, Chiesa começou a aparecer somente no mata-mata. Assim, ele foi super importante para que a Azzurra vencesse a Eurocopa.
Dessa forma, o primeiro gol do camisa 22 só saiu nas oitavas de final, contra a Áustria. Até então empatado por 1 x 1 na prorrogação, Chiesa entrou no tempo normal e fez logo no início o que tem de melhor característica: o gol. Ao balançar as redes, ele garantiu a vitória e a classificação da Itália à próxima fase, e rendeu-lhe uma estatística futebolística e paternal. Sim, isso mesmo. O gol marcado sobre os austríacos fez Federico Chiesa igualar uma marca junto ao seu pai, Enrico Chiesa, que também fez em uma fase final da Eurocopa, em 1996, contra a República Tcheca. A saber, é a primeira vez na história que pai e filho marcam gols nesta fase da competição. Histórico!
Além disso, Federico Chiesa – que possui um estilo de jogo sempre caindo pelas pontas, mas que também faz o papel de construtor de jogadas – foi decisivo novamente, dessa vez, contra a Espanha, na semifinal. Ele anotou um gol ainda no primeiro tempo, e a Itália viria a enfrentar outra prorrogação na Euro e venceria, nas penalidades, os espanhóis.
Raheem Sterling
Para muitos, Raheem Sterling foi o craque da Eurocopa 2020. Assim, não seria demérito considerar o ponta como o melhor jogador da competição. Ele foi extremamente importante para que a Inglaterra avançasse de fase. Foram três gols marcado e uma assistência contabilizada.
A equipe de Gareth Southgate teve um desempenho pífio no ataque na fase de grupos, com apenas dois gols marcados, justamente anotados por Sterling. Vários questionamentos giravam em torno da sua capacidade técnica: o que foi um debate acalorado entre torcedores e especialistas, que sempre pediram Jadon Sancho ou Marcus Rashford entre os titulares.
Nos últimos 22 jogos pela seleção inglesa, Raheem Sterling esteve envolvido diretamente em 22 gols, sendo 15 tentos e sete assistências.
Romelu Lukaku
Talvez uma das posições mais questionáveis da equipe dos 11 melhores seja o ataque, que teve vários destaques na Eurocopa 2020. Romelu Lukaku, da Bélgica, foi considerado o melhor centroavante do torneio. Com quatro gols, ele superou Cristiano Ronaldo (5), Patrik Schick (4), Karim Benzema (4) e Harry Kane (4). Por exemplo, entre gols e assistências, Ronaldo e Schick combinaram 6 e 5 gols, respectivamente.
O forte jogo de pivô de Lukaku é uma das gratas e valorosas características do atacante da Inter de Milão. Os dois primeiros gols vieram contra a Rússia, ainda na fase de grupos, na vitória por 3 x 0. Em seguida, na 3ª rodada, contra a Finlândia, marcou no triunfo belga por 2 x 0. Por fim, marcou de pênalti, contra a Itália, nas quartas de final da Euro, mas não foi o suficiente. Bélgica eliminada.