O título é forte, impositivo. Oficializado a pouco pela Inter, Antonio Conte não é mais o treinador nerazzurro. Dias após levantar o Scudetto, a Inter abre mão de seu técnico. Como ainda havia mais um ano de contrato, as duas partes entraram em consenso para uma saída amigável, na qual o treinador embolsará cerca de 7,5 milhões de euros, pouco mais da metade que receberia caso cumprisse contrato até o fim. Como se já não bastasse, essa não é a única coisa que preocupa os fãs nerazzurri.
🚨 | COMUNICATO
Comunicato ufficiale di FC Internazionale Milano 👇 https://t.co/YzFQWhPqdZ
— Inter 🏆🇮🇹 (@Inter) May 26, 2021
Diante daquilo que é filtrado na Velha Bota, um redimensionamento da esquadra campeã da Itália seria o motivo da despedida do técnico. A mídia tece que a situação financeira do grupo Suning, que administra a Inter, e consequentemente da própria Inter, não é boa; sobretudo pelos agravamentos gerados pela Covid e também pelas imposições do Governo Chines, que impossibilita a empresa investir no clube de Milão.
A Inter precisa levantar um ativo neste mercado que se aproxima de cerca de 70 a 100 milhões de euros. Como isso seria possível? Bem, a forma mais lógica seria através da venda de algum “titularíssimo” da equipe. Outra via seria negociar aqueles que estão as margens dos planos, ou mesmo os vários que estão emprestados. Porém, se mesmo sem a crise gerada pela pandemia era difícil levantar uma cifra alta se desfazendo do exubero, imagina agora. Portanto, a estrada a percorrer seria vendendo um ou até dois atletas que tem mercado.
Observando este cenário, Antonio Conte, competitivo que é, não teria digerido tal política. A ideia do técnico era manter todos seus intocáveis e reforçar ainda mais a equipe para poder seguir competitiva e traçar objetivos ainda maiores do que os atingidos nesta última temporada.
Assim, a opção pelo divórcio foi a mais plausível: Conte para um lado e a Inter seguindo sua vida para o outro. O temor do interista é que isso poderá causar um efeito dominó nos jogadores. Sempre bom refrescar a memória e relembrar que muitos dos atletas que hoje vestem azul e preto foram pedidos pelo técnico leccese. Lukaku, Barella e Hakimi por exemplo, vieram muito em função da chegada de Conte. Visto o adeus do técnico e um iminente redimensionamento, esses nomes poderiam repensar suas carreiras e fazer a malinha para outro clube do Velho Continente.
Para o substituir Antonio Conte, os nomes mais cotados são de Maximiliano Allegri – que está sem clube neste momento – Simone Inzaghi – que hoje tem contrato em vigor com a Lazio e Maurizio Sarri – assim como Allegri, também está sem clube após experiência na Juventus na última temporada.