Um ponto de diferença (44 a 43), por conta de uma volta mais rápida. Passadas as duas primeiras etapas do Mundial de Fórmula 1, o cenário é de equilíbrio total, ao menos na classificação do campeonato. Porque em Imola (Itália), assim como no Bahrain, a Red Bull e Max Verstappen voltaram a ser mais rápidos que Lewis Hamilton e a Mercedes. No circuito do Oriente Médio, o heptacampeão levou a melhor ajudado pela estratégia. Na chegada do circo à Europa, o holandês confirmou a melhor condição com sua primeira vitória no ano.
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— Formula 1 (@F1) April 20, 2021
Por si só Imola já garantia um desafio diferente aos pilotos. Uma pista mais estreita, com áreas de escape menores, muros próximos do traçado, e que exige uma boa dose de risco para tentar uma ultrapassagem. Para completar o cenário, a chuva na primeira parte da prova comprometeu a aderência do asfalto. E provocou erros incomuns – caso da rodada de Charles Leclerc (Ferrari) ainda na volta de apresentação; da batida de Mick Schumacher (Haas) na mureta da reta dos boxes quando aquecia os pneus. Ou mesmo da saída de pista de Lewis Hamilton na 31ª das 63 voltas.
O britânico tentava superar o retardatário George Russell com pneus para pista seca, mas colocou as rodas numa parte molhada do traçado. Conseguiu retornar e, depois de cair para o nono lugar, avançou até a posição que ocupava antes da escapada. Verstappen, no entanto, vinha bem à frente. Sob chuva, mostrou o ritmo intenso que já é habitual nessas condições. Com o asfalto seco, foi ajudado pela presença de Lando Norris (McLaren) em segundo. O inglês, com pneus macios mais desgastados, não conseguiu responder às voltas do holandês. No fim, ainda acabou superado por Hamilton, mas garantiu um terceiro lugar comemorado.
Recuperação
A presença das duas Ferrari na zona de pontuação é mais um sinal de ânimo para a Scuderia. Apesar da potência garantida pelo novo motor, os carros vermelhos ainda não recuperaram ao menos a condição de terceira força da F-1. Mas o time de Maranello mostra que tem tudo para retornar aos pódios depois de um 2020 desastroso.
O GP da Emilia Romagna (região italiana onde se localiza o circuito) ainda foi marcado pela polêmica no acidente entre Russell (Williams) e Valtteri Bottas (Mercedes). Com uma chance única de pontuar, o inglês apostou numa manobra arriscada na freada para a Curva Tamburello – os dois se tocaram a mais de 300km/h e os carros ficaram destroçados. Russell chegou a tirar satisfações com o finlandês ao deixar o cockpit. No dia seguinte, nas redes sociais, admitiu a responsabilidade. Como curiosidade, Russell também está vinculado à Mercedes, e é apontado como principal nome para ocupar o lugar de Bottas nos próximos anos. E não escapou das críticas de Toto Wolff, principal dirigente da equipe alemã.