Jogando com um time alternativo, a já classificada Itália fez uma partida tímida, mas conseguiu vencer o País de Gales por 1 a 0. No Estádio Olímpico de Roma, Matteo Pessina marcou o gol solitário da partida, que garantiu os 100% de aproveitamento para a Squadra Azzura na fase de grupos da Euro 2020. Além disso, o triunfo também representou uma marca histórica: a seleção italiana igualou o recorde de 30 jogos consecutivos sem derrota em sua história, conquistado entre 1935 e 1939.
No entanto, apesar da derrota, Gales também se classifica para as oitavas de final do torneio, na segunda colocação do grupo A, com quatro pontos. Isso porque o saldo de gols da seleção de Gareth Bale e companhia é melhor que o da Suíça, que até venceu a Turquia, no mesmo horário, por 3 a 1. Agora, os suíços ficam na expectativa para conseguir uma das vagas como terceiro colocado.
⏱️ FT – Three wins from three! 😊👏#ITAWAL 1⃣-0️⃣#ITA #Azzurri #VivoAzzurro pic.twitter.com/FOFuKomniP
— Italy ⭐️⭐️⭐️⭐️ (@Azzurri_En) June 20, 2021
Equipe modificada
Já garantida na próxima fase, a Itália entrou em campo contra Gales com um time praticamente reserva. Roberto Mancini, o comandante dos azzurri, manteve apenas três titulares: Donnarumma, Bonucci e Jorginho. No mais, aproveitou para dar oportunidades aos reservas, entre eles, dois ítalo-brasileiros. Rafael Tolói e Emerson Palmieri foram para o jogo e desempenharam funções importantes.
Isso porque, com a dupla, a Itália alternava o sistema tático de acordo com a situação em campo. Com a bola, o time formava uma linha de três zagueiros, com Tolói pela direita. Emerson, então virava ala pela esquerda, com Federico Bernardeschi pelo outro lado. Contudo, na hora em Gales atacava, a tradicional linha de quatro atrás era reestabelecida, com o zagueiro da Atalanta se tornando lateral.
Ou seja, um esquema bastante fluído e que demonstra a versatilidade deste elenco italiano. Entretanto, o ritmo da partida foi bem mais lento do que os dos dois jogos anteriores da Itália, contra Turquia e Suíça. E isso outra explicação, além do fato da Nazionale estar atuando com o time reserva. A verdade é que Gales, que já tem o costume de se defender bem em campo, jogou de maneira ainda mais fechada.
Controle italiano
Com isso, a seleção “visitante” no Estádio Olímpico quase não ameaçou o gol de Donnarumma. Postura bastante diferente, portanto, daquela vista no jogo contra a Turquia, quando Gales venceu por 2 a 0. Certamente, o treinador Robert Page apostava que a Suíça não conseguiria alcançar sua equipe no saldo de gols. E isso aconteceu. Gales queria empatar contra a Itália, mas, se perdesse, que fosse de pouco.
Com mais posse de bola, os italianos foram, pacientemente, encontrando os espaços. Sem forçar jogadas ou acelerar de forma desesperada. Neste contexto, Marco Verrati, buscando recuperar a posição de titular, comandou as ações no meio de campo. No primeiro tempo, o árbitro assinalou 15 infrações – número elevado com relação à média da Euro. Isso porque a seleção de Gales só conseguia parar a Itália nas faltas.
No entanto, para azar da seleção galesa, foi através de uma dessas faltas que os azzurri encontraram seu gol. Verrati sofreu a infração, cobrou e viu Pessina fazer um leve desvio com o pé, matando o goleiro Ward na jogada. Destaque para a bela movimentação do ataque italiano no lance ensaiado. A batida à meia altura de Verrati – e no primeiro pau – surpreendeu os galeses.
Pessina, autor do gol da vitória, reafirmou que tem estrela com a camisa da Azzurra. O meia da Atalanta marcou três gols em suas últimas três aparições pela seleção nacional.
100% de aproveitamento
Logo no início da segunda etapa, a vida da Itália ficou ainda mais tranquila, após a expulsão de Ampadu. Com Federico Chiesa bastante acionado pela ponta-direita, os azzurri investiram em busca do segundo gol, mas acabaram não aproveitando as oportunidades. Lá atrás, somente uma chance concedida a Gareth Bale, que finalizou por cima do gol. Por conta da atuação burocrática de sua seleção, o astro do Tottenham não conseguiu repetir o desempenho da última partida, contra a Turquia, na qual deu duas assistências.
No fim do duelo, Mancini ainda mandou a campo mais reservas, inclusive, o veterano goleiro Salvatore Sirigu. Em clima de festa, o Olímpico de Roma ouviu o apito final para a primeira fase (perfeita) da Itália. Com sete jogos em três partidas, a seleção da Bota atingiu seu melhor desempenho ofensivo na primeira fase de um torneio internacional em toda sua história (igualanda a marca da Copa do Mundo de 1998).
Além disso, estendeu a sequência sem ser vazada para 11 confrontos – também um recorde. Ou seja, esta Itália é uma seleção equilibrada, que vem superando barreiras tanto no ataque, quanto na defesa. Passada a primeira fase, o dever foi cumprido. Agora, é chegada a hora de reafirmar sua força diante de adversários mais complicados.
Nas oitavas de final, a seleção de Mancini enfrenta a segunda colocada do grupo C. Portanto, Ucrânia ou Áustria. Um oponente duro, porém acessível. Com o futebol demonstrado até aqui – inclusive pelos jogadores considerados reservas – a Itália tem tudo para garantir vaga nas quartas de final da Euro 2020. Já Gales joga contra a segunda colocada do grupo B, que pode ser Finlândia, Rússia ou Dinamarca. Ambas as partidas acontecem no próximo sábado, 26 de junho.