Uma vitória quase perfeita. Depois de sete anos sem vencer o Liverpool em Anfield pela Premier League, o Chelsea fez uma das suas melhores partidas da temporada na última quinta-feira (4) e superou os Reds fora de casa. Thomas Tuchel sabia desde o início como levar a melhor sobre Klopp. O 1 a 0 dos Blues só evidenciou como um bom plano de jogo é fundamental no futebol.
O Chelsea soube como conduzir muito bem a partida e tinha ferramentas para vencer o seu rival fora de casa. Mesmo com um início promissor, o Liverpool não foi capaz de superar os Blues em nenhum momento da partida.
Domínio desde a saída de bola
Após os minutos iniciais, o jogo deu as suas caras. O time de Thomas Tuchel atraía o adversário e a sua marcação alta e realizava a sua construção ofensiva com muita fluidez. Movimentos coordenados, passes rápidos e verticais. Tudo muito elaborado. A marcação em blocos altos do Liverpool, que é uma das principais armas da equipe de Jürgen Klopp, não surtiu efeito. A falta de encaixes e da pressão no portador da bola foram cruciais para o Chelsea jogar solto.
O meio-campo do Chelsea foi determinante para os Blues triunfarem em Anfield
Kanté e Jorginho dominaram o meio-campo. Saíam de pressão, quebravam linha com passes verticais e lançamentos em profundidade. Foram absolutos na faixa central do campo. Porém, o principal destaque foi Mason Mount. O meio-campista inglês fez grande atuação.
Em construção ofensiva, o Chelsea realizava uma saída de 3+2. Azpilicueta, Christensen e Rüdiger na primeira linha e Kanté e Jorginho à frente como opção de passe vertical. No último terço, os Blues formavam uma linha de cinco com Chilwell, Mount, Werner, Ziyech e Reece James.
O jovem inglês atuava mais pelo lado esquerdo do campo. Jogava no espaço entre Alexander-Arnold e Thiago/Wijnaldum e também buscava as entrelinhas. E como Kanté e Jorginho tinham liberdade para jogar, ambos conseguiam acionar Mount nas costas dos meio-campistas. Com campo para jogar, a sua qualidade prevaleceu. Conduções em velocidade, últimos passes, associações e dribles em espaços curtos. Uma partida espetacular do jovem inglês.
As principais armas do Chelsea para superar o Liverpool
E assim o jogo fluiu. Quebra dos blocos altos do Liverpool com uma saída coordenada, Mount acionado no entrelinhas e Timo Werner atacando a linha defensiva alta do rival. Um manual. Thomas Tuchel fez uma leitura perfeita do jogo.
E os “gols” saíram assim. Primeiro o de Werner. Invalidado pelo VAR. Jorginho saiu da pressão sem ser combatido e fez o lançamento em profundidade. Deixar o atacante alemão com campo aberto não era um bom negócio para o Liverpool. Tuchel sabia disso e Klopp também. O camisa 11 ganhou na velocidade, tirou de Alisson e mandou para o fundo das redes. No entanto, um impedimento milimétrico tirou a vantagem dos Blues.
Entretanto, o enredo da partida estava construído. Desde o início. No final do primeiro tempo, o Chelsea retomou a bola no meio-campo e acionou Kanté. O francês fez um lançamento perfeito em profundidade para Mount. O inglês dominou, foi para a jogada individual e bateu forte colocado no canto esquerdo de Alisson. Sem chances para o brasileiro. Um gol mais do que merecido. Mais uma vez o Chelsea soube aproveitar a deficiência do Liverpool. Falta de abordagem no meio-campo e linha defensiva alta. O tento não poderia sair de outra forma.
No segundo tempo, os Blues pouco sofreram na partida. Tiveram intensidade para pressionar os portadores no meio-campo e defenderam muito bem a área. E que comprova isso são os números do jogo. Os Reds tiveram sete finalizações. Porém, só uma foi no alvo. Muito pouco para vencer uma equipe que sabia exatamente o que fazer para sair com a vitória. O triunfo que já estava roteirizado. Thomas Tuchel montou um excelente plano de jogo e executou da melhor maneira possível.
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