Fórmula 1 chega ao Azerbaijão em meio a polêmica fora da pista

De um circuito de rua (Mônaco) para outro (Baku). Bem diferente, com a maior reta do calendário do Mundial de F-1 (2,2 km). A sexta etapa da temporada, o GP do Azerbaijão, chega movimentada não só pela expectativa da disputa na pista entre Max Verstappen (Red Bull) e Lewis Hamilton (Mercedes). Também se inicia cercada por uma polêmica de bastidores.

A que envolve os aerofólios e sua flexibilidade. A Mercedes acusa a principal rival, mas também Ferrari e Alfa Romeo, de irem além do limite das regras em relação às asas traseiras. E mesmo com a adoção de novos controles a partir do GP da França (dia 20), sugere que pode denunciar as adversárias. A Red Bull, por sua vez, se defende atacando. E diz que a asa dianteira da Mercedes apresentaria a mesma característica.

Como funciona

A questão começou a ser levantada no GP da Espanha (Barcelona), mas não é nova no Circo. Com novas formas de montar as mantas de fibra de carbono, tem sido possível fazer o material, sob o efeito da pressão do ar, se flexionar ainda mais do que permite o regulamento. Assim, as asas reduzem sua inclinação nas retas e, com isso, fazem o carro ganhar velocidade. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) tenta tornar as vistorias mais rigorosas ao longo dos últimos anos, mas a criatividade dos projetistas e engenheiros dribla a fiscalização.

Em Mônaco o expediente não traria vantagem (as ruas do Principado não contam com longas retas) mas, em Baku, a situação é diferente. Polêmica que deve agitar o fim de semana tanto quanto a corrida de domingo, num traçado que volta à F-1 depois da ausência forçada de 2020. Nele, a vantagem teórica é de Verstappen e da Red Bull, embora a Mercedes e Hamilton tenham diminuído bastante a desvantagem técnica do começo de temporada.