Equilíbrio na classificação do Mundial de F-1 após GP em Imola

Um ponto de diferença (44 a 43), por conta de uma volta mais rápida. Passadas as duas primeiras etapas do Mundial de Fórmula 1, o cenário é de equilíbrio total, ao menos na classificação do campeonato. Porque em Imola (Itália), assim como no Bahrain, a Red Bull e Max Verstappen voltaram a ser mais rápidos que Lewis Hamilton e a Mercedes. No circuito do Oriente Médio, o heptacampeão levou a melhor ajudado pela estratégia. Na chegada do circo à Europa, o holandês confirmou a melhor condição com sua primeira vitória no ano.

Por si só Imola já garantia um desafio diferente aos pilotos. Uma pista mais estreita, com áreas de escape menores, muros próximos do traçado, e que exige uma boa dose de risco para tentar uma ultrapassagem. Para completar o cenário, a chuva na primeira parte da prova comprometeu a aderência do asfalto. E provocou erros incomuns – caso da rodada de Charles Leclerc (Ferrari) ainda na volta de apresentação; da batida de Mick Schumacher (Haas) na mureta da reta dos boxes quando aquecia os pneus. Ou mesmo da saída de pista de Lewis Hamilton na 31ª das 63 voltas.

O britânico tentava superar o retardatário George Russell com pneus para pista seca, mas colocou as rodas numa parte molhada do traçado. Conseguiu retornar e, depois de cair para o nono lugar, avançou até a posição que ocupava antes da escapada. Verstappen, no entanto, vinha bem à frente. Sob chuva, mostrou o ritmo intenso que já é habitual nessas condições. Com o asfalto seco, foi ajudado pela presença de Lando Norris (McLaren) em segundo. O inglês, com pneus macios mais desgastados, não conseguiu responder às voltas do holandês. No fim, ainda acabou superado por Hamilton, mas garantiu um terceiro lugar comemorado.

Recuperação

A presença das duas Ferrari na zona de pontuação é mais um sinal de ânimo para a Scuderia. Apesar da potência garantida pelo novo motor, os carros vermelhos ainda não recuperaram ao menos a condição de terceira força da F-1. Mas o time de Maranello mostra que tem tudo para retornar aos pódios depois de um 2020 desastroso.

O GP da Emilia Romagna (região italiana onde se localiza o circuito) ainda foi marcado pela polêmica no acidente entre Russell (Williams) e Valtteri Bottas (Mercedes). Com uma chance única de pontuar, o inglês apostou numa manobra arriscada na freada para a Curva Tamburello – os dois se tocaram a mais de 300km/h e os carros ficaram destroçados. Russell chegou a tirar satisfações com o finlandês ao deixar o cockpit. No dia seguinte, nas redes sociais, admitiu a responsabilidade. Como curiosidade, Russell também está vinculado à Mercedes, e é apontado como principal nome para ocupar o lugar de Bottas nos próximos anos. E não escapou das críticas de Toto Wolff, principal dirigente da equipe alemã.