Imola, o segundo desafio do Mundial de Fórmula 1

Do calor do Bahrain para as baixas temperaturas da Itália. De um circuito recente para outro da ‘velha guarda’, ainda que renovado nos últimos anos. O Mundial de Fórmula 1 prossegue neste fim de semana em Imola, com o GP do Made in Italy e da Emilia Romagna. Nome longo e pomposo para a primeira visita da categoria ao país da bota neste ano – Monza receberá o tradicional GP da Itália em setembro. Uma nova oportunidade para descobrir quem está em vantagem na briga pelo título. Na abertura do campeonato, a Red Bull mostrou ter o carro mais rápido com Max Verstappen, que largou da pole. Mas Lewis Hamilton e a Mercedes fizeram valer a estratégia e a experiência para receber a bandeirada na frente.

Pista técnica, de curvas lendárias como Tosa, Piratella e Rivazza, Imola deve premiar quem levar a melhor na classificação do sábado. Estreita, e com poucos pontos de ultrapassagem, favorece quem larga na frente. E a própria Mercedes admite que, por enquanto, não tem um carro tão veloz nessas condições quanto o do touro vermelho. Mas traz novidades para o GP – como aliás, é o caso para Ferrari, Alpine, AlphaTauri, Williams e Aston Martin. A maioria delas na parte traseira do assoalho, que teve o desenho modificado pelo regulamento e a eficiência aerodinâmica reduzida.

Além disso, a previsão da Pirelli é de apenas um pitstop, o que dificulta estratégias diferentes. A possibilidade de chuva para o domingo na região de Bolonha é o fator que pode embaralhar as cartas. Uma equipe em especial de quem se espera bom desempenho é a AlphaTauri. O time ‘B’ da Red Bull não só mostrou bom ritmo de qualificação e corrida no Bahrain, como corre praticamente em casa – sua sede fica em Faenza. Já no ano passado, deu ao estreante japonês Yuki Tsunoda a chance de andar bastante no circuito de 4.909m, ainda que com um carro 2018, como exigem as regras.

Barrichello

Imola também marcará um momento especial para um sobrenome mais que conhecido: Barrichello. Desta vez é Dudu, filho mais velho de Rubinho, que disputa a primeira etapa da F-Regional European by Alpine com o carro da equipe JD. Ele iniciou a carreira no automobilismo norte-americano – foi vice da USF2000 ano passado -, mas, em nome do sonho de repetir a trajetória do pai, atravessou o Atlântico. Rubens acompanha o herdeiro na pista em que foi ao pódio quatro vezes, mas também sofreu o acidente mais grave da carreira, em 1994. No trágico e inesquecível fim de semana da morte de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger.