A Squadra Azzura é BICAMPEÃ da Eurocopa! Em um jogo nervoso e difícil, a Itália superou a Inglaterra nos pênaltis, por 3 a 2, após um empate de 1 a 1 na etapa normal e prorrogação. O goleiro Donnarumma foi o grande herói, com duas defesas, e que garantiram o troféu à Itália. Ele também acabou sendo escolhido o melhor jogador da Eurocopa. Ou seja, a segunda conquista da Euro chega após 53 anos, quando a seleção faturou seu primeiro título.
Já a Inglaterra amarga o vice em casa, em pleno Estádio Wembley. Embora tenha ficado à frente por mais tempo, acabou recuando demais e permitindo o empate da Itália. A conquista é, portanto, merecida e coroa a reconstrução da seleção italiana, que começa com o treinador Roberto Mancini e passa por todo o elenco campeão!
🇮🇹 Italy become two-time EURO champions! #EURO2020 | #ITA pic.twitter.com/xT83qJlVpE
— UEFA EURO 2024 (@EURO2024) July 11, 2021
Gol relâmpago
Tudo poderia ter sido diferente no confronto entre Itália e Inglaterra, não fosse o gol logo no início de Luke Shaw. Com exatos 1 minuto e 57 segundos, o ala inglês completou cruzamento de Kieran Trippier, de primeira, deixando o goleiro Donnarumma sem reação. Este foi, portanto, o gol mais rápido em qualquer final de Eurocopa desde 1960. Uma falha defensiva da Itália – algo que quase não aconteceu nesta edição da EURO 2020. Sem Spinazzola, Emerson Palmieri foi o titular na lateral-esquerda.
No entanto, o ítalo-brasileiro falhou. Assim como Di Lorenzo do outro lado. As duas laterais da Itália foram os grandes problemas da equipe de Roberto Mancini na primeira etapa. Não somente por conta do gol de Shaw, mas por algumas outras investidas do English Team. Se a equipe de Gareth Southgate já iria se defender e deixar a posse com a Itália, após o gol, este cenário se potencializou.
Do outro lado, os azzurri tiveram de lidar com um contexto desconhecido: a Itália não ficou atrás em nenhuma outra partida nesta EURO 2020. Em desvantagem, os comandados de Mancini tentaram encontrar os espaços, mas esbarraram em um sólido sistema denesivo inglês. Com Insigne pouco inspirado, Federico Chiesa foi uma válvula de escape interessante – e necessária. Foi dele o chute mais perigoso da Itália durante a etapa inicial, que passou ao lado da trave esquerda de Pickford.
Fastest goal ever in a EURO final 🤯
First goal for England 🦁🦁🦁🏴 Luke Shaw 💪#EURO2020 pic.twitter.com/P7WoF49Ros
— UEFA EURO 2024 (@EURO2024) July 11, 2021
Insistência italiana
No entanto, a Itália não desistiu diante das complicações e pressionou ainda mais a Inglaterra no segundo tempo. O resultado foi o domínio completo da posse de bola, sem sequer conceder chances à adversária. Presos na forte marcação, os ingleses não souberam explorar a velocidade e acabaram acoados. Dessa forma, a Itália foi crescendo no jogo: Chiesa, novamente, exigiu bela defesa de Pickford. Já Insigne tentou alguns chutes sem sucesso, mas, no geral, os azzurri habitavam as proximidades da área inglesa.
Enfim, aos 22 minutos, Leonardo Bonucci conseguiu o empate, após cobrança de escanteio. Um prêmio pelo ímpeto, coragem e determinação ofensiva. O gol, claro, foi de bom agrado para a Inglaterra, mas ele acabou se tornando um ‘problema’ por ter saído tão cedo. Com calma, a Itália soube segurar os nervos e buscar o empate. Só que, a partir daí, o jogo caiu no aspecto físico.
Naturalmente, diante de um mês inteiro de competição, Itália e Inglaterra decidiram poupar as energias no restante da segunda etapa. Sem grandes emoções, o duelo se direcionou para a prorrogação (a terceira dos italianos e segunda dos ingleses na EURO 2020). Já sem Chiesa e Insigne, a Squadra Azzurra perdeu um pouco da mobilidade. A Inglaterra, com Saka, recuperou um pouco da amplitude na linha ofensiva.
Wind in our sails now. Let's go!!! 👊#VivoAzzurro #ITA #ITAENG #EURO2020 pic.twitter.com/AS6iPWpWTH
— Italy ⭐️⭐️⭐️⭐️ (@Azzurri_En) July 11, 2021
A decisão nos pênaltis
Como de costume, a prorrogação foi muito mais estudada do que jogada. Com as duas seleções receosas, foi possível notar uma melhora da Inglaterra, que talvez estivesse um pouco mais inteira fisicamente. De qualquer forma, os lampejos dos ingleses não foram suficientes, e a Itália se manteve bem defensivamente, embora tenha chegado pouco ao ataque. No mais, um excesso de cruzamentos de ambos os lados.
Dessa forma, o destino inevitável foi o da disputa de penalidades. Talvez, uma injustiça para determinar um campeão, mas necessário. Na marca da cal, venceu quem teve um psicológico mais forte (e um goleiro decisivo). Berardi e Jorginho perderam suas cobranças, mas Donnarumma compensou com duas defesas (em cobranças de Sancho e na decisiva, de Saka). Rashford ainda acertou a trave. Final, 3 a 2 para a Azzurra.
Um título que veio com duas vitórias nos pênaltis, mas que, mesmo assim, é de extrema importância. A simbologia dessa conquista é, talvez, maior do que a da última Copa, em 2006. Não em termos de importância, lógico, porém em significado. O futebol italiano mudou, e os azzurri fizeram por merecer.
Se os pênaltis eram um ‘assombro’, até isso foi jogado de lado: com Donnarumma, o terceiro mais jovem goleiro a jogar uma final de Euro, e Chiellini, o terceiro mais velho no mesmo quesito. Isso demonstra a mistura precisa da Itália, que reúne experiência e juventude, cadência e explosão. Um time, portanto, completo. Sem grandes estrelas, mas com Insigne decisivo, Chiesa numa crescente e Bonucci, um zagueiro artilheiro. No banco, mister Mancini é o grande construtor dessa máquina azul eficiente.
Com méritos e GRANDES histórias, a Itália é bicampeã da Eurocopa. Parabéns aos italianos na Itália, Londres, à toda colônia no Brasil e, claro, aos ítalo-brasileiros campeões: Rafael Tolói, Emerson Palmieri e Jorginho!