EURO 2020 – 5 motivos para acreditar no título da Itália

A Itália está na final da Euro 2020. Dessa forma, os comandados de Roberto Mancini chegam em alta para a grande decisão e encantam o público. A saber, com um grande futebol, um coletivo muito forte e uma reconstrução muito consolidada, a Azzurra tem a chance de voltar a conquistar um grande título após 14 anos. Além disso, é a oportunidade de superar as críticas sofridas após as decepções das Copas de 2010, 2014 e a não classificação para a Copa de 2018. Sendo assim, o MondoSportivo Brasil separou 5 motivos para acreditar no título da seleção italiana.

5 motivos para acreditar no título da Itália na Euro 2020

1 – Itália: o melhor futebol da Euro 2020

Primeiramente, não tem como não falar do futebol apresentado pela Itália na Eurocopa. Dessa forma, muito conhecida por ter um jogo de defesa sólida, não está sendo bem assim. Os italianos sofreram apenas três gols na competição, todos eles no mata-mata contra Áustria, Bélgica e Espanha. Entretanto, o grande destaque dos comandados de Roberto Mancini é o ataque. Com isso, a Azzurra tem o segundo melhor ataque do torneio, com 12 gols, atrás apenas dos espanhóis, mas com possibilidade de ultrapassar na final.

Com isso, é muito importante destacar o estilo de jogo da seleção, muito mais vertical. Um time que joga em velocidade e muita intensidade. A saber, os jogadores de lado são alguns dos destaques. Até a lesão, Spinazzola vinha sendo um dos melhores jogadores da competição. Além disso, a Itália conta com outros destaques na Euro 2020, como Chiesa e Insigne nessa parte do campo. Porém, o meio-campo, tem sido de qualidade e muito sólido, com Jorginho, Barella, Locatelli, Pessina e Verratti.

Verratti inclusive foi o segundo jogador que mais criou chances de gol na Euro 2020, com 12, atrás apenas de Kevin De Bruyne. Outros dados que justificam o estilo de jogo italiano é o perde-pressiona bem feito. A Itália teve 12 finalizações em três gols em roubadas de bola contra seus adversários, mostrando a verticalidade e a pressão no jogo.

2 – A surreal invencibilidade de 33 jogos da Itália

O segundo motivo pelo qual se pode acreditar no título da Itália na Euro 2020, é que derrota, não é uma palavra que está dentro desse elenco. Os italianos estão há quase 3 anos sem sofrer um único revés sequer. São 33 jogos de invencibilidade, já ultrapassando a marca de Vittorio Pozzo, bicampeão da Copa do Mundo pela Squadra em 1934 e 1938, com 30 partidas sem perder. Dessa forma, só de conseguir ultrapassar um dos maiores técnicos da história dos italianos, é de se considerar o trabalho de Roberto Mancini.

Além disso, os italianos tem a terceira maior sequência da história de invenciblidade dentro do futebol de seleções, com as 33 partidas. Apenas o Brasil entre 1993 e 1996, com 36 jogos, e a Espanha entre 2007 e 2009, com 35, ficaram mais tempo sem perder. Enfim, a Itália nesse ínterim possui 27 vitórias e seis empates. A última derrota dos italianos aconteceu em 2018, diante de Portugal pela UEFA Nations League, por 1 a 0.

3 – O coroamento de uma grande reconstrução

A Itália foi campeã do Mundo em 2006, na Alemanha. Dessa forma, era uma seleção muito consolidada, com grandes jogadores, históricos. Entretanto, talvez a passagem de bastão dessa geração de 2006 demorou um pouco para acontecer. Em 2010 e 2014, vários jogadores ainda estavam presentes dentro do elenco. É certo também que os italianos fizeram duas boas Eurocopas em 2012, chegando na final e em 2016, parando nas quartas de final, mas sem ter um plantel muito forte. E a conta disso chegou com uma catástrofe, que foi a não classificação na Copa do Mundo de 2018.

Dessa forma, Roberto Mancini foi chamado para fazer essa grande reconstrução, com o estilo de jogo já citado aqui, mas também misturando o talento jovem com experiência. A dupla de zaga ainda é Chiellini e Bonucci, mas com um futebol de alto nível. Porém, outros talentos como Donnarumma, Chiesa, Spinazzola, Jorginho, Barella, entre outros, aparecem ao futebol mundial como grandes jogadores. Enfim, esses atletas podem coroar o processo iniciado em 2018, com a conquista do maior torneio de seleções da Europa.

4 – O jejum italiano na Eurocopa e a chance de se afirmar na competição

Ao lado da Alemanha, a Itália é a segunda maior vencedora da Copa do Mundo, com quatro títulos, ficando atrás apenas do Brasil. Entretanto, quando o assunto é Eurocopa, a Itália fica um pouco para trás nos canecos. Dessa forma, a Azzurra possui apenas um título da maior competição de seleções da Europa em sua história, conquistado em 1968, em casa. Além disso, conseguiu chegar em duas finais, em 2000, contra a França e em 2012, frente a Espanha, mas nas duas vezes saiu sem o troféu. Agora, em 2021, é a grande chance dos italianos voltarem a conquistar o torneio, e poder se aproximar dos grandes campeões e se afirmar em títulos no futebol europeu.

5 – Domínio histórico da Itália sobre a Inglaterra

No futebol, muito se diz que o retrospecto não entra em campo, e que cada jogo é um jogo diferente. Entretanto, os números também são uma forma de pressão, seja ela positiva, ou negativa. No caso de Itália e Inglaterra, o passado é totalmente favorável para os italianos. Dito isso, pode ser aspecto bom para a Itália na final da Euro 2020. Dessa forma, italianos e ingleses já se enfrentaram quatro vezes em grandes competições, e a Azzurra nunca perdeu para os Three Lions.

Dessa forma, Itália e Inglaterra se enfrentaram pela Copa do Mundo de 2014, na fase de grupos, em jogo que terminou 2 a 1 para os italianos. Além disso, outro confronto em mundiais aconteceu em 1990, disputada na Itália. Na disputa pelo 3º lugar, mais uma vitória italiana por 2 a 1. Enfim, em confrontos pela Eurocopa, a Azzurra venceu na fase de grupos na competição de 1980 por 1 a 0, e em 2012, nas quartas de final, um empate por 0 a 0 no tempo normal, mas os italianos se classificaram nos pênaltis.

Ao todo, Itália e Inglaterra se enfrentaram 27 vezes na história, com 10 vitórias italianas, nove empates e oito triunfos ingleses. Além disso, os ingleses venceram apenas dois dos últimos 14 confrontos contra a Azzurra, em 1997 e 2012, ambos confrontos amistosos.