Roberto Mancini junto com seus comandados vem apresentando um ótimo futebol nessa Euro 2020, as previsões já eram boas ao inicio da competição, vinham de 27 jogos invictos, e nos últimos 9 jogos marcaram 24 gols.
Nessa Eurocopa sofreram apenas 1 gol, e já marcaram 9, o time é muito forte e apresenta uma determinação que a tempo não se via nos convocados da Azurra.
A equipe tem uma troca de passes muito consistente e uma construção de jogada baseada na qualidade de passe da linha de defesa, os passes ocorrem entre os zagueiros e um volante encosta fazendo o 3+1, ou os dois volantes se aproximam pra gerar espaço maior nas costas. A tendência é chamar o adversário para subir o bloco e jogar nas costas dessa marcação, utilizando como preferência a lateral esquerda com Spinazzola, que vem fazendo uma Euro 2020 incrível.
🇮🇹 One word to describe flying full-back Leonardo Spinazzola… #EURO2020 pic.twitter.com/ZzCSAKiyu7
— UEFA EURO 2020 (@EURO2020) June 26, 2021
Na segunda fase de construção depois de vencida a primeira pressão do adversário, o jogo segue pelas laterais que buscam a bola longa rasteira nos médios que se instalam nas entrelinhas do time adversário como pivôs, pra girar e distribuir o jogo nos extremos em profundidade, nesse momento devemos ressaltar a Euro 2020 que vem fazendo Locatelli e Jorginho, o primeiro pisando mais na área e fazendo o jogo associativo com os extremos pra progredir na jogada, tendo marcado 2 gols na competição, o segundo trabalha como o maestro da equipe cadenciando as jogadas e servindo como cobertura defensiva para os homens da zaga. Tem sido magistral!
Já na zona de finalização os extremos atuam com velocidade, aproveitando a vantagem numérica gerada na construção da jogada pelos laterais e médios e caem no 1×1 com o adversário. A preferência pelo corredor lateral esquerdo no inicio da jogada com Spinazzola não impede que a finalização ocorra no corredor contrário com Berardi. Há muitas inversões de jogada nos 3/4 do campo seja em ligação direta de Spinazzola ou na circulação de bola entre Jorginho e Locatelli buscando desarrumar o sistema defensivo adversário e gerar a superioridade numérica no melhor corredor possível, o que possibilita que os dois extremos participem bastante da partida.
Muito do bom trabalho apresentado pela Itália na competição passa pela solidez defensiva que demonstra com os médios Locatelli, Jorginho, Barella ou Verratti (dependendo do jogo) mas principalmente pela linha defensiva com dois zagueiros que jogam muito bem juntos, a algum tempo, Bonucci e Chiellini. O entrosamento da dupla e a forma como lideram toda a equipe para se posicionarem corretamente ao longo da partida faz toda a diferença, além do controle de profundidade, a mentalidade zonal e os passes que quebram linhas e criam boas chances durante a partida.
Não é a toa que o único gol sofrido nessa competição foi nas oitavas de final contra a Áustria, jogo que contou com a ausência de Chiellini que ficou fora por lesão. Nos dois primeiros jogos com a presença da dupla de zaga a Itália sofreu apenas 9 chutes ao gol, já nas duas partidas sem Chiellini sofreu 19 chutes ao gol, claramente podemos observar um deficiência do sistema defensivo e como o goleiro sofre agressões a sua baliza quando o zagueiro não está presente. Não se sabe se Chiellini volta pra essa partida, mas é algo a ficar de olho.