O Chelsea está na semifinal da UEFA Champions League após 7 anos. Após vencer a ida por 2 a 0, com gols de Mason Mount e Ben Chilwell, os ingleses seguraram o Porto, sofreram apenas um gol no fim e avançaram. O jogo foi marcado por uma mudança na estratégia e no modelo de jogo dos comandados por Thomas Tuchel.
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— Chelsea FC (@ChelseaFC) April 13, 2021
O JOGO
O Porto começou a partida pressionando o Chelsea, tendo a bola e buscando criar algo. No entanto, não aconteceu. Com sérias dificuldades para criar e penetrar a defesa dos blues, os portugueses levaram muito pouco perigo. Desta vez, os contra-ataques foram a principal arma do time de Tuchel, e não do Porto, como de costume. Chances com Mason Mount e N’golo Kanté marcaram o primeiro tempo da partida.
Durante a segunda etapa, o Chelsea soube seguir se defendendo com tranquilidade. Mesmo com um jogo mais dinâmico, rápido e aberto, a organização defensiva se manteve e o Porto continuou tendo dificuldades. No final, Taremi entrou, deu mais velocidade ao time português e já nos acréscimos marcou um golaço de bicicleta, no ângulo do goleiro Mendy.
DESTAQUE
Em primeiro lugar, Jorginho, destaque e peça fundamental da seleção italiana de Roberto Mancini, foi o grande jogador da partida. Com 8 desarmes, 4 cortes, 2 interceptações, 5 acertos em 7 tentativas na bola longa e 12 duelos terrestres vencidos, o ítalo-brasileiro neutralizou as ações ofensivas do Porto e foi tão importante quando N’golo Kanté, conhecido por ser um volante que corre o jogo todo, marca e desarma.
Em segundo lugar, Pulisic. O norte-americano com confiança se torna um jogador diferente, capaz de desequilibrar e ser muito importante em jogos eliminatórios como esse. O camisa 10 do Chelsea foi o jogador mais caçado em campo, conseguiu bons lances e dificultou a marcação dos defensores do Porto. Em outras palavras, foi uma “válvula de escape” interessante, mais decisivo do que vinha sendo Timo Werner, por exemplo.
MUDANÇA NO MODELO DE JOGO
Em resumo, Chelsea é um time que gosta de ter a bola e paciência para encontrar espaços desde a chegada de Thomas Tuchel. Contra o Porto, após abrir 2 a 0 na ida, soube jogar o jogo que precisava para avançar. Como resultado, o alemão armou um time que sabia a hora de subir e abaixar as linhas, pressionar na marcação e deixar o adversário jogar.
O grande “x da questão” e que resume a estratégia do Chelsea é que o time deixou o Porto fazer o que ele não sabe: criar. Acima de tudo, os portugueses são velozes e perigosos nos contra-ataques e o Chelsea não deu à eles essa oportunidade. Portanto, quando precisa criar, rodar a bola em velocidade para encontrar espaços, o Porto tem dificuldades. Nenhuma grande chance de gol criada em toda a partida, exceto em uma saída errada do Mendy na primeira etapa e o gol antológico de Taremi já nos acréscimos.
Por fim, o Chelsea avança com méritos e chega à uma semifinal de Champions League pela primeira vez desde 2013/14, quando enfrentou o Atlético de Madrid. Desde que a competição está neste “novo” formato, o Chelsea é o clube inglês que mais chegou nas semifinais com 8 participações, seguido por Manchester United e Liverpool, com 7 e 5, respectivamente.